EFEITOS DO PODER I – 16 NOV 23
(Rupert Grint / Ron Wheasly)
Aicebergues são traiçoeiros, pois parecem
muito menores do que de fato são,
pior ainda, sua oculta projeção
muito mais larga sob a água tecem
e quando os marinheiros isso esquecem
e passam perto demais, sem precaução,
os insubmersíveis expõem-se sem razão
e com frequência para o fundo descem.
Mas de fato, não se trata de armadilha,
essa é apenas do gelo a natureza,
somente a parte superior flutua
e o mesmo ocorre com a maldade, filha
da inveja e da malícia e da vileza,
que te espreitam ao saíres pela rua.
EFEITOS DO PODER II
Também em Brasília há aicebergues
a flutuar,
o seu perigo quiçá mesmo mais
oculto,
aos inocentes não dão qualquer
indulto,
aos criminosos depressa vão
soltar!...
Que mais de fato deveria se
esperar,
com suas ligações de malicioso
vulto?
Enquanto em mim a desconfiança
mais avulto,
apenas posso em vão neles
votar.
Apesar de minha idade, ainda
persisto
em exercer o meu direito e meu
dever,
por mais que me afirmem ser
tolice,
pois raramente as promessas a
que assisto
serão cumpridas por quem ganha
o poder
e bem depressa se esquece do
que disse!
EFEITOS DO PODER III
Aicebergues, ao que eu saiba,
não têm mente,
apenas vogam sem escolha do
caminho,
deixam seus campos de gelo sem
carinho
e pelo mar são impelidos para
a frente;
tampouco o mar é um ser
malevolente,
é consequência das correntes
seu daninho
efeito sobre um barco mais
mesquinho,
nem as correntes decidem,
simplesmente,
dependeno em tudo do calor do
sol
e toda a força com que impele
os ventos,
indiferentes a nós tais
elementos,
enquanto a governança é um
parassol,
que mente ao povocom
deliberação
e nada busca além de sua
ambição.
EFEITOS DAS MASCOTES I – 17 NOV 23
Como fantasmas comparecem ao Hallowe’en,
fantasmas brancos com seus longos focinhos,
é bem verdade serem fantasmas pequeninhos,
mas bem dispostos a se mostrar assim;
são cinco cães cinzentos a tal fim,
fantasiados com lençóis, mansos bichinhos,
fatias de abóbora entre seus dentinhos
e só despertam simpatia em mim;
não sei por quanto tempo suportaram,
mas como é fácil que obedeçam cães!
De fato, não mais foi do que um concurso,
Mesmo assim os cinco cãezinhos aceitaram
provavelmente, tendo as donas como mães
e obedeceram com paciência a seu discurso.
EFEITOS DAS MASCOTES II
Já um gato me espia do canto
doe seu olho,
espia o meu olho do canto
esse gato,
esquivo o seu olhar, mas a
ele não me abato,
no canto do olhar meu aplico
antolho,
no canto das vistas coloco
um ferrolho
e a vista do gato sem
dúvida mato;
se olho de frente ao
felino ainda cato,
me olhando de esguelha,
fitando zarolho;
tirar-me o antolho então
eu escolho
e enfrentar esse gato de frente
eu escolho,
ele pisca primeiro, com
medo de mim
e dá meia-volta, mirando
ao redor,
fitando os cantinhos,
provando o cheiror,
mostrando-me o rabo e
gingando no fim!
EFEITOS DAS MASCOTES III
Existe por perto esse gato
vadio,
do qual até gosto e minha
filha também,
mas quando minha esposa o
avista, porém,
vai logo o espantando com
seu corpo esguio;
é todo amarelo esse gato
erradio,
nem mancha, nem pinta no
corpo não tem,
farejando ração, bem depressa
ele vem,
nas tardes mais quentes e
nos dias de frio.
Às vezes lhe dou, mas no
pátio, um punhado
desses grãos e quadrados
que vêm na ração,
se tenho certeza de que
não irá ver,
mas quando ele entra na
casa, esfaimado,
depressa lhe fecho todo o
meu coração,
senão nossos gatos acabará
por correr!
EFEITOS DAS CAÇADAS I – 18 novembro 2023
Muitos gatos e também alguns cachorros
têm o costume de trazer para suas mães
o que encontram bichanos e igual esses
cães,
como pássaros perdidos sobre os morros;
talvez pensem semelhante aos zorros,
roubando os ricos para aos pobres dar,
por algum tipo de memória secular,
sangue das aves derramando aos jorros;
assim pensam demonstrar sua devoção,
ao repartir com suas mães o alimento,
causa provável para o desapontamento,
quando os cadáveres alijados são,
que deixaram de comer, em seu caminho,
como uma fera a demonstrar carinho.
EFEITOS DAS CAÇADAS II
Tal proceder é mais raro
entre os caninos,
sua lealdade demonstram de
outras formas,
do chefe da matilha a
seguir normas,
enquanto mais
independentes são felinos;
não dependem dos tutores
seus destinos,
mas saem a caçar nas
manhãs mornas,
presas devoram, quais
antigas Nornas,
a cortar os fios da vida
em talhos finos;
na realidade, demonstram
grande devoção,
quando as presas não
devoram pelos prados,
ratos sendo naturalmente
devorados,
qual se em casa
desprovidos de ração,
ou pelo gosto do sangue
mais ansiassem
e por qualquer arcano
santo os apreciassem.
EFEITOS DAS CAÇADAS III
Talvez nos cães se veja a
diferença,
trazendo aves para sua
proteção,
quem sabe as cura a
senhora do salão
e lhes dê algum petisco em
recompensa;
quanto aos gatos,
caçadores de nascença,
tal qual uma leoa oferta a
seu leão
a melhor parte de quanto
caçarão,
de certa forma manifestem
igual crença;
ou quem sabe, estando
fartos da ração,
com a sede de sangue de um vampiro,
sobem aos galhos onde
encontram ninhos,
mas cuja carne mal e mal
saborearão
e os tragam na boca após
seu giro,
aprovação buscam por matar
tais passarinhos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário