A APRENDIZ DE
BRUXINHA
bASEADO EM CONTO DE
eLIZABETH COATSWORTH
TRADUZIDO DO
ITALIANO E ADAPTADO PARA VERSÃO POÉTICA POR
WILLIAM LAGOS -- 17 JAN 2018
A
APRENDIZ DE BRUXINHA I
Era
uma noite fria e as rajadas
do
vento percorriam a campina
em
que cinco viajantes, longa sina
enfrentavam
sobre a poeira das estradas.
Constituíam
uma família de emigrantes
a
demandar um livre e novo mundo:
o
seu país, que fora antes fecundo,
ora
assolado por bandoleiros e birbantes
e
na aldeia que há pouco haviam deixado
caminho
fácil fora rápido indicado.
O
Pai seguia à frente, com o cabresto
de
seu cavalo firme na sua mão;
logo
atrás seguia um jovem, seu irmão
e
sua filha de oito anos e andar lesto.
Sobre
o cavalo a Mãe acalentava
seu
filhinho mais moço, adormecido;
de
quando em vez, soltava algum nitrido
o
animal branco, que aos poucos se cansava...
"Será
que falta muito ainda, tio?"
perguntou
a menina. "Estou com frio!"
"Ainda
falta um pouco, Ana, querida,
mas
a luz ainda nos brilha no horizonte,"
disse
Felipe. Porém falou o Pai, como reponte:
"Já
de há muito deveríamos a guarida
ter
alcançado, segundo a informação:
Seis milhas pela estrada, nada
mais...
Menos
de dez quilômetros, ademais,
nos
informaram naquela povoação...
Porém
saímos de lá só duas horas
após
o meio-dia... Já são longas as demoras..."
Ao
longe, um uivo triste se escutou.
Disse
Ana: "Deve ser algum cachorro..."
"A
outra aldeia fica atrás daquele morro,
logo
chegamos!..." O menino se acordou
e
Branquinho, o cavalo, se arrepiou,
franzindo
o pelo, como estando a espantar
os
moscardos que o viessem a picar.
Mas
o Pai a afirmação lhe contestou:
"Não,
Felipe, não pretendas ser um bobo,
não
é de cão. Sabes ser uivo de algum
lobo!"
A
APRENDIZ DE BRUXINHA II
"Um
lobo?" -- exclama a Mãe, já assustada,
embalando
o menino que, em seguida,
dormiu
de novo, sem temor da vida,
por
um canto de amor bem disfarçada...
Disse
Felipe: "Nunca soube que atacaram,
sem
qualquer provocação, seres humanos;
são
as ovelhas que buscam nestes anos,
depois
que as lebres e os veados escassearam,
embora
ataquem, de fato, algum pastor,
que
o seu rebanho defenda com ardor!..."
"Talvez,"
disse o Pai, "mas vou pegar
a
escopeta amarrada no cavalo
e
conferir, com cuidado, seu gargalo;
se
for preciso, a irei recarregar."
"Não!"
-- disse a Mãe. "É velha e perigosa!
E
se ela explode e fere algum de nós?"
"Só
se os lobos chegarem, com atroz
apetite,
a contrariar a pretensiosa
conversa
mole deste meu irmão,
que
julga os lobos animais de estimação!"
"O
melhor mesmo é acabar a discussão,"
disse
Felipe, "e afinarmos os ouvidos,
para
ver se estamos sendo perseguidos...
Espero
estarmos na correta direção!"
Mas
o cavalo mostrava nervosismo,
arrepiando
as orelhas, relinchando...
Falou
Ana: "Tio Felipe, está ficando
escuro!...
E se cairmos num abismo?"
"Não
há abismos por aqui, Aninha,
mas
vou te carregar... És levezinha!..."
"Tio
Felipe, tenho já mais de oito anos!"
"Mas
és pequena para a idade e bem magrinha."
E
se abaixou. "Agarra minha espinha,
prende
os braços e as pernas... Anda, vamos!"
