A MOCHILA MÁGICA (Folclore irlandês, em versão poética de
WILLIAM LAGOS, 9 OUT 13
A MOCHILA MÁGICA I
Era uma vez um soldado irlandês
que combatera nas guerras do rei,
contra a França, a Espanha e a Dinamarca;
nunca recuara no chegar sua vez
de avançar, em cumprimento à lei:
a pé, em geral; em outras, numa barca,
mostrando sempre o mais real valor
sem jamais desonrar seu uniforme,
embora, às vezes, se sentisse desconforme
com o Rei da Inglaterra, seu dominador.
Aos quinze anos, ele fora convocado,
mais quinze anos até chegar a paz,
sem que nunca seu soldo fosse pago;
porém agora, ao ser desmobilizado,
fez as contas de cabeça o bom rapaz...
Para pequena granja, junto ao lago,
em que pudesse plantar umas batatas,
trigo e cebolas, ter uma vaquinha
e arranjar uma esposa bonitinha
daria o dinheiro, calculando as datas...
Certamente, teria mais de quatrocentas
libras no bolso à sua disposição,
mesmo que o soldo fosse um pouco baixo:
dois xelins por semana e os sustentos,
menos de libra por mês a sua porção,
mas tinha quinze anos nesse facho...
Ficou assim a aguardar no acampamento,
até chegarem os tenentes pagadores,
com livros grossos e penas tais senhores
e de sacos de moedas provimento.
Chegado o dia, tomou lugar na fila,
esperando seu nome ser chamado.
Uma ficha recebeu e, novamente,
entrou na linha, como ovelha em esquila,
na espera de se ver recompensado
por tantos anos obedecendo fielmente...
Os pagadores eram dez, cada mesinha
trazia dois números, as fichas indicando.
O bom soldado foi sua fila procurando
E entre 2001-2500 então se alinha...
A MOCHILA MÁGICA II
Ficou a olhar o movimento, distraído,
batendo papo com seus camaradas...
Fazia um belo dia, certamente:
com aquela rapaziada havia corrido
muitas batalhas e muitas invernadas;
saudade iria sentir de muita gente...
À própria aldeia não pensava retornar;
a mãe morrera, seus irmãos dispersos,
imigrados para os países mais diversos,
sua velha casa a ventania a derrubar...
Por que, então, haveria de voltar?
Salvo se houvesse uma granja ali por perto
que, com seu soldo, pudesse adquirir...
E distraído no seu calcular,
seu cuidado mal e mal era desperto
pela voz de camaradas a discutir...
Até chegar-lhe uma certa inquietação
que ao longo de sua fila perpassava...
Muita gente percebeu que reclamava,
insatisfeita com o pagamento na ocasião.
Porém Brian, como era o nome do soldado,
não demonstrou grande preocupação
até chegar à cabeceira de sua linha.
Percebeu serem conduzidos do outro lado
os que haviam sido pagos de antemão,
resmungando protesto em ladainha...
E reparou numa tropa bem armada,
composta apenas por soldados ingleses,
enquanto as armas haviam entregue os irlandeses,
antes da fila ser toda organizada...
Prestou atenção e viu que protestavam
por receberem menos que o esperado,
mas acabavam as contas aceitando.
Destacamentos os pagadores apoiavam,
tranquilamente era tudo argumentado
e os soldados terminavam assinando.
Eram então conduzidos até a estrada,
após passarem pelo alojamento,
em que ganhavam um pacote de alimento
e uma garrafa de uísque ainda fechada...
A MOCHILA MÁGICA III
Começou Brian a ficar um tanto inquieto,
porém notou que os soldados à sua frente
eram mais novos na tropa do que ele.
Com quinze anos seu soldo era completo
teria mais sorte que aquela pobre gente,
pois bela soma seria o lucro dele...
Finalmente, conseguiu à mesinha chegar
em que se achava o tenente com sua escolta.
“Seu número, Patrick!” – Sem mais volta,
exigiu o superior, sem nem o olhar...
