A PANQUECA FUJONA
Folklore norueguês, versão William Lagos, 21/11/2018
(Recolhida em prosa por Aarne Thomson-Uther e atribuída a Asbjornsen
e Moe, em coletânea publicada em 1859 por Geroges Dasent);
A Panqueca Fujona (VIII) – 21 nov 2018
Savonarola (I) – 22 nov 2018
A Praça de Santa Maria (II) – 22 nov 2018
Aviso Policial (II) – 23 nov 2018
Fotografias (I) – 23 nov 2018
Inquérito Policial (II) – 24 nov 2018
Destinatário (I) – 24 nov 2018
Persistência (IV) – 25 nov 2018
A PANQUECA FUJONA I
Era uma vez uma senhora muito bela,
Que tinha sete filhos, dependentes dela
Para comer, morar e se vestir.
Um dia, ela derramou leite desnatado
Com um pouco de farinha misturado
E uma panqueca começou a cozinhar.
Chiava a panqueca na sua frigideira
E borbulhava com o calor, inteira,
Com as sete crianças a assistir.
Já exalava um
cheiro bem gostoso,
Cheio de gula
cada rostinho mais formoso,
Todos
querendo a panqueca mastigar!
“Mamãe, me dá agora um pedacinho!”
Disse o primeiro. “Não, meu queridinho!
Não está ainda pronta, coração!”
“Mamãe querida,” – disse a segunda criança,
“Um pedacinho me dá!” – sua vozinha mansa.
“Ainda está meio crua, coração!”
“Mamãe boa e querida,” falou a terceira.
“Quero um pedaço do que está na frigideira!”
“Ainda não cozinhou, meu coração!”
“Mamãe boa, bonita e querida,” disse a quarta,
“Só um pedacinho para mim reparta!”
“Não deu tempo
de aprontar, meu coração!”
“Mamãe boa, gentil, bonita e querida,” disse a quinta,
“Só um pedacinho para mim consinta!”
“Está quente, coração, vai queimar a tua boquinha!”
“Mamãe boa, gentil, bonita, querida e inteligente,”
Disse a sexta, “Corta um pouco para a gente!”
“Por favor, por favor, um pedacinho!”
A Mamãe, já meio
cansada, deu um suspiro,
“Meus
queridos, vocês sabem que eu me viro,
Mas só está
pronta de um lado, coração!”
“Mamãe boa, gentil, bonita, doce, querida e
inteligente,”
Disse a sétima, “Minha fome é bem valente!”
“Por favor bonitinho, só me dá um pedacinho!”
Cada criança
pedia com maior gentileza...
“Têm de
esperar, meus queridos, com certeza...
Primeiro a
panqueca tem de se virar!...”
A PANQUECA FUJONA II
Nesse momento, a panqueca se acordou,
Muito surpresa com isso que escutou:
Sou eu que agora
preciso me virar?
E num impulso, se lançou no ar,
Dando uma volta, para certeira retornar
À grande frigideira do fogão!
E como a panqueca gostou de sua proeza,
Deu outra volta no ar, com ligeireza,
Mas desta vez, ela caiu no chão!
E sem perder
mais tempo, foi rolar
Até a porta,
para logo atravessar:
“Eu vou
embora, não vão me pegar!
“Não, panqueca!” – disse a senhora – “Volte aqui!”
“Não, panqueca!” – disse uma criança – “Eu não comi!”
“Não, boa panqueca!” – disse a segunda – “Gosto de ti!”
“Não, boa e gostosa panqueca!” – disse a terceira –
“Não vai para ali!”
“Não, boa, gostosa e cheirosa panqueca” – disse a
quarta –
“Eu já te vi!”
“Não, boa, gostosa, cheirosa e gordinha panqueca!” –
Disse a quinta – “Vais te sujar aí!”
“Não, boa, gostosa, cheirosa, gordinha, gentil
panqueca!”
Disse a sexta – “Volta, eu te pedi!”