E
assim a menina, com seu pequeno porte,
se
acavalou nas costas de seu tio,
os
braços no pescoço, menos frio
sentindo
agora, as pernas um suporte
em
torno da cintura. O tio se endireitou
e
a família pela estrada continuou...
A
APRENDIZ DE BRUXINHA III
De
repente, eles sentiram voejar,
por
sobre suas cabeças, grande ave,
corpo
alongado, como fina trave,
mas
sem podê-la claramente divisar.
O
lusco-fusco já se achava bem escuro,
do
crepúsculo o final se aproximava,
mas
essa sombra sobre eles adejava,
sobre
a Lua formando um veloz muro
e
logo para longe se afastava...
Qual
faixa branca ainda a estrada continuava...
E
novamente, para sua surpresa,
surgiu
uma figura da direita...
Estava
a Lua no horizonte, ainda estreita,
mas
uma jovem caminhava, com certeza,
vestido
e manto escuros, em tons acinzentados,
sobre
os quais se destacavam os cabelos,
muito
negros, mas penteados sem desvelos
ou
pelo vento sendo amarfanhados...
Branquinho
se arrepiou, quase empinou,
porém
o Pai firmemente o sujeitou.
"De
nossa casa notamos sua chegada.
Minha
avó e as duas tias ordenaram
que
aqui viesse, porque já prepararam
abrigo
quente e ceia requentada.
Fica
à direita aqui deste caminho,
a
cerca de uma milha de distância,
bem
mais perto que qualquer estância,
outra
aldeia ou povoado aqui vizinho...
Venham
comigo, passarão a noite,
sem
precisar sofrer do vento o açoite..."
"Mas
que gentil!" -- disse a Mãe, ainda montada
sobre
o cavalo, que a suar mostrava medo.
"Porém
teremos de sair amanhã cedo,
ou
perderemos a viagem contratada..."
"Não
há problema, minha boa senhora..."
"Como
te chamas? -- indagou o rapaz.
Ela
hesitou. "Senhor, é bem capaz
que
façam troça, se o disser agora..."
"Ora,
diga..." "Pois me chamam de Graciosa..."
Faces
vermelhas, qual rubor de rosa...
A
APRENDIZ DE BRUXINHA IV
"Troça,
por que? Pois até bastante bem
esse
nome lhe assenta... Graciosa és
de
rosto e corpo, da cabeça aos pés!..."
"Ah,
minha senhora, envergonha-me também!..."
Nesse
momento, de novo a viração
veio
girando por sobre suas cabeças,
quase
invisível nas trevas meio espessas...
"Mas
o que é isso? Parece um
passarão...?"
"Não,
é a minha va... a minha Vagante,"
balbuciou
ela. "Um corujão gigante..."
"Ela
voa pelo céu e me acompanha...
Eu
a criei desde que era pequeninha
e
me protege se algum lobo se avizinha..."
Disse
a garota, em improvisada manha.
"Mas
vamos, a casinha fica perto..."
Porém
Branquinho de medo até tremia.
"Ele
estranhou... Já escureceu o dia,
segue
atrás conosco..." - falou Felipe. "É certo
que
estando para trás não nos verá
e
tua presença não mais estranhará..."
De
fato, Branquinho se acalmou
quando
a jovem de sua visão saiu
e
Graciosa com Felipe prosseguiu.
"De
carregar sua irmã não se cansou?"
"É
minha sobrinha e não está pesada..."
"Mas
não deseja que a segure um pouco?"
"Não
é preciso..." Nem quero eu, tampouco!"
"Pois
não vamos sair logo da estrada?
Para
você ficará muito pesada,
mas
para mim não pesa quase nada..."
Novamente
o garotinho se acordou...
"Que
foi, querido?" -- a Mãe lhe perguntou.
"Tinha
um corvo! A cara me bicou!"
"Foi
só um sonho... nada te tocou,,,"
Ela
iniciou mais uma vez o acalanto,
mas
o garoto olhou em volta, surpreendido.
"Acende
a luz!" "Não, posso, meu querido,
aqui
é a estrada... Escuta só meu canto..."
Mais
uma vez o menino se acalmou...
