O MATADOR DE DRAGÕES
Folklore
Sérvio, adaptação e versão poética de
William Lagos
O MATADOR DE DRAGÕES I – 26 DEZ 2021
Em certo ponto da Sérvia, havia um rei
muito estimado por toda a sua nação,
tinha três filhas a que amava com paixão,
não permitindo que saíssem do castelo,
no temor de que algo mau sobreviesse;
o pátio interno era extremamente belo,
que ali brincassem sem que nada ocorresse;
as três se submetiam à paterna lei,
mesmo nutrindo grande curiosidade
pelo mundo exterior e até certa ansiedade.
O Rei da Ashtriya chamava-se Pyetsch
e descendia de gênios poderosos,
sendo capaz de feitos espantosos;
ele usava uma fortíssima armadura
e como ele ninguém brandia a espada
ou o francisque de guerra, cuja dura
lâmina dupla jamais era lascada
por metal ou criatura que se mexe:
cortava pedras na maior facilidade,
monstros vencia sem qualquer dificuldade!
Mas justamente por ter tanto poderio,
mantinha o reino na mais perfeita paz,
pois seu temor tranquilidade traz,
sem que se atrevessem a lhe fazerem guerra.
Pyetsch já era velho e sem ter filho,
nem ambição de aumentar sua terra,
mantendo o reino no mais perfeito trilho,
mas os dragões que vencera além do rio,
sem coragem para sobrevoar sua capital,
queriam vingança e ansiavam por seu mal.
Ele sabia que os dragões e seus aliados,
os espíritos do vento maldizentes,
eram de fato temíveis e potentes,
uma ocasião para obter a sua vingança
buscavam eles, maquinando suas maldades,
mas os seus súditos conservava em bonança,
o povo inteiro a gozar prosperidades;
porém temendo que os inimigos desalmados
o atingissem por meio de suas filhas
as impedia de percorrer do reino as trilhas.
Mas certo dia, já sendo adolescentes,
com mais veemência pediam para sair:
um festival costumavam assistir,
chamado Kola, que era a dança nacional,
interpretada no parque do castelo;
por vários anos, assistiram ao festival,
copiando os passos no mais completo zelo
e seus pedidos se tornaram mais prementes;
até a rainha intercedeu em seu favor:
“Meu senhor e rei, vais cortar-lhes todo o ardor!
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