O TESOURO DO ALHAMBRA XXV
Olhou em torno... Ali estavam os jarrões,
os candelabros acesos, até a arca,
coberta de veludo, mas sem marca
da prisioneira ou sinal de maldições...
Foi então Jéssica em busca de seu pai,
que a procurava já no corredor.
Contou-lhe a história toda, sem temor.
O pai duvida, mas até o salão vai...
E retorna, carregando um dos jarrões;
logo o segundo e o terceiro transportou.
Homem sensato, em nada mais tocou,
obedecendo do rei as instruções...
No jardim dois dos jarrões ele enterrou
e carregou o primeiro, em pleno escuro,
para sua casa... E no seu trabalho duro,
pela semana inteira continuou...
O TESOURO DO ALHAMBRA XXVI
Chegou o domingo e foi de novo trabalhar,
depois de ir à missa de costume.
Dessa vez, comprara lenha para o lume,
sem tantas achas precisar cortar...
Jéssica usou algumas moedinhas
para comprar um pouco de comida
e algumas vestes, porque já bem puída
estava a roupa das sete criancinhas.
Mas evitaram chamar muita atenção:
compraram em lugares diferentes;
até que Peregil, para menos frequentes
descidas até o rio, comprou um carroção,
velho e estragado, por preço bem barato
e mais cinco barricas adquiriu...
Muito melhor resultado conseguiu:
agora o imposto podia pagar de fato!...
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