MAISONS VILLAGEOISES I (5 ago 11)
(Danielle Darrieus)
Talvez as
reconheças, viajante...
Essas
casas de pedra que se erguem;
essas
paredes grossas se soerguem
a
proteger-te do vento contra o guante!
Talvez as
tenhas visto, viandante,
e suas
visões à tua memória leguem...
De tua
recordação então despeguem
curtos
vislumbres de sonho delirante...
Aproveitando
os mínimos espaços,
elas se
apertam contra a rocha viva,
quase uma
afronta a qualquer vegetação,
sem lhe
deixar de superfície os traços,
enquanto
o humano ser nelas se ativa,
nos mil
terraços de seu coração...
MAISONS
VILLAGEOISES II
Por
entre as gretas, a menor semente,
trazida
pelo vento ou albatrozes,
levanta
ao sol o broto, em fracas vozes,
de cada
lâmina de relva enverdescente.
Cotiledônias
frágeis, de potente
sobrevivência,
por mais que as folhas toses,
a
contentar-se com as menores doses
da
umidade e do ar viridescente.
São
samambaias e dentes-de-leão,
são
cogumelos, nos pontos mais escuros,
ou
organismos até mais atrevidos,
que se
apresentam, em fúria de paixão,
para
enfrentar os seus percalços duros:
zumbis
de avenca de mil ideais perdidos!
MAISONS
VILLAGEOISES III
Aqui não
moro eu: são os meus sonhos
que se
espalham pelo mundo, sem cessar.
A cada
nuvem têm de acompanhar,
inusitados
os seus ideais bisonhos...
Não são
os pesadelos mais medonhos,
que não
os tenho, ao menos de lembrar.
Bem
diferente se mostra o meu sonhar,
em
devaneios tristes ou risonhos...
Mas sim,
eu moro, porque humana gente
ainda se
encontra por trás dessas paredes,
em que
centenas viveram no passado
e desses
todos transformo-me em agente,
a captar
memórias em minhas redes,
para
rufar no coração descompassado.
MAISONS VILLAGEOISES IV – 22 ABRIL 2024
Só imagino, nos séculos passados,
desde que alguém tais pedras cimentou,
desde que outrem as grades reforjou,
com seu orgulho de ferreiros consagrados;
desde que foram os vidros colocados
nesses caixilhos que alguém armou,
nessas janelas e portas que montou,
nessas ardósias dispostas nos telhados,
quanta gente já dormiu sob esses tetos
ou espiou das janelas e mansardas
para os poucos que passavam pela rua;
quem já gozou ou não gozou de afetos,
entre as muralhas das paredes pardas
e agora dorme sob outra pedra nua.
MAISONS VILLAGEOISES V
Minhas casas de pedra foram outras,
alicerçadas em minha própria mente;
já morei dentro delas bem contente,
saía de umas para habitar em outras!
Ainda com a poeira que trouxera doutras,
abrigado em mim mesmo, certamente,
em cada casa tinha noiva diferente,
nos cabarés da mente achava estoutras!
Que nos importa se a multidão de orgasmos
tidos com elas foram sonho bem mesquinho,
autoerotismo de um puro fantasiar?
Muito melhor que o abraço dos marasmos
de tanta coisa enovelada no caminho,
que não se pode jamais recuperar!...
MAISONS VILLAGEOISES VI
E quanto a ti, em quantas casas já moraste?
Mansões erguidas por nobre imaginação,
as capelinhas de um suave coração,
sem que no mundo exterior te aventuraste?
Ou só em casas mais robustas habitaste,
na alvenaria de cada construção,
cimento armado de alheia criação,
tijolo e cal por outros juntos encontraste?
Ou de fato, em tal vetusta pedra antiga
tu já viveste, nos tempos teus de antanho
ou por vezes as ajudaste a construir?
Nos mil outroras quiçá já foste auriga
das carroçadas de pedra para ganho
ou para o próprio lar fazer subir?