De
novo o pássaro pelo alto voejou...
A
APRENDIZ DE BRUXINHA V
"Mas
que ave estranha!" -- comentou o Pai.
"Tem
corpo longo. Nem ter asas parecia..."
"É
a luz da Lua que o olhar nos iludia..."
"Mas
por que à nossa volta o bicho vai?"
"Eu
já expliquei. É de estimação,
criei
Vagante desde que ela era pintinho...
Mas
no final estamos quase do caminho,
vejam
a luz de nossa habitação!...
Logo
estaremos num refúgio quente..."
"Como
tu és boa em vir buscar a gente!..."
"Eu
não sou boa!" -- explodiu Graciosa.
E
nem me chamo Graciosa, mas Feitiço!...
Não
pretendia contar-lhes nada disso,
mas
fui treinada como bruxa perniciosa!..."
"Uma
Bruxa!?" O grupo o passo suspendeu.
"Ainda
não sei muita feitiçaria...
Eu
sou órfã. Foi Vovó, a Bruxa Heresia
que
me encontrou, foi gentil e me acolheu...
Mas
eu não gosto de fazer qualquer poção,
nem
conjurar para os outros maldição..."
"Só
que Heresia e as tias não se importam;
já
estão velhas e querem minha energia
e
assim me educam na sua bruxaria
e
com os meus progressos se confortam.
Mas
eu queria ser mulher normal,
só
que não tenho para aonde ir..."
"Pois
nós te ajudaremos a fugir!" --
disse
a Mãe, com firmeza maternal.
"Só
que fugir não nos será possível,
elas
três juntas têm um poder terrível!"
"Vovó
Heresia os percebeu na estrada
e
notou que traziam duas crianças...
De
roubá-las já nutriram esperanças
a
Tia Horrível, que é muito malvada
e
a Tia Megera, a outra irmã, que até me odeia,
afirmando
que eu não presto para nada,
senão
no caldeirão ser ensopada
e
depois devorada como a ceia!...
Porém
jamais concordaria a Avó Heresia,
nem
Tia Horrível carne humana comeria!..."
A
APRENDIZ DE BRUXINHA VI
Mas
elas criam um sapão gigante,
chamado
Solta-Fogo e mais um gato,
o
Grimalkin, furioso e mau de fato...
Comer
vocês até acharão interessante!..."
"Misericórdia!"
-- disse o Pai. "Vamos
embora!"
"Não
é possível!" Graciosa já chorava.
Solta-Fogo
em dragão se transformava
ou
a alcateia elas convocam nesta hora!
Já
estão de olho! Fugir não vão deixar,
matam
vocês e as crianças vão guardar!"
"Mas
o que podemos nós fazer, então?
Indagou
Felipe, meio atarantado.
"Elas
têm um incunábulo conservado,
um
livro mágico de muito antiga redação...
Todo
o poder que possuem dele deriva...
Se
conseguirmos esse grimório destruir,
serão
forçadas a deixar todos partir..."
"Mas
não podemos deixá-la aqui cativa!" --
Disse
Felipe. "Seguirás ao nosso abrigo,
se
for preciso, eu casarei contigo!..."
Graciosa
não falou nem sim, nem não;
bem
ao contrário, começou a prevenir:
"Elas
se mostram gentis para iludir,
sempre
ocultando qualquer má intenção...
A
própria casa é só um encantamento,
na
verdade, é uma choupana pobrezinha...
Qualquer
comida que ofereçam é daninha,
quem
a comer, fica escravo do portento!
Sobretudo,
vão tentar dar às crianças
e
de salvá-las perderão as esperanças!..."
"Mas
precisamos chegar lá de uma vez,
nossa
demora já devem estranhar...
Vocês
precisam ficar a conversar,
qual
se aceitassem toda a sua honradez,
sem
demonstrar em nada desconfiar,
mas
com habilidade as distrair,
até
que eu possa seu livro descobrir
e
de algum modo o então desencantar.
O
grimório está sempre disfarçado
em
objeto qualquer, porém quadrado..."