“Meu nome não é Patrick,” ele explicou.
“Pouco me importa. Qual é o
número da ficha?”
Brian lhe disse, ofendido levemente,
mas com os maus modos pouco se importou,
que grossura na tropa afinal é coisa micha
e só o número importava a esse tenente.
“Está aqui, dois mil, cento e cinquenta e seis.
O seu nome é Shaughnessy, Patrick?”
“Sim, Brian Dennis, espero que aí indique...”
“B. D., estou vendo... Você engajou em Dezesseis?”
“Sim, senhor, estou na tropa há quinze anos.”
“Não perguntei, Patrick. Não vê
que posso ler?”
“Mas eu não sou...” – “Você quer calar a boca?
Para mim é igual aos outros carcamanos,
É Patrick, e pronto! Não quero
mais saber,
entendeu?” “Sim, senhor!” “Que coisa louca!
Querem que eu saiba o nome de milhares!...”
“É isso mesmo, senhor,” disse o sargento.
“Que importa o nome de cada irlandês sarnento?
Bastam os números para os militares!...”
“Pois muito bem, Patrick!
Shaughnessy, B. D.,
engajado na tropa em Oitocentos e Dezesseis,
vamos ver... Temos aqui uma bela
soma...
Sabe ler, Patrick? O que é que
você vê?”
“Aqui, senhor? Quinhentas e
vinte e três...
Libras, senhor...?” Sua alegria
ele mal doma.
“Pois é, Patrick... Mas temos os
descontos.
Você gastou oito belos uniformes,
comeu, bebeu... Seus gastos são
enormes...
Há a espingarda, a munição, outros apontos...”
A MOCHILA MÁGICA IV
“Mas, senhor, eu devolvi a espingarda!...”
“Tem o desgaste, as balas que empregou,
as botas e os coturnos que gastou...
Vamos ver, pretende agora devolver a farda,
o cantil e a mochila que ganhou...?
Possível abatimento se anotou...”
“Mas, senhor, não tenho roupa de civil!...”
“Bem, vai então conservar o uniforme,
sem as insígnias regimentais, está conforme?”
“Sim, meu tenente! Andar nu é
coisa vil!...”
“Quer fazer graça, Patrick?
Contas feitas,
você tem a receber só três xelins...
Assine aqui, que o sargento então lhe paga.
Quer conferir se as somas estão direitas?
Ainda recebe provisão e afins
e pode conservar mochila e adaga...”
O pobre Brian viu na cara dos ingleses
que não estavam para brincadeiras,
colocou os três xelins nas algibeiras,
fez continência, como em tantas vezes...
Tomou ensopado com o cozinheiro,
encheu a mochila com as provisões
e uma garrafa de bom uísque irlandês.
Meteu o pé na estrada, bem ligeiro,
que não queria se envolver em confusões:
não se discute com comandante inglês!...
E saiu caminhando sem destino...
Teria de arrumar algum
emprego...
Tenho comida para seis dias, não
nego,
mas, e depois? Que é que faço, meu menino...?
De qualquer forma, conservou o bom humor
e seguiu caminhando pela estrada,
mas onde ia, pouco ou nada conseguia,
sempre encontrava mais de um predecessor,
a menor vaga já se encontrava ocupada
e alimento ninguém lhe repartia...
Eram centenas de soldados dispensados,
as pessoas não sabiam o que fazer
e mais caminho seguiu a percorrer,
até bem longe dos lugares frequentados...
A MOCHILA MÁGICA V
Finamente, por floresta penetrou
e deparou com uma velha encarquilhada,
toda vestida de preto, que pediu:
“Belo soldado que por aqui chegou,
terá um xelim para uma velha esfaimada,
que nada de comer há dias viu?”
“Bem, na verdade, somente tenho três,
mas entre três e dois, que diferença...?
Minha comida já gastei e a mata é densa...
Deus a abençoe, avozinha, desta vez!’’
