A
ANTIGA SERPENTE 3 – 18 mai 2022
PENSOU
LILITH EM ESCONDER SUA PELE,
QUE
SEU CORPO no escuro NÃO SE RESSALTASSE,
EM
SUA NUDEZ, COMPARADO AO DA RIVAL...
ORA,
HAVIA UMA ÁRVORE NO MEIO DO JARDIM,
CUJO
FRUTO FORA AOS HUMANOS PROIBIDO...
ESTA
NÃO ERA UMA MACIEIRA, CERTAMENTE,
SOMENTE
IMAGEM DE UMA LENDA POSTERIOR;
PODerIA
ser UMA FIGUEIRA OU UMA VINHA
OU
TALVEZ ÁRVORE QUE NÓS NEM CONHEÇAMOS,
MAS
QUE DARIA CONHECIMENTO AO SER HUMANO.
EU
ME INDAGO POR QUE JEHOVAH DESAPROVARIA
QUE
OS HUMANOS CONHECESSEM BEM E MAL?
O
CERTO É QUE LILITH, EM SUA PERFÍDIA,
ENGAZOPOU
DE EVA A INGENUIDADE,
SEM
SABER DO MAL, COMO PODERIA DESCONFIAR?
E
ASSIM A DEVORAR TAL FRUTO A INDUZIU,
LOGO
A SEGUIR O OFERECENDO A ADÃO,
QUE
O COMEU TALVEZ MESMO SEM SABER
QUE
FRUTO ERA OU QUE LHE FOSSE PROIBIDO
(CAIM
E ABEL POR CERTO PARTILHARAM).
EMBORA
AQUINO O TOMASSE PELA DESCOBERTA
DO
SEXO E DA NUDEZ CLARA EM SUA CULPA,
É
UMA IDEIA MISÓGINA E SEM RAZÃO,
QUE
ADÃO E EVA OBSERVAVAM OS ANIMAIS
EM
ATIVIDADES DE REPRODUÇÃO FREQUENTES.
E
DE IGUAL MODO, ADÃO JÁ ERA SABEDOR,
TANTAS
VEZES TENDO O ATO PRATICADO
COM
SUA LILITH, POR INSISTÊNCIA DELA...
Mas
não foi de fato só o descumprimento
Da
ordem expressa de tal proibição.
Certo
que os humanos a culpa conheceram
E
o remorso por sua desobediência,
Mas
não foi esta causa direta da expulsão.
Moisés
descreve jehovah, bem claramente,
A
aproveitar o frescor da tarde no jardim.
Que
então descobre que os humanos se esconderam
Por
se saberem nus... (largados e pelados?)
E
deu-lhes vestes com peles de animais.
(alguns
afirmam com folhas de parreira,
Ou
mesmo de figueira, bem maiores.)
É
preciso ler com atenção o testamento:
A
proibição do fruto não é a primeira ordenação,
Mas
“sêde férteis, crescei e multiplicai-vos,
Enchei
a terra em sua plenitude
E
dominai sobre todos os outros seres,
“os
animais da terra e as aves do ar
E
os peixes do mar, integralmente.”
Como
poderiam eles se multiplicar,
Sem
com seus corpos terem coabitado?
Misoginia
igualou sexo ao pecado.
A
ANTIGA SERPENTE 4 – 18 mai 2022
Assim
a mulher é tornada submissa,
Ao
ser culpada pelo pecado original
E
igualmente para estabelecer contraste
Com
maria de belém, bem mais recente,
Capaz
de ter um nascimento virginal.
Pobre
lilith, bem pior sua sorte.
Jehovah
lhe teria tirado pés e braços,
Que
se arrastasse doravante sobre o pó
E
que mordesse da mulher o calcanhar,
Mas
que esta esmagasse sua cabeça!
Existem
em muitas igrejas medievais
E
em algumas das catedrais mais importantes
Figurações
de lilith qual serpente,
Mas
ainda a possuir braços e pernas,
Acompanhando
o primordial casal.
A
arcana tríade em torno à árvore mística,
Todos
os três, em clara afirmação
De
que a culpa não foi total de eva
E
nem de adão, mas da grande tentadora,
Que
foi mais tarde equiparada a satanás.
Naturalmente,
não seria o deus supremo,
Adonai
ou jehovah ali a “passear”,
Talvez
o mesmo arcanjo com sua espada,
Cujo
fogo iria impedir posteriormente
O
retorno dos homens ao jardim.
Há
um diálogo claro nesse gênesis,
sobre
a árvore da vida, que nem fora proibida,
mas
que se achava igualmente no jardim:
“Que
não comam igualmente de seus frutos
E
se tornem assim iguais a nós” (seres divinos).
Mas
por que não fora igualmente proibida
Essa
árvore da vida? Havia permissão
Para
comer os frutos de todas as demais,
Salvo
da árvore do conhecimento;
Poderia
deus ter esquecido que a criara?
E
por que adão e eva até o momento
Não
haviam provado o fruto dessa planta?
De
qualquer modo, foi ideia desse arcanjo
Ou
de qualquer outra criatura angelical
Impedir
que o ser humano a consumisse...
Veja-se
bem, ao redigir o gênesis,
Foi
moisés transcrevendo tradições,
Que
haviam sido trazidas da suméria
Por
abraão, ao deixar ur dos caldeus,
Sobre
um deus claramente antropomórfico.
O
deus infinito ainda não sendo concebido,
Talvez
moisés decidisse tão só simplificar.
Como
transmitir a escravos sem cultura
Esse
conceito de deus pai onipresente,
Dos
deuses do egito acostumados às imagens?
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