O DEUS SEDUTOR VIII – 29 out 21 (SIN, A LUA)
Ele cumpria o seu dever sagrado:
Das águas as enchentes controlar
E por artérias e canais as distribuir,
Para a relva e os cereais assim nutrir.
Deixou Dilmun para a terra renovar
Ansiando sempre Nimmursaya de seu lado.
Mas Enki era volúvel, como as águas
Que se acham em perpétua agitação
E só obedecem à voz de Sin, a Lua,
Essa bandeja de prata, toda nua
Que a cada noite, de sua alta mansão
Observa e tranquiliza tantas mágoas.
E em nove dias Ninsar já era mulher
E se tornou uma deusa mui formosa,
Cuidando os prados e a vegetação...
No dia décimo, ao regar a brotação,
Enki avistou-lhe a beleza majestosa
E aproximou-se, igual quem nada quer...
E logo a jovem também se enamorou
E se abraçaram felizes sobre a margem.
Enki pensara que fosse, inicialmente,
Nimmursaya retornada, alegremente...
Depois do amor, passada sua voragem,
Que seu rosto era diverso constatou...
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