MAISONS VILLAGEOISES VII – 23 ABRIL 2024
Porém se foram tais casas habitadas,
no decorrer do tempo, há gerações,
não me parece terem sido habitações
dos operários que lhes ergueram as fachadas;
talvez sejam a visitantes dedicadas,
aos turistas de arqueológicas paixões
ou a romeiros de contritos corações,
que às abadias acorrem consagradas.
Buscando a bênção de sua peregrinação,
que lhes permita cobrir muitos pecados
(e contnuar a pecar mais à vontade)
ou talvez alcancem mais amena propensão,
nessa estadia em ambiantes marchetados
por tantos séculos da milenar humanidade.
MAISONS VILLAGEOISES VIII
São de madeira das janelas os caixilhos,
bem protegidas por brancos cortinados:
não será fácil com olharse apressados
dos inquilinos perscrutar os brilhos.
Nas encostas, árvores seguem seus anilhos,
alçando ao ar seus florais amarelados,
pela exiguidade do espaço assim deixados,
forçadas a se manter em estreitos trilhos,
enquanto as frondes se expandem na montanha,
fracos abrigos contra tantas invasões,
mas cercando as velhas casas com firmeza;
não é zona que o tremor da terra assanha,
seus terremotos são só revoluções,
a que o muro antigo contempla em altiveza.
MAISONS VILLAGEOISES IX
Mas quem morou nas casinhas apertadas
contra essa encosta íngreme do monte?
Nessas histórias que talvez ninguém mais conte,
nessas salas ao sigilo consagradas,
que algumas vezes são ainda visitadas
pelos monges da abadia junto à fonte,
para o galgar da montanha como ponte,
transposições ao céu facilitadas.
Quiçá em visitas a doentes, batizados,
antes da boda aos noivos confessando,
para ocultar visões inescrutáveis,
ou talvez para festejos convidados,
ou nesses lares talvez mesmo ingressando
para milagres jamais irrealizáveis...
MAISONS
VILLAGEOISES X – 24 ABRIL 2024
Eis que
os católicos possuem uma vantagem
que não
partilham os mais devotos protestantes:
embora
cometam as infrações mais delirantes,
logo as
confessam num arremedo de coragem
e de seus
padres, oculta sua visagem,
recebem
logo absolvições bem confortantes,
em troca
de penitências hesitantes,
que os
dispensarão da infernal paragem.
São as
ditas obras de supererrogação,
esses
tesouros recolhidos pelos santos,
que
teriam graça mais do que precisam,
que os
confessores podem servir em prestação,
a
compensar do penitente os prantos,
embora
peçam que em diversos futuros vivam.
MAISONS VILLAGEOISES XI
Porém igual concediam indulgências
a quem prestasse obras meritórias,
por exemplo nas Cruzadas, cujas glórias
deveriam justificar quaisquer tendências
para matar, roubar e outras pendências
e mesmo estupros no momento das vitórias,
corpos violentados em pilhas de escórias,
sobre mortos a assistir em complaciências...
E por que não conceder aos próprios frades
uma indulgência de plena aceitação
pelos pecados cometidos na ocasião?
Muito melhor que os enviar ao Hades,
reservado para os hereges protestantes,
salvo os conversos nos últimos instantes!
MAISONS VILLAGEOISES XII
Uma figura se debruça ao parapeito,
a contemplar certa cena lá no fundo;
usa uma capa de cinzor profundo,
a mão se apóia diante de seu peito...
De que suas vistas vão tirar proveito,
algo de puro ou em oposto imundo?
Por que inclina seu rosto rubi cundo
e se observa daqui, com que direito?
Talvez seja mulher de orelhas delicadas,
seus longos dedos parecendo cor-de-rosa,
por que visita esse abascal mosteiro?
Tantas perguntas apenas
esboçadas,
fotos modernas já digitalizadas,
em transitório momento derradeiro...
