OS ANÕES DA CLAREIRA
(Folklore alemão,
recolhido pelos Irmãos Grimm e publicado em prosa por Viriato Padilha nas
Histórias do Arco da Velha, Nona Edição
(1957) da Editora Quaresma. Versão poética de William Lagos,
8/5/2014)
OS ANÕES DA CLAREIRA
I
Durante as guerras
que assolaram a Alemanha,
muitos fugiam e as
aldeias se esvaziavam...
O trabalho
escasseava, em consequência
e os aprendizes já
passavam fome...
Para escapar dessa
terrível sanha,
dois dos rapazes que
em tal lugar moravam,
temendo não mais
achar do que se come,
saíram em busca de
qualquer melhor vivência...
O mais velho, Jacob,
era ferreiro
e aprendera muito
bem a profissão,
mas de tanto apertar
o fole para a forja,
o que fazia desde
tenra idade,
criou corcunda e
ficara torto, inteiro...
Não pudera ser
soldado na ocasião,
criando ódio pela
humanidade,
da qual dizia não
ser mais do que uma corja!...
Mas até grato ser
devia, na verdade,
pela dispensa do
serviço militar;
muitos rapazes seus
amigos haviam morrido,
mas afirmava que
preferia até a morte
do que ter de passar
necessidade,
com roupas velhas,
sem poder se alimentar
e passava lamentando
a triste sorte
da má estrela sob a
qual havia nascido...
E quando Hermann,
seu mestre, o dispensou,
ficou sentindo raiva
ainda maior,
mas não havia mais
trabalho para dois;
ganhou uns groschen, pão e charque num farnel
e o caminho da
estrada então tomou;
de costas tortas,
seu esforço era pior,
inclinado para a
frente, ruminando o fel
de uma vingança, que
cobraria depois!...
OS ANÕES DA CLAREIRA
II
E enquanto
resmungava no caminho,
ouviu os passos de
outro viajante,
que na aldeia fora
até seu camarada,
o qual depressa
atrás dele foi chegando...
Chamavam-no Luddi,
apelido de carinho,
outro aprendiz de
profissão interessante:
era alfaiate, de
fato se chamando
Ludwig, como dizia
sempre a namorada.
Mas para todos os
demais, ele era Luddi
e a Jacob
cumprimentou, alegremente:
“Já vi que também
vai para a cidade...
Melhor marcharem
dois do que só um...”
Mas Jacob foi com
ele um tanto rude:
“Pensei que trabalhasse
com um parente!”
“Já não há serviço
para mais de um,
mas em outra parte
encontrarei felicidade...”
“Siga em frente,
porque eu vou-lhe atrasar;
carrego os ferros da
minha profissão
mais um estoque
miserável de comida
e ainda tenho de
levar a minha corcunda!
Foi culpa de meu
mestre me aleijar
e me correu igual se
expulsa um cão!
Já não suporto mais
minha sorte imunda;
estou pensando em
até dar fim à vida!...”
“Mas, o que é
isso!? À frente, muda a sorte:
vão nos querer em
acampamento militar;
eu trago agulhas e
bastante linha
para uniformes
cerzir e costurar...
E você, que é
ferreiro de bom porte,
pode sabres e lanças
consertar;
a sorte vai aos dois
nos ajudar;
mais adiante, nos
será menos mesquinha!...”
OS ANÕES DA CLAREIRA
III
“Não quero andar no
meio de soldados,
que vão zombar de
mim pela corcunda!
Fui ao sargento e
nem quis me convocar!...”
“Mas, ora essa! Tampouco eu fui engajado,
que acertar alvos
não se acha nos meus fados!
De perto, eu vejo,
mas assim que a vista afunda,
por mais que eu
olhe, fica tudo atrapalhado!...
Foi de tanto no
escuro costurar...”
“Você notou? Também foi culpa de seu amo!
Eles nos pegam desde
criancinhas
e nos aleijam em seu
trabalho impuro!