“Não, boa, gostosa, cheirosa, gordinha, gentil, amarela
panquequinha!” – “O meu jantar perdi!”
A PANQUECA FUJONA III
Mas a panqueca só deu uma risadinha
E saiu rolando, muito apressadinha:
Passou o portão e já chegou na estrada!
Correu a senhora, segurando a frigideira,
Na outra mão, a sua raspadeira:
“Pára, panqueca!
Pára, volta aqui!”
“Não paro, não paro, dona senhora-bora!
Nem paro, nem paro para criança-mansa!”
E assim correu a se perder de vista...
Não adiantou
nada a família perseguir:
Logo a Mamãe
foi da corrida desistir
E fazer outra
panqueca bem depressa!
Mas desta vez, com a porta bem fechada,
Para a fome matar da criançada,
Sem que a outra lhe fugir pudesse!
A PANQUECA FUJONA IV
Rolou a panqueca ao longo do caminho,
Até encontrar um velho pequeninho:
“Bom dia, panqueca!” – disse o homem.
“Não corre assim! Pára aqui só um pouquinho,
Deixa que eu coma só um pedacinho...”
“Não vou parar! Quero ficar inteira!”
“Fugi primeiro dessa senhora-bora,
Depois fugi de cada criança-mansa,
Não paro para ti, velhinho-pinho!
E a panqueca rolou pela estradinha,
Até que apareceu uma galinha!
“Bom dia, panqueca!” – disse o galináceo.
“Bom dia,
galinha! Estou muito apressada!”
“Espera um
pouco! Quero dar só uma bicada!”
“Não paro
para ti, galinha-linha!”
“Fugi primeiro dessa senhora-bora,
Depois fugi de cada criança-mansa,
Depois fugi de um velhinho-pinho,
Não paro para ti, galinha-linha!...
A PANQUECA FUJONA V
E a panqueca pela estrada foi rolando,
E com um pato foi então se deparando:
“Bom dia, panqueca!” – disse o pato.
“Não corre tanto, quero dar uma mordida!
De jeito nenhum, ninguém me faz ferida
E muito menos tu, pato-sapato!”
“Fugi primeiro dessa senhora-bora,
Depois fugi de cada criança-mansa,
Depois fugi de um velhinho-pinho,
Depois fugi de uma galinha-linha!...
Não paro para ti, pato-sapato!...”
Correu
a panqueca com outro riso manso,
Até
no seu caminho encontrar um ganso:
“Bom
dia, panqueca!” – disse a ave.
“Bom dia, ganso-panço! Eu vou
seguir!”
“Pára um pouquinho, quero te
engolir!”
“Não vais tirar de mim um só
pedaço!”
“Fugi primeiro dessa senhora-bora,
Depois fugi de cada criança-mansa,
Depois fugi de um velhinho-pinho,
Depois fugi de uma galinha-linha,
Depois fugi desse pato-sapato,
Não paro para ti, seu ganso-panço!...”
A PANQUECA FUJONA VI
E continuou a rolar pelo caminho,
O seu lado de fora bem sujinho,
Não pretendia parar para ninguém!
E de repente, ela encontrou um porco!
“Bom dia, panqueca! Por que tanta pressa?
“Bom dia, porco-tosco, não vais me comer!”
“Espere aí, estou de pança bem cheinha,
Não precisas de ter medo, panquequinha!”
Roncou-lhe então o suíno gentilmente.
“Pois então,
não queres mesmo me comer?
Cada um que
vejo, um pedaço meu quer ter!”
“Mais
perigoso vai ser dentro da floresta...”
“Ora, porco-tosco, ninguém pode me agarrar!
Quando alguém tenta, depressa vou rolar
E os famintos vou deixando para trás!...”
“Fugi primeiro dessa senhora-bora,
Depois fugi de cada criança-mansa,
Depois fugi de um velhinho-pinho,
Depois fugi de uma galinha-linha,
Depois fugi desse pato-sapato,
Depois fugi daquele ganso-panço,
Não paro para ti, seu porco-tosco!...”