MAISONS
VILLAGEOISES XIII – 25 ABRIL 2024
Recordo
agora essa imagem inicial
desses
merlões e ameias no seu crivo,
que certo
dia registrou diapositivo,
conservado
ainda em sua pasta original.
Até a
figura de cinza monacal,
seu rosto
críptico a sugerir aviso:
Noli me tangere! a
indicar seu siso, (*)
olhar
vestido de ameaça espiritual,
(*) Que ninguém me toque!
que me
inspirou os meus primeiro versos,
seguindo
após por caminhos bem diversos,
minha
curiosidade impelida a investigar,
sem saber
que ainda viva a personagem,
que me
encara desde o fundo da visagem,
meu
próprio olhar quem sabe a perscrutar!
MAISONS VILLAGEOISES XIV
Talvez se ache até mesmo contemplando
dessa cabeça seus dois olhos imensos,
no peitoril a crispar seus dedos tensos,
talvez no aguardo de destino mais infando,
tal boca imensa talvez a devorando,
seu corpo inteiro com molares infensos,
quiçá pensando em balançar seus lenços,
como oferta de paz apresentando,
por mais que tema esse rosto de dragão,
que talvez sobre ela cuspa fogo,
sem que a proteja o pétreo parapeito,
ganhando assim esse instante de atenção,
numa esperança de ter ouvido o rogo
ou até mesmo de reagir tendo o direito!
MAISONS VILLAGEOISES XV
Porém é a casa que domina a aldeia,
toda de pedra mas nua inteiramente,
sabe a muralha que vale mais que a gente,
todos devora em paulatina ceia.
Sempre é preciso contemplar na teia
essa figura singular ali presente,
a conservar-se de forma permanente,
no diapositivo que tal mansão permeia,
sem mais temor de ser absorvida
ou calcinada pelos olhos do dragão,
a planejar talvez uma investida,
para fora do retrato em plenitude?
Mas quem governa essa visão que alude
é a própria casa pela qual será engolida!
MAISONS
VILLAGEOISES I (5 ago 11)
Talvez as
reconheças, viajante...
Essas
casas de pedra que se erguem;
essas
paredes grossas se soerguem
a
proteger-te do vento contra o guante!
Talvez as
tenhas visto, viandante,
e suas
visões à tua memória leguem...
De tua
recordação então despeguem
curtos
vislumbres de sonho delirante...
Aproveitando
os mínimos espaços,
elas se
apertam contra a rocha viva,
quase uma
afronta a qualquer vegetação,
sem lhe
deixar de superfície os traços,
enquanto
o humano ser nelas se ativa,
nos mil
terraços de seu coração...
MAISONS
VILLAGEOISES II
Por
entre as gretas, a menor semente,
trazida
pelo vento ou albatrozes,
levanta
ao sol o broto, em fracas vozes,
de cada
lâmina de relva enverdescente.
Cotiledônias
frágeis, de potente
sobrevivência,
por mais que as folhas toses,
a
contentar-se com as menores doses
da
umidade e do ar viridescente.
São
samambaias e dentes-de-leão,
são
cogumelos, nos pontos mais escuros,
ou
organismos até mais atrevidos,
que se
apresentam, em fúria de paixão,
para
enfrentar os seus percalços duros:
zumbis
de avenca de mil ideais perdidos!
MAISONS
VILLAGEOISES III
Aqui não
moro eu: são os meus sonhos
que se
espalham pelo mundo, sem cessar.
A cada
nuvem têm de acompanhar,
inusitados
os seus ideais bisonhos...
Não são
os pesadelos mais medonhos,
que não
os tenho, ao menos de lembrar.
Bem
diferente se mostra o meu sonhar,
em
devaneios tristes ou risonhos...
Mas sim,
eu moro, porque humana gente
ainda se
encontra por trás dessas paredes,
em que
centenas viveram no passado
e desses
todos transformo-me em agente,
a captar
memórias em minhas redes,
para
rufar no coração descompassado.
