O MATADOR DE DRAGÕES VI – 31 DEZ 2021
As três fadas assim o voo alçaram
e Stoisha ficou só junto à lagoa,
ainda pensando se não seria coisa à toa
essa conversa...Será que havia
sonhado?
Mas se sentia mais forte e corajoso,
seu corpo em nada lhe parecia mudado,
mas nele havia algo de portentoso...
Será que as fadas realmente me ajudaram?
Mas como o Sol já surgia no horizonte,
seu cantil foi encher na água da fonte.
Stoisha partiu de volta a seu castelo
e no caminho encontrou os companheiros,
que aos chamados, mostraram-se ligeiros:
“Estávamos muito preocupados, Alteza!
Procuramos encontrá-lo, mas em vão...”
“Agradeço a lealdade e a gentileza,
mas para inquietarem-se não havia razão,
só retornemos com o máximo zelo,
minha mãe pode igual preocupar-se,
só ao me ver conseguirá tranquilizar-se...”
E assim voltaram todos bem depressa,
transportando as presas da caçada,
cada peça a ser em breve preparada;
Zorka, a rainha, abraçou-o bem feliz:
“Não me dê mais sustos assim, querido!
Por mais que consolar-me a gente quis,
meu coração de mãe é bem sofrido:
és filho único e meu cuidado nunca cessa
e depois, és o príncipe-herdeiro de teu pai,
que em breve tempo ocupar seu trono vai!”
“Mamãe querida, fale-me a verdade:
não sou seu único filho, realmente,
que algum outro teve se pressente;
ninguém dispõe-se a me falar de nada,
mas tenho idade suficiente para saber.”
Zorka se demonstrou muito abalada
e suas lágrimas não conseguiu conter:
“Eu proibí a todos, com severidade,
que nunca aquele fato referissem
e me esforcei para que isso conseguissem.”
“Meu filho, aconteceu grande desgraça:
de fato você tinha três irmãs,
todas as três formosas e louçãs...
A mais velha chamava-se Vladana,
Yadranka chamava-se a do meio,
sendo o nome da terceira Miryana;
de revelar o que ocorreu tinha receio,
mas não menti sobre nada que se passa,
porque meu filho único és de fato,
elas eram filhas e combati qualquer boato...”
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