A PANQUECA FUJONA VII
“Pois muito bem, minha bela panquequinha,
Mas na floresta não darás tua corridinha,
Há muitas árvores, tem serapilheira...”
“Folhagem seca sobre as raízes elevadas,
Se correres, vais dar mil tropeçadas,
Melhor então que eu te vá acompanhar...”
“Me acompanhar?” – disse a panqueca, já cansada.
“Claro, querida, vão te ver acompanhada,
Bichos e aves não chegarão para atacar!”
“Bem, se é
assim, então vamos caminhar...”
“Claro,
panqueca, podemos conversar
Sobre essa
gente que não têm respeito!
E seguiram os dois pela floresta,
Sua amizade o porco logo atesta,
Nem esquilo, nem ave a aparecer!
A PANQUECA FUJONA VIII
Mas a seguir, surgiu um riachinho
E o porco entrou ali, bem ligeirinho...
“Como é que eu fico?” – indagou a panqueca.
“Monta depressa sobre meu focinho...
Assim não vais te molhar no riachinho...”
E a panqueca logo concordou...
Então o porco levantou a sua cabeça,
Com três dentadas, engoliu-a bem depressa,
Sem que a panqueca pudesse se escapar!
“Bem
gostosinha...” – disse o porco em seu roncar,
“Para comer
bem, é preciso conversar
E nunca ao
outro indicar que se tem fome!...”
E como a panqueca não mais se escapou,,
Esta historinha aqui já se acabou,
Pede à Vovó para te ler de novo!...
Esta
história norueguesa deve ter a mesma origem da história do Boneco de Gengibre,
que traduzimos e adaptamos anteriormente.
Talvez origem comum, talvez uma
tenha originado a outra... As piadas seguintes foram recolhidas (em prosa,
naturalmente) por Ernst Heimeran, jornalista e escritor (1902,
Helmbrechts–1955, Starnberg), e publicadas em München (Munique), capital da
Baviera, em abril de 1935, sob o título de Unfreiwilliger Humor (Humor
Involuntário), traduzidas e adaptadas em forma poética por William Lagos. A ideia de Heimeran foi ironizar cartazes e
avisos que pretendiam ser totalmente sérios, sem os autores perceberem qualquer
tolice ou absurdo neles incluídos. Abraços,
Bill.
SAVONAROLA – 22/11/2018
Em mil quatrocentos e
noventa e oito, foi queimado,
na Praça de São Marcos,
em Florença,
o monge Savonarola, devido
à sua descrença
no poder pelo Papa
proclamado.
O pobre monge foi assim
executado
numa fogueira, perante
turba densa,
muita gente a protestar
por tal ofensa,
por ter mensagem de sua
prédica adotado.
Isto nos deve servir
como lição
para o perigo que o fogo
pode provocar,
causando a morte do
sincero pregador...
E fica aqui séria
recomendação:
Para em sua casa um
incêndio se evitar,
tenha o cuidado de
comprar um extintor!
PRAÇA DE SANTA
MARIA I – 22/11/2018 (*)
(*) Marienplatz,
no centro de München.
Um rapazinho de escola primária,
na cidade de Munique residente,
a capital da Baviera, ingenuamente,
escreveu tal redação documentária:
A Praça de
Santa Maria é muito vária;
tem um prédio
construído antigamente,
como central
de vendas, onde hoje, realmente,
ninguem faz
mais. A Prefeitura, essa ordinária,
tomou conta do
lugar e ali funciona,
por alegar ser
um edifício histórico,
melhor votado
para a administração;
também da
estátua se declara ser a dona,
a cujos pés há
um dragão simbólico
e uma mulher,
lá no alto, erguendo a mão.
A PRAÇA DE SANTA MARIA II
Dizem ser a
estátua da Virgem Maria,
a qual na
Bíblia a um dragão venceu,
mas meu avô
jamais se convenceu
que essa
imagem ali a representaria.