MAISONS VILLAGEOISES IV – 22 ABRIL 2024
Só imagino, nos séculos passados,
desde que alguém tais pedras cimentou,
desde que outrem as grades reforjou,
com seu orgulho de ferreiros consagrados;
desde que foram os vidros colocados
nesses caixilhos que alguém armou,
nessas janelas e portas que montou,
nessas ardósias dispostas nos telhados,
quanta gente já dormiu sob esses tetos
ou espiou das janelas e mansardas
para os poucos que passavam pela rua;
quem já gozou ou não gozou de afetos,
entre as muralhas das paredes pardas
e agora dorme sob outra pedra nua.
MAISONS VILLAGEOISES V
Minhas casas de pedra foram outras,
alicerçadas em minha própria mente;
já morei dentro delas bem contente,
saía de umas para habitar em outras!
Ainda com a poeira que trouxera doutras,
abrigado em mim mesmo, certamente,
em cada casa tinha noiva diferente,
nos cabarés da mente achava estoutras!
Que nos importa se a multidão de orgasmos
tidos com elas foram sonho bem mesquinho,
autoerotismo de um puro fantasiar?
Muito melhor que o abraço dos marasmos
de tanta coisa enovelada no caminho,
que não se pode jamais recuperar!...
MAISONS VILLAGEOISES VI
E quanto a ti, em quantas casas já moraste?
Mansões erguidas por nobre imaginação,
as capelinhas de um suave coração,
sem que no mundo exterior te aventuraste?
Ou só em casas mais robustas habitaste,
na alvenaria de cada construção,
cimento armado de alheia criação,
tijolo e cal por outros juntos encontraste?
Ou de fato, em tal vetusta pedra antiga
tu já viveste, nos tempos teus de antanho
ou por vezes as ajudaste a construir?
Nos mil outroras quiçá já foste auriga
das carroçadas de pedra para ganho
ou para o próprio lar fazer subir?
MAISONS VILLAGEOISES VII – 23 ABRIL 2024
Porém se foram tais casas habitadas,
no decorrer do tempo, há gerações,
não me parece terem sido habitações
dos operários que lhes ergueram as fachadas;
talvez sejam a visitantes dedicadas,
aos turistas de arqueológicas paixões
ou a romeiros de contritos corações,
que às abadias acorrem consagradas.
Buscando a bênção de sua peregrinação,
que lhes permita cobrir muitos pecados
(e contnuar a pecar mais à vontade)
ou talvez alcancem mais amena propensão,
nessa estadia em ambiantes marchetados
por tantos séculos da milenar humanidade.
MAISONS VILLAGEOISES VIII
São de madeira das janelas os caixilhos,
bem protegidas por brancos cortinados:
não será fácil com olharse apressados
dos inquilinos perscrutar os brilhos.
Nas encostas, árvores seguem seus anilhos,
alçando ao ar seus florais amarelados,
pela exiguidade do espaço assim deixados,
forçadas a se manter em estreitos trilhos,
enquanto as frondes se expandem na montanha,
fracos abrigos contra tantas invasões,
mas cercando as velhas casas com firmeza;
não é zona que o tremor da terra assanha,
seus terremotos são só revoluções,
a que o muro antigo contempla em altiveza.
MAISONS VILLAGEOISES IX
Mas quem morou nas casinhas apertadas
contra essa encosta íngreme do monte?
Nessas histórias que talvez ninguém mais conte,
nessas salas ao sigilo consagradas,
que algumas vezes são ainda visitadas
pelos monges da abadia junto à fonte,
para o galgar da montanha como ponte,
transposições ao céu facilitadas.
Quiçá em visitas a doentes, batizados,
antes da boda aos noivos confessando,
para ocultar visões inescrutáveis,
ou talvez para festejos convidados,
ou nesses lares talvez mesmo ingressando
para milagres jamais irrealizáveis...