E depois, se não
precisam mais de nós,
eles nos jogam a um
destino desumano!...
Mas o seu
tio...? Deu-lhe muitas moedinhas,
não foi...? Em respeito a seus avós...”
“Bem ao contrário,
meu farnel só tem pão duro.”
“Sei que meu tio até
gosta de mim,
mas tem dez filhos
para sustentar
e os meus pais,
coitados! Já morreram...
Mas prometeu-me a
mão de Margarida
se eu tiver sorte em
algum emprego, enfim...
Agulhas e linha
devem-me bastar
para iniciar
qualquer tipo de vida
e suas lições até
que muito me renderam!”
“Pode até ser que
nem tenha algum dinheiro,
mas pelo menos, pode
leve caminhar,
enquanto malhos e
martelos eu carrego!...”
Nessa conversa, a
longa estrada percorriam;
chegando a um rio,
Ludwig, bem ligeiro,
de um alfinete fez
anzol e foi pescar;
depressa os peixes
sua isca ali mordiam...
“Ao menos para isso,
eu não sou cego!...”
OS ANÕES DA CLAREIRA
IV
Então Jacob tirou de
sua mochila
um ferrinho e uma
pedra pederneira,
juntaram logo musgo
e alguns gravetos,
ele fez fogo e foi
mais lenha cortar,
com a machadinha que
trouxera desde a vila;
logo se ergueu,
alegre, uma fogueira
e assim puderam os
dois se alimentar,
com seis peixinhos
fincados em espetos!
Após descanso,
reencetaram a caminhada,
Jacob já a se sentir
mais animado;
seus ferros haviam
mostrado utilidade
e seu amigo Luddi
era um otimista;
a estrada à frente
sempre bem conservada,
mas a seguir um
largo trecho arborizado,
em que as sombras
recaíam sobre a pista:
belo lugar para
tocaia ou outra maldade!
Ludwig até indagou
se havia desvio,
porém Jacob disse
ser o melhor caminho,
passado o mato, uma
vila encontrariam,
já viera aqui com
seu mestre-ferreiro...
Cortou dois galhos
de árvore, com brio,
“Agarre firme um
destes, amiguinho,
serve de arma e é
também bordão certeiro;
e que eu ando de
armadura pensariam
os salteadores que
espreitam por aí,
só de verem o
tamanho da corcunda...”
Tiveram sorte, pois
ladrões não encontraram,
mas a floresta
parecia interminável
e a noite ainda os
encontrou ali
“Olhe a Lua! Também parece recorcunda!”
Brincou Jacob, para
ser mais agradável
e os companheiros,
alegres, continuaram...
OS ANÕES DA CLAREIRA
V
A luz da Lua
Minguante entre os pinheiros
ainda ver bem o
sendeiro permitia
e os dois seguiram,
agora com cautela,
até que, à frente,
escutaram melodia...
“Será que há um
casamento entre os vileiros?”
“Talvez jantar nos deem
na cantoria!...”
Mas a seguir viram
clareira que se abria,
na luz alegre de uma
fogueira bela!...
Era uma roda de
anões, todos dançando,
enquanto outros
tocavam instrumentos
e na fogueira dois
leitões assavam...
Nem parecia ser um
lugar secreto
e então os dois se
foram aproximando,
arrebatados como por
encantamentos,
todo o cuidado
perdendo por completo
devido à música que
ambos escutavam...
Contudo, eles não
eram esperados
e toda a dança
cessou, subitamente.
Bem no meio da roda
estava um velho,
usando túnica um
tanto esfarrapada,
todos os tons no
tecido misturados,
cada faixa de nuance
diferente...
Uma batuta toda
torta e desbeiçada
ele abanava,
parecendo mais um relho...
E quando os dois se
aproximaram mais,
o velhinho indagou:
“O que quereis...?
Disse Ludwig:
“Desculpe-me, senhor,
mas foi a música que
nos seduziu...
Não os queremos
atrapalhar jamais,
vamos embora, se
deixar-nos podereis...”