Daí a uma hora, seguindo a sua jornada,
encontrou outra velha magricela,
também vestida de preto, que pediu:
“Meu bom soldado, a vovó está esfomeada,
não terá um xelim que dê a ela...?
Será que fez a volta e me
iludiu?
pensou o soldado, mas era caridoso.
“Só tenho dois xelins, é bem verdade.
Que diferença faz, se a caridade
tem mais valor que o ouro mais formoso?”
Assim, lhe deu seu segundo xelim
e retomou a senda, a assobiar;
mas em seguida, para seu espanto,
terceira velha ele encontrou assim,
toda de preto, magra e a tropeçar,
que a voz lhe dirigiu, cortada em pranto:
“Gentil soldado, tenha pena da avozinha,
não como há dias, estou quase morrendo,
dê-me um xelim, por favor!” – disse gemendo.
“Deus abençoa quem ajuda a pobrezinha!...”
Disse o soldado: “Acho que há inflação
de velhinhas ao longo desta estrada!
Na verdade, resta-me apenas um xelim,
mas entre um e nada... a situação
é quase a mesma... Vou ficar sem
nada,
mas me parece que precisa mais assim...”
A velhinha agradeceu profusamente
e então sumiu, como por encantamento!
O soldado persignou-se no momento:
caía a noite já assustadoramente...
A MOCHILA MÁGICA VI
Dentro em breve, porém, nova surpresa:
enquanto procurava para dormir lugar,
uma quarta velhinha surgiu no caminho,
vestida de preto e de grande magreza...
O soldado estacou e foi o primeiro a falar:
“Desculpe, vozinha, acabou o dinheirinho,
as suas irmãs tudo já me levaram...”
“Eu sei, meu netinho, vim para agradecer,
você foi generoso, fez por merecer,
dar-lhe-ei três desejos pelo que lhe tomaram...”
Ficou o soldado de cabelos eriçados:
Quem ele enfrentava era uma
feiticeira!?
“Não precisa ter medo, peça o que quiser!”
Tremendo de medo por antigos pecados,
pediu de imediato, como bênção primeira:
“Quero estar sempre na graça de Deus!
Se puder
me dar isso, vozinha, já me dou por satisfeito!”
“Concedido!” – disse a velha. “E
que mais?”
Bastante aliviado, sem querer pedir demais,
Falou ainda com medo e sem pensar direito...
“A minha mochila!... Que nunca
se estrague,
por mais que se encha, não rompe nem rasgue,
enquanto eu viver...” “Pois bem,
concedido,”
disse a velhinha. “Mas pense bem
agora,
é seu último desejo, veja se vai pôr fora...
Escolha bem o que quer, pois será atendido.”
“Que tudo o que eu peça, venha para minha mochila
e só possa sair dela depois que eu mandar;
por pesado ou por grande não a possa rasgar...”
“Concedido!” – disse ela – e no ar some e se asila!...
No instante seguinte, Brian estava sozinho.
Ou era uma bruxa ou alucinação...
Quanto à graça de Deus, posso
bem consegui-la!
E seguiu, já no escuro, a andar no caminho
e então, numa pedra, deu feroz tropeção!
Queria essa pedra – pensou – dentro da
mochila!
E caiu para trás, com um peso tremendo!
Com todo o cuidado, as correias soltou,
abriu a mochila e a pedra ali achou!...
Desejou que saísse, logo no chão a vendo!...
A MOCHILA MÁGICA VII
Experimentou de novo. Bastava
pedir
e já lá na mochila qualquer coisa se achava!
À velhinha agradeceu, com sinceridade...
De repente, uma luz viu na frente a luzir,
uma lâmpada acessa que já rebrilhava...
Talvez ali arranjasse a hospitalidade...
Seguiu seu caminho e uma granja encontrou;
a porta empurrou, viu um velho sentado,
ante pilhas de ouro brilhante e dourado,
que logo pistola ao soldado apontou...
“Vá embora daqui, ou atiro, ladrão!”