MAISONS
VILLAGEOISES X – 24 ABRIL 2024
Eis que
os católicos possuem uma vantagem
que não
partilham os mais devotos protestantes:
embora
cometam as infrações mais delirantes,
logo as
confessam num arremedo de coragem
e de seus
padres, oculta sua visagem,
recebem
logo absolvições bem confortantes,
em troca
de penitências hesitantes,
que os
dispensarão da infernal paragem.
São as
ditas obras de supererrogação,
esses
tesouros recolhidos pelos santos,
que
teriam graça mais do que precisam,
que os
confessores podem servir em prestação,
a
compensar do penitente os prantos,
embora
peçam que em diversos futuros vivam.
MAISONS VILLAGEOISES XI
Porém igual concediam indulgências
a quem prestasse obras meritórias,
por exemplo nas Cruzadas, cujas glórias
deveriam justificar quaisquer tendências
para matar, roubar e outras pendências
e mesmo estupros no momento das vitórias,
corpos violentados em pilhas de escórias,
sobre mortos a assistir em complaciências...
E por que não conceder aos próprios frades
uma indulgência de plena aceitação
pelos pecados cometidos na ocasião?
Muito melhor que os enviar ao Hades,
reservado para os hereges protestantes,
salvo os conversos nos últimos instantes!
MAISONS VILLAGEOISES XII
Uma figura se debruça ao parapeito,
a contemplar certa cena lá no fundo;
usa uma capa de cinzor profundo,
a mão se apóia diante de seu peito...
De que suas vistas vão tirar proveito,
algo de puro ou em oposto imundo?
Por que inclina seu rosto rubi cundo
e se observa daqui, com que direito?
Talvez seja mulher de orelhas delicadas,
seus longos dedos parecendo cor-de-rosa,
por que visita esse abascal mosteiro?
Tantas perguntas apenas
esboçadas,
fotos modernas já digitalizadas,
em transitório momento derradeiro...
MAISONS
VILLAGEOISES XIII – 25 ABRIL 2024
Recordo
agora essa imagem inicial
desses
merlões e ameias no seu crivo,
que certo
dia registrou diapositivo,
conservado
ainda em sua pasta original.
Até a
figura de cinza monacal,
seu rosto
críptico a sugerir aviso:
Noli me tangere! a
indicar seu siso, (*)
olhar
vestido de ameaça espiritual,
(*) Que ninguém me toque!
que me
inspirou os meus primeiro versos,
seguindo
após por caminhos bem diversos,
minha
curiosidade impelida a investigar,
sem saber
que ainda viva a personagem,
que me
encara desde o fundo da visagem,
meu
próprio olhar quem sabe a perscrutar!
MAISONS VILLAGEOISES XIV
Talvez se ache até mesmo contemplando
dessa cabeça seus dois olhos imensos,
no peitoril a crispar seus dedos tensos,
talvez no aguardo de destino mais infando,
tal boca imensa talvez a devorando,
seu corpo inteiro com molares infensos,
quiçá pensando em balançar seus lenços,
como oferta de paz apresentando,
por mais que tema esse rosto de dragão,
que talvez sobre ela cuspa fogo,
sem que a proteja o pétreo parapeito,
ganhando assim esse instante de atenção,
numa esperança de ter ouvido o rogo
ou até mesmo de reagir tendo o direito!
MAISONS VILLAGEOISES XV
Porém é a casa que domina a aldeia,
toda de pedra mas nua inteiramente,
sabe a muralha que vale mais que a gente,
todos devora em paulatina ceia.
Sempre é preciso contemplar na teia
essa figura singular ali presente,
a conservar-se de forma permanente,
no diapositivo que tal mansão permeia,
sem mais temor de ser absorvida
ou calcinada pelos olhos do dragão,
a planejar talvez uma investida,
para fora do retrato em plenitude?
Mas quem governa essa visão que alude
é a própria casa pela qual será engolida!
Nenhum comentário:
Postar um comentário