AGESILAU DE ESPARTA 8 – 27 jan 2022
Desse modo, os Tebanos em boa ordem
abandonaram o campo de batalha,
indo até o Monte Hélicon para acampar;
mas Agesilau evitou toda a desordem,
fez seus mortos recolher sem falha
e aos Tebanos deixou os seus retirar.
Mas desta forma, oficializou a sua vitória
e os prisioneiros escravizou, sem glória,
mesmo sofrendo de várias feridas,
sem procurar em sua tenda outras guaridas.
Foi então a Delphos, para dos Jogos participar
e da procissão habitual de Apollo participou;
dez por cento dos espólios na Ásia Menor obtidos
ao santuário do deus foi dedicar:
cem talentos de ouro assim doou
e a Esparta entregou os demais lucros havidos,
mantendo firmes as antigas tradições,
nas mesas públicas fazendo as refeições,
nas termas de igual modo a se banhar,
sem qualquer luxo para si buscar.
Conta Plutarco que sua própria lança
foi preservada no lacônico arsenal,
mas aqui entramos no domínio mais lendário,
que a verdadeira arma pela história alcança,
até chegar ao rei Felipe no final,
transmitida a Alexandre qual fadário,
esta lança em Delphos encantada,
dando a vitória sempre que empunhada,
que de Alexandre para César teria passado,
por ela em suas vitórias auxiliado.
Contudo às mãos do Centurião Marcelo,
chamado “Longuinho”, chegou eventualmente (*)
e com ela o lado de Cristo perfurou;
dizem que o sangue aumentou o seu desvelo,
a Constantino passando finalmente;
Carlos Magno dela depois se apoderou
e assim por diante, sempre vitorioso,
Napoleão a teve, com punho vigoroso;
dizem mesmo que Hitler a recebeu,
sempre vencendo até o dia em que a perdeu.
(*) De fato, Marcellus Longinius
Até hoje, está exposta num museu,
mas se afirma que não seja a verdadeira:
para a Antártida teria sido enviada,
que a dez mil casais arianos Hitler a cedeu,
para o Quarto Reich de vitória derradeira;
sua cidade sob o gelo foi fundada,
mas o certo é que até hoje não surgiram
e a Argentina e Chile jamais invadiram;
mas é uma lenda de grande romantismo,
em parte até aprovada pelo Catolicismo.
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