A
APRENDIZ DE BRUXINHA VII
"Às
vezes em um quadro elas transformam,
em
outras é um banquinho bem quadrado,
ou
em almofada poderá estar mudado,
não
sei bem. Todos os dias seu aspecto reformam,
mas
se puderem conservar a sua atenção,
eu
vou olhar em volta da choupana
e
descobrir em qual aspecto se engana
e
dar um jeito para sua destruição...
Somente
insisto que não comam nada
e
nem permitam que coma a criançada!..."
Logo
a seguir chegaram na casinha.
ampla
e limpa, muito bem cuidada;
três
camponesas os receberam, cada
qual
gentil e mais bondosa se mantinha...
Vovó
Heresia muito gorda parecia,
Tia
Horrível minúscula de estatura,
Tia
Megera alta e magra, sem feiúra,
porém
má chama em seu olhar luzia!
Todas
três a desfazer-se em cortesia,
por
mais estranho que tal trio lhes parecia!
Mas,
e daí? Estranha companhia
se
encontra às vezes em simples irmandade...
Quando
entraram na choupana, de maldade
chispa
no olhar do gato reluzia!...
Mas
ver um brilho assim é natural...
Atrás
da porta sozinhas se moveram,
As
três vassouras, decerto estremeceram,
nada
de estranho, só encostadas mal...
E
as três velhinhas, em suas roupas estampadas,
não
se podiam mostrar mais educadas!...
"Cheguem
aqui, se assentem junto ao fogo..."
Conduziram
a família até a lareira.
"Temos
um caldo quente na sopeira,
trago
as gamelas... Vão servir-se logo..."
"Não!"
-- disse o Pai. "Muito eu agradeço,
mas
achamos muito longo este caminho
e
então fizemos já um bom lanchinho...
Nenhum
de nós têm fome. Seu apreço,
contudo,
já nos deixa comovidos...
Quanto
ao comer, já estamos bem nutridos...
A
APRENDIZ DE BRUXINHA VIII
Porém
é certo que o cheiro os atraía...
Horrível
logo um pote foi buscar...
"Vamos,
menino, sei que um doce quer provar."
"Não!"
-- disse a Mãe. "Só mamar ainda
queria...
"Mas,
e você?" -- perguntaram para Ana.
"Coma
um docinho... Fui eu mesma que fiz...
São
deliciosos, todo o povo diz,
vêm
de longe comprar... Têm muita fama..."
"Não,
minha senhora." falou firmemente
o
Pai. "Doce a faz ficar
doente."
"Mas
então," falou Megera, "bolachinha
tenho
salgada... Prove ao menos um biscoito...
Comam
todos, comam quatro, comam oito..."
"Não!"
-- disse o Pai. "Se de noite a menininha
algo
comer, irá ter pesadelos...
Acorda
à noite, muito alto gritando
e
a vocês três ficará incomodando...
Muito
obrigado por todos os seus desvelos,
mas
só queremos descansar neste calor
e
retomar a caminhada com vigor..."
Mas
enquanto conversavam, a Bruxinha
procurava
o incunábulo escondido,
sem
o encontrar em lugar já conhecido,
mas
começou a apontar sua vassourinha
que
a seu chamado bem depressa vinha
e
tinha o cabo inteiro cor-de-rosa
e
era o transporte e o condão da boa Graciosa
e
finalmente percebeu que um canto tinha
teia
de aranha, porém retangular,
nela
uma aranha quadrada a balançar!...
E
como as bruxas de nada desconfiaram,
na
teia ela enfiou sua vassourinha
e
quadrada, sem rasgão, veio inteirinha!...
Mas
com chamado de Grimalkin, se alertaram:
"Não
mexa nisso, Feitiço, solte já!..."
E
esquecidas das visitas, acorreram,
mas
arrancar-lhe a teia não puderam,
pois
Felipe, de um salto, chegou lá:
"Deixem
em paz agora a minha querida!"
Com
seu cajado cortou-lhes a investida!...
