O MATADOR DE DRAGÕES II – 27 DEZ 2021
Como o Rei Pyetsch já bastante envelhecera
e não mais tinha a mesma segurança,
finalmente acedeu, sem mais tardança
e consentiu que as três participassem,
por uma forte guarda protegidas;
Caso entre a multidão permanecessem,
não precisaria mais temer por suas vidas!
Na última hora, já se arrependera,
mas não deixaram que voltasse atrás
e desta forma a permissão não se desfaz!
Bem, eu mesmo hoje as acompanharei!
Acabou por decidir-se o soberano.
Não temo monstro, dragão ou ser humano.
Sei que os dragões, mesmo sendo rancorosos
e permaneçam pelo céu à espreita,
muito menos do que eu são poderosos:
mal algum podem fazer-me desta feita!
E assim montou em seu árdego corcel,
para as filhas acompanhar ao carrossel.
De fato, a festa prometia correr bem
e o Rei Pyetsch já se tranquilizara,
porém a filha maior se entusiasmara
e começou a dançar em meio à roda
chamando junto a si logo as irmãs;
tão bem dançaram a Kola até a coda,
que as aplaudiram no maior afã
e espaço abriram ainda maior também;
mas de repente, dos montes lá do norte,
começou a soprar um vento forte!
E no meio da roda, um redemoinho
se formou, já quase um turbilhão,
tirando as jovens de toda a proteção,
as três irmãs arrebatando para o ar!...
Em vão o rei o vento quis cortar,
sua espada mágica a seu redor girar,
mas o tornado só conseguiu mais agitar
e o vento as carregou em seu caminho,
até as três desaparecerem no horizonte!
Em vão o rei chegou ao alto do monte!...
E as transportou muito acima das montanhas,
até que o bravo corcel não pôde mais,
já estava além de suas forças naturais
e entre lágrimas, ficou o rei em desespero,
só bem mais tarde chegando seus soldados,
nenhum cavalo a acompanhar seu parelheiro
e empós o vento foram todos enviados,
mas as distâncias a percorrer eram tamanhas
e os animais já se achavam exauridos,
quaisquer traços das princesas já perdidos!
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