“Não foi o cheiro da
comida que atraiu?”
“Não; e nem podemos
pagar por seu favor...”
OS ANÕES DA CLAREIRA
VI
Porém disse Jacob:
“Eu posso consertar
essa varinha com que
marca o compasso!”
E disse Ludwig: “E
eu costuro facilmente
esses buracos que
traz no seu casaco!...”
Falou o velho, barba branca a balançar:
“Pois vamos ver como
saem do embaraço...
Caso consiga
costurar cada buraco,
eu me darei por bem
servido, certamente!...”
Despiu o manto e a
varinha ele estendeu
para Jacob, que numa
pedra a colocou
e a aqueceu ao fogo,
com cuidado,
enquanto Ludwig
costurava...
Tão logo a velha
batuta amoleceu,
com um martelinho
Jacob a endireitou...
E Ludwig cerzia e
reparava,
bem mais depressa do
que estava acostumado...
Ao mesmo tempo,
recomeçava a dança,
os anõezinhos a
cantar alegremente,
a música a enchê-los
de entusiasmo!...
Seus clarinetes a
desamassar trouxeram
e ao ver o manto
consertado, sem tardança,
um outro anão trouxe
o casaco, bem contente;
muitos consertos
assim eles fizeram,
com rapidez que até
os encheu de pasmo!
Depois dos
instrumentos consertados
e as roupas todas em
cerzimento estarem,
convidaram-nos a
magnífica refeição:
frutas e carnes,
raízes bem cozidas
e bolinhos de mel
foram passados,
mais bebida de fazer
beiços estalarem!
Ainda mais belas
melodias então ouvidas
nos instrumentos,
por sua renovação!...
OS ANÕES DA CLAREIRA
VII
Mas a bebida era
forte e os estonteara;
quando os anões
recomeçaram a dançar,
os colocaram da roda
bem no meio
e então o velho
desembainhou uma faca longa!
Chegou-se a eles,
com as mãos em garra,
mas embriagados, não
tinham jeito de escapar!
Porém o velho começou,
sem mais delonga,
a lhes raspar a
barba, em ágil volteio!...
Logo a seguir, as
cabeças lhes raspou
e como não
mostrassem resistência,
o seu barbeiro
pareceu bem satisfeito,
jogando pelos e
cabelos na fogueira!...
Logo o fogo mais
ainda se avivou
e então lhes disse
que daria recompensa
por sua habilidade
tão certeira,
à qual, por certo,
os dois tinham direito!
E lhes mostrou um
monte de carvão:
“Podem pegar dali o
quanto quiserem...
Encham os bolsos e o
que couber em sua mochila!”
Jacob e Ludwig depressa
obedeceram,
sem saber ao certo
qual a sua aplicação:
mas sempre é bom um
combustível terem...
Com educação ao
velho agradeceram,
que lhes mostrou o
caminho para a vila...
Porém assim que à
estrada retornaram,
ouviram sino a tocar
num campanário
suas doze pancadas
compassadas:
cessou o canto e a
fogueira se apagou!
Os dois amigos muito
se espantaram,
porém seguiram no
seu itinerário
e à luz da Lua logo
um celeiro se avistou
e então entraram,
dando as mais leves pisadas...
OS ANÕES DA CLAREIRA
VIII
Mas ali só
encontraram animais
e no meio da palha
se deitaram,
muito cansados e
logo adormeceram,
sem os seus bolsos
esvaziar sequer!
Só se acordaram com
os mugidos matinais...
Com algum esforço,
os dois se levantaram
um grande peso os
levando a se encolher
e as mãos nos bolsos
então eles meteram...
Para seu espanto, em
lugar do carvão,
estavam cheios de
moedas de ouro
e nas mochilas
achavam-se diamantes!...
Mal podiam em sua
sorte acreditar!
Porém com medo de
alguma acusação,
foram depressa à
fazenda, sem desdouro,
dois cavalos
oferecendo-se a comprar
por dois ducados de
ouro, deslumbrantes!