“Ladrão eu não sou, vim só pedir comida
ou quem sabe um lugar em que pouse esta noite...”
“Vou chamar os cachorros, se vai armar confusão!”
“Tudo bem,” disse Brian, “não me quer dar guarida,
vou-me embora depressa, não preciso de açoite!...”
E como era honesto, seguiu pela estrada,
embora sentisse forte ressentimento:
Tantas pilhas de ouro e nem reparte
o alimento!
Pois quero o ouro na mochila,
sem lhe deixar nada!
Desta vez, já aguardava seu peso sentir;
abriu a mochila, que se achava estufada:
Não preciso, de fato, de todo
esse ouro!
Então desejou só uma parte possuir,
que o resto voltasse à granja deixada...
E com bem menos peso, marchou sem desdouro.
Mas logo outras luzes à frente enxergou,
encontrou uma aldeia, chegou à estalagem,
mostrou uma moeda e pediu hospedagem
e com boa vontade, o hospedeiro o aceitou.
Mas depois que bebeu e comeu, já bem farto,
o estalajadeiro se mostrou meio embaraçado:
“A casa está cheia, chegou bem na feira...”
“Mas serve-me o estábulo, não precisa ser quarto...”
“Também está cheio, está tudo tomado...”
“Eu me deito no chão, pode ser numa esteira...”
(Desejou ter nos bolsos todo aquele dinheiro).
“Eu posso pagar, mas na rua, há perigo!...”
“Tem toda razão, mas lamento, meu amigo,
está tudo lotado,” disse o estalajadeiro.
A MOCHILA MÁGICA VIII
“Quer dizer, tenho um quarto, porém não alugo,
pois já várias pessoas morreram ali...”
“Não seja por isso, me alugue essa peça,
mal algum poderá tomar-me em seu jugo,
tenho a graça de Deus, ficarei bem aqui...
Eu me responsabilizo e que esta libra agradeça!”
O estalajadeiro aceitou, de expressão constrangida
e destrancou o quarto, que abriu para arejar.
“No meio da noite, a fome me faz acordar,
quero vinho bastante e bastante comida!...”
“É uma pena, rapaz, simpatizei contigo...”
Mas puseram uma mesa com quatro cadeiras,
comida à vontade e garrafas de vinho...
Após trancar a porta, disse Brian consigo:
Vou deixar acesas quatro velas
inteiras
e dormir com um olho só, como
bom soldadinho!
E lá pelas tantas, mal e mal cochilava,
um barulho escutou, descendo a lareira;
ergueu-se depressa, sentou-se em cadeira
e ficou à espreita de quanto o aguardava...
Então, viu surgir um diabo encarnado
e de braços abertos; mas logo o convidava:
“Venha comer, meu amigo, deve estar com fome!”
O diabo o olhou com surpresa e de lado:
“Você não tem medo?” E já se
aproximava.
“Cada um que me vê, só de susto já some!...”
“Pelo contrário, olhe aqui, está servido o jantar,
não está com fome? Sente-se para
comer...”
Viu o diabo a comida com o maior prazer
e à mesa sentou-se, sem fazer-se rogar...
Surgiu em seguida um diabo amarelo,
que parou espantado ao pé da lareira;
um diabo bem negro desceu-lhe na esteira
e Brian os chamou para o banquete belo
e logo se puseram a comer e a beber,
mostrando naquilo evidente prazer...
Então lhe falou o diabo vermelho:
“Cristão, você é o primeiro a nos convidar,
e assim lhe explicarei por que vou lhe matar...
É que aqui se hospedou um pirata bem velho.
A MOCHILA MÁGICA IX
Ele deixou enterrado na lareira um tesouro,
sobre o qual fez cair bem feroz maldição;
nós somos os guardas, ninguém pode pegar;
e lhe agradecemos, belo soldado louro,
mas agora devemos cumprir nossa função:
reze então, se quiser, temos que te matar!”
“Não seja por isso,” falou Brian.
