O DEUS SEDUTOR II – 23 out 21
E lá viveu Nimmursaya uma estação,
Enquanto a Roda do Ano ia girando,
Com suas servas Annunaki a costurar
Esse tapete que o mundo faz flutuar
Sobre as águas de Nammu, projetando,
Sem se perder ante o caos da escuridão.
Urdu, a Terra, permanecia adormecida,
Enquanto Nimmursaya ia fiando
Cada detalhe da sutil tapeçaria,
Em que morte e doença não incluía
E não havia a velhice perturbando;
Leões e lobos não caçavam pela vida.
Não se escutavam das viúvas o lamento
Nem dos feridos e aleijados o gemido,
Mas toda a Terra de pedra era formada,
Salvo os jardins, sem a relva ser criada.
Para si os deuses sempre haviam provido,
De nada mais precisavam no momento.
Enki, no entanto, era o Deus das Águas Doces,
Dominador de toda a mágica e magia,
Conservador de toda arte e da cultura,
Que um dia aos homens mostraria a
agricultura;
E sobre os rios perpétuos se movia,
Senhor cioso de todas as suas posses.
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