As mochilas não
chamavam a atenção
e não mostraram
possuir mais algum dinheiro.
O fazendeiro os
atendeu, de boa vontade
e pão e leite também
compartilhou...
Com uma guerra de
tão grande duração,
valia o ouro muito
mais que parelheiro
e nem ao menos da
sua origem indagou,
pois lhe traria
maior prosperidade...
Ora, o alfaiate
usava roupas novas
e o ferreiro
passaria por criado.
Inventaram que em
sua vila um regimento
havia passado e
esvaziado a estrebaria
e que em troca de
tão duras provas
o tenente só lhes
havia jogado
as duas moedas que
ele agora via
e então fugiam da
guerra e sofrimento...
OS ANÕES DA CLAREIRA
IX
Pediram licença para
se lavar
e havia um espelho rachado
no banheiro;
só então se deram
conta que os cabelos
e suas barbas haviam
voltado inteiramente!
Da mesma cor, sem
sequer agrisalhar:
aquele anão era mesmo um feiticeiro!
Em seus cavalos
galoparam, alegremente
e um estalajadeiro
se alegrou em vê-los!
Escondidos em seu
quarto, eles contaram
suas moedas e
diamantes, que fortuna!
Mas o ferreiro
percebeu que tinha mais:
“É que na forja eu
sempre usei carvão
e meus bolsos com as
pedras se apinharam...”
De orgulho o seu
peito já se enfuna,
mas se deixou levar
por ambição:
“Vamos voltar? Eles têm ouro demais!...”
Mas Ludwig disse já
ter o suficiente.
“Vou costurar bem os
bolsos do casaco
e amanhã viajarei a
Wuppertal,
onde a irmã de meu
pai ainda mora.
Vou alugar uma
oficina, calmamente,
esconder os meus diamantes
num buraco,
como alfaiate
alcanço fama, sem demora,
loja de roupas após
montar é o meu ideal!...”
“Está certo... Mas
me espera até amanhã?
Viajaremos outra vez
juntos depois...
Mas quero ir para um
lugar maior:
compro uma fábrica e
produzo ferramentas!
Depois me caso com
mulher bela e louçã,
sem que a corcunda
interfira entre nós dois!”
“Mas com tudo o que
tens não te contentas?
Começa a vida com
uma fábrica menor...”
OS ANÕES DA CLAREIRA
X
Porém Jacob não quis
mudar de ideia:
comprou um casaco
com bolsos bem maiores
e dois alforjes para
o seu cavalo;
de tarde, retornou
para a floresta,
em que escutou de
novo a melopeia
e os anões lhe foram
acolhedores...
Feito o banquete e
terminada a festa,
chegou o velho outra
vez para barbeá-lo...
Depois disso, encheu
os bolsos com carvão
e os dois alforjes
pendurados no cavalo...
Antes de soar
meia-noite, despediu-se
e retornou, muito
alegre, pela estrada,
o amor do ouro a lhe
encher o coração;
na estalagem, chamou
Ludwig a ajudá-lo,
para levar os dois
alforjes pela escada
e do amigo mais
modesto muito riu-se...
Mas de manhã, bem
cedo, se acordou,
com Ludwig ainda
adormecido
e em vez de
alforjes, só dois montes de carvão!
Apenas mais carvão
no seu casaco!...
Desesperado, o ouro
de antes procurou:
fora em carvão
novamente convertido!...
Foi procurar em
frestas e em buraco
e a Ludwig acordou,
num safanão!...
“Meu ouro!” – lhe
falou. “Você o guardou?”
“Não, Jacob... Eu só
guardei o meu,
mas o que foi que
aconteceu com seu cabelo?”
Jacob se olhou na
vidraça da janela
e estava calvo como
quando lhe raspou
o velho anão, que
depois carvão lhe deu!...
Mas o tesouro de
Ludwig ainda era belo
e lhe propôs
repartir, no seu desvelo...