A
APRENDIZ DE BRUXINHA IX
As
três velhas, mesmo sendo feiticeiras,
não
tinham igual força que o rapaz...
"Vassouras,
venham! Cospe-Fogo, faz
com
que se queime, lança chamas bem ligeiras!"
O
sapo apareceu, mas veio o Pai
e
com um golpe de seu próprio cajado,
ao
animal deixou desacordado!...
Se
eriça o gato e ao combate vai!...
Dois
cajados e a vassoura cor-de-rosa
protegeram
deste modo a boa Graciosa!
Ela
correu, veloz, contra a parede
e
na lareira a teia inteira ela atirou,
que
nas chamas depressa se inflamou,
de
as páginas se queimar já nada impede!
A
casa inteira percorreu vasto fragor,
logo
as paredes todas desabaram,
em
enxergões as camas se mudaram,
fugiu
Grimalkin, com medo do estridor
e
ali se achavam, dentro da cabana,
mal
conservada, minúscula choupana!
"O
que fizeste, Feitiço!" - gritou Megera.
"Vamos
morrer de fome!" -- uivou Horrível.
"Não
vão ter medo de nós! Será terrível
esse
destino," disse Heresia, "à nossa espera!"
"Mas
não precisa ser assim," falou o Pai,
"Vocês
só sabem bruxarias fazer...?"
"Nem
sequer isso!... Tudo vamos esquecer!
Queimado
o livro, nosso poder se esvai!..."
Grimalkin
negro, agora acinzentado,
em
normal gato se havia transformado...
E
Cospe-Fogo virou só num sapinho,
que
aos poucos se ergueu, desorientado
pela
pancada com que fora derrubado...
Fugiu
dali, pulinho após pulinho...
"Por
que mostraste tanta ingratidão?
Eu
fui boa para ti..." -- disse Heresia.
"Que
eu não queria ser bruxa bem sabia,
só
procurei minha libertação...
Mas
a senhora é uma boa tecelã,
faz
tecidos de linho, de algodão, de lã..."
A
APRENDIZ DE BRUXINHA X
"Isso
é verdade. Lá no canto está o tear
e
aqueles sacos guardam muito material;
boas
fazendas tecia antes, afinal;
no
bastidor Megera é ótima em bordar..."
"E
eu, realmente, sei fazer doces bem bons,
salgadinhos,
biscoitos e bombons...
Igual
que antes ainda posso trabalhar..."
falou
Horrível. "E a estrada fica perto,
boa
clientela não faltará, por certo!..."
"Mas
e a menina? Quase nada ela aprendeu,
mal
e mal algumas artes de bruxedo..."
"Conosco
seguirá, não tenham medo,
pois,
afinal, de vocês nos defendeu!..."
As
três bruxas então se conformaram.
"Está
certo. Temos algum dinheiro,
para
nos manter e adquirir primeiro
o
material... Os viajantes que compraram,
nossos
artigos vão ajudar-nos a viver
durante
os anos de nosso envelhecer..."
E se acaso pensas que tal transformação
foi
rápida demais, que alternativa
tinham
as feiticeiras? Conclusiva
de
seu poder fora a destruição;
mais
do que isso, estando o livro destruído
não
as mantinha mais em seu poder,
porque
a magia, é preciso se saber,
mais
escraviza quem tem dela se nutrido
do
que de fato lhes concede qualquer bem:
estavam
livres agora as três, também!
"A
aldeia fica ali, depois dessa colina,"
disse
Heresia, "só uma hora de caminho..."
Seguiu
a família, andando de mansinho,
até
Branquinho que não mais se empina...
Junto
a Felipe, a ex-bruxinha caminhava:
"Agora,
sim, meu nome é bem Graciosa!"
"Te
assenta bem, visto seres tão formosa..."
Na
vassoura cor-de-rosa se apoiava...
"Não
vai mais me servir de montaria,
mas
na batalha foi de muita serventia!..."
Tomaram
ambos as duas mãos de Aninha
e
para a aldeia o grupo alegre se encaminha...
William
Lagos
Tradutor e Poeta – lhwltg@alternet.com.br
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