“É a Princesa
da Baviera,” – me dizia (*)
e no dragão
ele também reconheceu
a revolução
que contra ela se ergueu,
que massacrada
foi pela burguesia.
Mas se,
afinal, esse lugar é tão sagrado,
que a
Prefeitura para seu uso tomou conta
e os negócios
nesse prédio não permite,
por que há
tantas lojas do seu lado?
Tanto povo que
a gente deixa tonta!
E o movimento
até ao dragão irrite!...
(*) A estátua chama-se “Bavaria” e simboliza a Baviera.
AVISO POLICIAL I -- 23/11/2018
Mostrou a polícia
discutível eficiência:
um cidadão certo pacote lhe entregou,
que em um ponto da rua
ele encontrou,
feito o registro com a
máxima paciência.
Naturalmente,
desconhecida a residência,
nem sequer nome o pacote
lhe indicou,
mas pela rádio ao
proprietário se avisou,
assim tomada a
necessária providência:
FOI ENTREGUE HOJE NESTA
DELEGACIA
UM PACOTE SEM TER NOME
OU ENDEREÇO,
A SER ENTREGUE A SEU
DESTINATÁRIO;
AO DESCONHECIDO SE
SOLICITARIA
QUE VIESSE BUSCÁ-LO COM APREÇO,
IDENTIFICANDO-SE COMO
SENDO O PROPRIETÁRIO.
AVISO POLICIAL II
Em mil novecentos e
trinta e três, foi em Berlim
este aviso pela polícia
publicado:
O
aniversário de Bismarck será comemorado
frente à
residência que ele ocupou por fim;
ambas esquinas
serão fechadas assim,
para
qualquer veículo de caráter motorizado,
aos
pedestres só o espaço consagrado,
sem o
evento ser perturbado, enfim.
CONTUDO FICA
EXPRESSAMENTE PROIBIDO
TRAZER CACHORROS OU
GATOS NA OCASIÃO,
QUE ASSIM POSSAM
INCOMODAR A MULTIDÃO;
O PROPRIETÁRIO QUE SEU
CÃO TENHA TRAZIDO,
SEM A DEVIDA COLEIRA E
UMA CORRENTE
SERÁ MULTADO PELO
INCONVENIENTE!
FOTOGRAFIAS – 23/11/2018
Um alemão foi procurar
um conhecido
com quem há muito o
contato já perdera
e lhe disseram que um
amigo conhecera
que em restaurante fora
admitido.
Sua mãe gravemente havia
adoecido,
mas de seu filho nunca
se esquecera;
queria achá-lo, antes
que ela morrera,
um abraço a renovar
antes perdido.
No restaurante, soube
que o amigo
não deixara endereço
quando fora demitido,
mas disse o dono: “Tenho
uma fotografia...”
“Ah, que bom! Mostrar a alguém então consigo!”
Pelo dono um vasto
pacote foi trazido,
mas como o identificar,
sendo o tal desconhecido?
INQUÉRITO POLICIAL I –
24/11/2018
Muitos se queixam da longa
duração
dos processos na justiça
brasileira,
mas este leva de longe
uma dianteira,
conforme indica oficial
declaração,
apresentada seriamente
em impressão
do Jornal Oficial do
Reino, por inteira, (*)
a 5 de julho de 1927,
sobre vaca leiteira,
cujo furto fora
registrado na ocasião.
(*) Reichsgesetzblatt
“Foi a denúncia
apresentada em Setembro
De 1867,” reza o
registro oficial,
“então iniciadas as
investigações,
conforme o registro que
se fez em Novembro,
pelo escrivão do
distrito policial,
encarregado destas
averbações.”
