O MATADOR DE DRAGÕES IX – 3 JAN 2022
Inicialmente, fez beber o seu cavalo
de um pequeno tanque artificial,
como a um bom cavaleiro é natural,
que à montaria desse água primeiro;
e só depois ele chegou-se à fonte,
ali bebendo para dessedentar-se inteiro,
lavando enfim o rosto nesse aponte;
ninguém se aproximou a interpelá-lo
e assim Stoisha deitou-se calmamente,
cobrindo o rosto com um lenço, gentilmente.
E desse modo, depressa adormeceu
nessa cidade que parecia deserta;
ficou tranquilo, porém com a mente alerta,
até que ouviu alguns passos delicados:
uma jovem vinha buscar água da fonte.
Ela parou, sem gestos apressados:
“Esta sela, este cavalo... algum remonte
se assemelha ao que a meu pai pertenceu...”
E então viu o rapaz ali deitado,
coberto o rosto com seu lenço bordado!
“Que coisa estranha! Eu
lembro desse lenço.
Parece igual àquele que eu bordei
e com carinho à minha mãezinha presenteei!
Mas então, quem é esse cavaleiro,
que parece tão tranquilo adormecido?”
Stoisha o rosto descobriu ligeiro:
“Você é uma irmã que eu havia perdido!”
Ela o olhou. “Não tenho irmão, eu penso...”
“Eu sou Stoisha e nossa mãe rainha
chama-se Zorka e procurá-la eu vinha!”
“Nasci depois que aquele grande turbilhão
arrebatou para longe minhas irmãs,
bem certamente com intenções malsãs!
Qual é você? A minha irmã Vladana,
ou é Yadranka, a mais moça das três
ou a do meio, chamada Miryana...?”
“Eu sou Vladana,” disse ela, por sua vez,
“então você é de fato meu irmão?”
“Vim procurá-la e às demais também,
quero levá-las para nosso reino além!...”
“Não posso ir, aqui sou prisioneira
desse Abetriya, um terrível dragão!
Norawa, o vento mau, nessa ocasião
me trouxe para cá. Sou uma
escrava,
mas o dragão não me trata muito mal.
Para o dragão Azhdaya ele levou
minha irmã Miryana, que tem destino igual
e minha irmã Yadranka, que é a terceira,
o dragão Bauck conserva presa em sua mansão:
só raramente nos encontramos, meu irmão!”
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