OS ANÕES DA CLAREIRA
XI
Jacob até
desconfiou, por um momento:
“Tem certeza de que
ninguém entrou aqui?”
“Você passou no
quarto a noite inteira...
E o anão lhe fez a
barba, novamente...?”
Jacob o encarou, com
arrependimento:
“Foi um castigo,
porque eu voltei ali!
Por minha cobiça
demonstrou-se descontente;
Tirou-me o ouro, com
sua mágica traiçoeira!”
“Mas já lhe disse,
tenho mais que suficiente:
vamos metade por
metade repartir...”
Jacob primeiro não
queria aceitar,
Mas Ludwig o acabou
por convencer:
“E se o anão velho
está espionando a gente?
Se não reparto, pode
também o meu sumir...
Mas primeiro veja se
alguém lhe quer vender
um bom chapéu para a
careca lhe tapar...”
“Se perguntarem,
diga ter sido uma promessa...
De roupas novas
também vai precisar.”
Só então Jacob notou
que com as velhas estava:
até o casaco grosso
havia sumido!...
“Mas, e os
cavalos!?” Desceram na maior pressa
até a estrebaria,
ver se os podiam encontrar,
e ambos acharam,
nenhum dos dois havia sumido:
Ludwig os comprara
com o dinheiro que levava...
Após a refeição, o
estalajadeiro
os encaminhou a uma
lojinha do lugar,
onde compraram as
roupas e um chapéu
e mais um saco para
guardar o carvão:
“Para em minha forja
acender fogo primeiro.”
Depois voltaram para
as contas acertar
e o ferreiro
carregou cheio o seu turrão,
caso acendessem
fogueira a pleno céu.
OS ANÕES DA CLAREIRA
XII
Paga a hospedagem,
os dois juntos partiram
e até armas se
lembraram de comprar,
cavalgando em
direção a Wuppertal,
sem sofrer
incidentes no caminho.
Lá um armazém vazio
depressa viram;
falou Jacob que
deveriam só alugar;
era melhor começar
devagarinho:
que sua lição
impedisse um novo mal...
Alugado o armazém,
já se instalaram:
Jacob pôs sua forja
a trabalhar,
Ludwig, ao lado,
montou a alfaiataria;
na sobreloja
apartamentos arrumaram;
encomendas para os
dois logo chegaram,
pois Jacob era
aplicado em seu ferrar
e Ludwig com a
agulha; e prosperaram;
refeições a tia de
Ludwig lhes servia...
Eventualmente, Jacob
se interessou
pela tia solteirona
e os dois casaram;
muito alegre, Ludwig
foi o padrinho;
juntos compraram o
armazém, após um ano;
seus diamantes
Ludwig depositou
no melhor banco da
cidade que encontraram;
o ouro gastaram de
acordo com seu plano,
sem chamar a
atenção, bem de mansinho...
Mas assim que Ludwig
prosperou,
voltou à aldeia em
que morava o tio
e se casou com sua
prima e namorada;
desta vez, foi Jacob
o seu padrinho,
que junto com a
esposa viajou,
formando os três um
bem alegre trio,
quando a tia se
encontrou com seu maninho,
de quem estivera
muitos anos separada!
EPÍLOGO
Os dois casais
tiveram muitos filhos
e nenhum dos de
Jacob saiu corcunda!
Daí a dois anos,
Ludwig a loja abria
e se mudava para o
centro da cidade;
tios e primos fez
seguir os mesmos trilhos
e os recebeu, numa
afeição profunda,
tão felizes quão ser
pode a humanidade
quando a miséria não
mais os afligia...
Viraram joias, um a
um, os seus diamantes;
Jacob uma fábrica
aos poucos foi montar;
mesmo que o amigo
firmemente o recusasse,
a Ludwig queria
pagar o que emprestara,
e seus parentes
encaminhou como estudantes,
embora os dois
jurassem não contar
onde a origem da
fortuna se encontrara,
que a ambição a
nenhum deles tentasse!...
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