INQUÉRITO POLICIAL II
“Como ocorresse
modificação da lei,
a 30 de junho de mil
oitocentos e oitenta e três,
novo processo foi aberto
por sua vez,
conforme estatuto determinado
pelo Rei;
mas em 1900, novo adendo
ali encontrei,
após a unificação da
Alemanha, que se fez,
reaberto pelo Código
Imperial durante o mês
de Abril, consoante aqui
eu registrei,
interrompido pela
guerra, infelizmente,
foi reaberto em 1924; e
afinal,
por este termo passando
para o arquivo:
não se encontrou nem a
vaca, nem o agente
encarregado do inquérito
inicial,
nem o queixoso sendo
achado vivo.”
DESTINATÁRIO – 24 NOV
2018
Depois de anos de
separação,
ao sentir saudades de
um ausente,
carta escreveu-lhe uma
senhora sua parente,
retomar pretendendo a
relação.
Após demora de uma
certa duração,
foi devolvida a carta
à remetente:
“Morreu o
destinatário, sem causa aparente,
mas descobrimos sua
localização.”
Ainda anotado o
seguinte despautério:
“O endereço
desapareceu no bombardeio,
perdida a vida, então,
temos receio...”
“Não foi possível
entregar no cemitério,
porque o coveiro não a
queria receber
e nenhum vizinho nos
poderia responder.”
PERSISTÊNCIA I – 25/11/2018
Já este caso foi totalmente diferente:
Em 1852, um certo cidadão,
de Schleswig, que ficava na ocasião
no norte da Alemanha, mas era independente,
uma carta escrevera a um seu parente,
endereçada para Lindenberg,
mas se mudara para Kaltenberg
e lá não era mais tampouco residente.
Ess correio, responsável e eficiente,
conseguiu descobrir novo endereço,
numa pequena cidade da Renânia;
levada a carta em atenção ao remetente,
descobriram, com cuidadoso apreço,
que se mudara para a Pomerânia!
PERSISTÊNCIA II
Naturalmente, o tempo foi passando,
mas continuaram as investigações;
sem ser costume dessas repartições
um envelope ao remetente se enviando,
na posta-restante a carta foi ficando,
até se descobrir que, em Altenberg,
o destinatário residira num albergue,
sem a filha querer ficar incomodando.
Havia boatos de seu falecimento,
porém não era notícia de confiança,
outro endereço procurando esse correio
e alguns anos após o desaparecimento,
surgiu na agência novel esperança
e foi a carta reenviada por tal meio.
PERSISTÊNCIA III
A essa altura, já chegara a Grande Guerra,
que afirmavam seria a derradeira;
a Inflação veio a seguir tomar dianteira,
para assolar da Alemanha toda a terra;
mas a pesquisa nem assim se encerra,
informação chegando bem certeira
do endereço da filha, mãe solteira
e em 1935, já com Hitler, não se emperra.
Encontrada, finalmente, a residência
do bisneto do tal destinatário,
a velha carta foi, enfim, entregue;
ele a guardou com carinho e com paciência,
de sua memória sendo solidário,
se bem seu rosto lembrar sequer consegue...
PERSISTÊNCIA IV
Porém passada já a Segunda Guerra,
seu filho se tornou filatelista
e a velha carta o lançou em certa pista:
Que selo é este que a sobrecarta encerra?
E no Catálogo a surpresa quase o aterra:
de Schleswig-Holstein a estampa avista:
“Dois Schilling rosa, 1850,” a sua conquista:
grande valor possuía e em nada erra!
Foi a Berlim, sobre o envelope ainda o selo,
homologado por um especialista,
com a sobrecarta sendo posto num leilão!
Uma fortuna recebendo, por desvelo
desse correio que em persistência invista,
para ao trineto trazer exultação!...
(Lemos
este episódio em uma revista filatélica, afirmado como sendo histórico, tendo o
leilão ocorrido em 1972, cento e vinte anos após o envio da carta pelo
remetente! Estes selos são de fato muito raros, embora os do Plebiscito
posterior sejam relativamente comuns).
Olá, escritor. Muito criativa e inventiva esta coletânea poética. Abraços
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