“Desejo
que entrem os três dentro de minha mochila!”
Desapareceram os três, com os rabos em fila,
muito bem trancada a mochila no ensejo!...
E embora gritassem, Brian não se importou:
lavou as mãos e o rosto e foi-se deitar;
dormiu toda a noite, na graça de Deus...
No dia seguinte, o estalajadeiro chegou
e batendo na porta, fez o rapaz despertar:
“Mas como escapou, sem ferimentos seus?”
“Ah, dormi muito bem, estava boa a comida,
agora, contudo, quero um bom desjejum;
limpe bem essa mesa e não deixe nenhum
restinho que azede no prato ou em bebida...”
Após comer bem, sopesando a mochila,
o soldado indagou se ali havia um ferreiro;
e sem hesitação, disse-lhe o estalajadeiro:
“Sem dúvida, há oficina do outro lado da vila.”
“Por favor, três rapazes bem fortes consiga
Para levar-me a mochila, pesa como uma viga!”
Ficou o estalajadeiro bastante surpreendido
vendo quanto pesava tão pequeno objeto;
e o carregaram os três, com um medo secreto,
até a ferraria, em um canto escondido...
Então Brian pagou muito bem ao ferreiro
para malhar a mochila, com toda a energia:
“Não tenha receio, que não vai se rasgar!”
Mas assim que bateu, ouviu-se um berreiro
e logo o vigário da vila surgia,
que Brian chamara para a mochila abençoar!
Só assim o ferreiro seguiu martelando
e até os três rapazes no trabalho ajudaram:
durante a manhã, todos se revezaram;
após a benzedura, o clamor silenciando!...
A MOCHILA MÁGICA X
Depois a levaram até a beira do rio
e Brian desejou que dela saísse
todo o seu conteúdo, num jato ligeiro.
Escorreu uma poeira vermelha num fio,
depois amarela, que então negra seguisse;
a mochila perfeita, sem rasgão, tudo inteiro.
Após pagar todos, retornou à estalagem
e fechou-se no quarto com o estalajadeiro.
“A maldição acabou, meu bom companheiro;
e eu até poderia lhe fazer malandragem...”
Mas sei que há um tesouro no sopé da lareira,
se o acharmos agora, rachamos meio a meio?”
“Ora, é claro!...” disse o outro, sem acreditar.
“Porem há outra coisa que eu quero, certeira...
Gostei de sua filha e caso sem receio,
se você permitir e se ela aceitar!...”
O velho concordou, com um vasto sorriso
e então desembainhou sua adaga o soldado
e os tijolos se pôs a soltar, com cuidado,
até aparecer um baú sob o piso...
Aberto o baú, estava cheio de ouro,
de mistura com joias... Então
Brian falou:
“Se eu quisesse, com tudo ficar poderia!
Mas vamos agora repartir o tesouro!...
E pleno segredo a parelha jurou,
mediante a promessa de que se casaria...
Falaram com a moça e ela logo aceitou,
já antes pusera seu olhar no soldado,
rapaz alto, bonito e tão bem educado...
E em seguida o casório assim se realizou!
Pois Brian comprou uma granja ali perto
e dez filhos aos poucos teve o jovem casal,
sem que os pobres diabos jamais retornassem...
Também o estalajadeiro se portou com acerto
e enquanto viveram, nada sofreram de mal,
embora, à socapa, do mistério falassem...
Mas hóspede algum voltou a ser maltratado,
vivendo a família na graça de Deus,
a igreja auxiliando, em puro amor dos céus,
toda a gente da vila tendo assim prosperado!
EPÍLOGO
E quanto à velhinha? Não mais se
ouvir falar
e Brian nunca soube quem era, com certeza.
Que era Nossa Senhora pensou mencionar:
não dá a graça de Deus, com a maior singeleza,
qualquer feiticeira, uma santa, ou até fada...
Aumentada a capela, a Madona entronizada
usava manto negro e a cobria um negro véu,
os aldeões protegendo na marcha para o céu.
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