AMOR
DE CAVEIRA
Eram
duas caveiras que se amavam
E à
meia-noite se encontravam
E
pelo cemitério então passeavam
E
juras de amor então trocavam.
Sentados
os dois em riba de uma lousa fria
O
caveiro apaixonado se dizia
Que
de amores por ela vivia
E ela
de amores por ele morria.
Ao
longe uma coruja cantava alegre
Por
ver os dois caveiros assim felizes
E
quando se beijavam, então fúnebres,
A
coruja batia palmas e pedia bis.
Mas
um dia chegou de pé junto
Um
cadáver no corpo de um defunto
E a
caveira por ele se apaixonou.
O
caveiro tomou uma bebedeira,
E
matou-se de modo romanesco,
Só
por causa de uma ingrata caveira
Que o
deixou por um defunto fresco.
Sharon,
querida:
A música que tu queres é de 1943, logo o ano em que eu
nasci... Alvarenga, Ranchinho e Chiquinho Sales... Todos já devem ser
caveiras a esta altura:
Recanto
das Letras > Autores > William Lagos
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