A
CASA DO SOL
Capítulo
Doze – 12 jul 21 (FINAL)
Que
era sua mãe já haviam os dois sonhado,
mas
para ela demorou mais a aceitação;
“Pois
então, não dei à luz dois cachorrinhos?”
“Não,
minha senhora, foram dois meninos louros.”
“Eu
pensei ter sido castigo do pecado,
de
minha vaidade para subir de condição;
as
feiticeiras são enterradas nos caminhos
e
até pensei merecer esses desdouros!...”
Mas
entre lágrimas, os três logo se abraçaram:
“Mamãe,
como crescemos tão depressa?”
“Em
minha família sempre isso acontece,
mas
não pensei que ficaríeis tão bonitos!”
“As
maldades daquela bruxa resultaram
nessa
beleza que nos dois não cessa...
Mas
ainda temos de resolver essa questão:
Vou
separá-los, mas não fiquem muito aflitos!”
Os
dois rapazes voltaram à cidade
e
o rei já encontraram esperando,
que
os levou ao castelo de carruagem.
Mas
a bruxa ficou apavorada
e
logo arquitetou outra maldade,
aos
cozinheiros foi depressa se juntando
e
derramou venenosa beberagem
na
sobremesa que lhes seria levada!
Os
dois rapazes comeram à vontade
e
conversaram com o rei alegremente,
mas
sem dizer-lhe que sabiam ser seu pai.
A
ama mandou a sobremesa envenenada
e
ordenou, com a maior autoridade,
“Para
os convivas vão servir inicialmente!”
Mas
a suspeita de suas mentes já não vai:
“Vou
dar um pouco para essa cachorrada!”
E
os dois cães que o triste rei considerava
Serem
seus filhos, lamberam logo o doce
E
entre ganidos, morreram envenenados!
Ficou
o rei furioso e apavorado
e
logo o pessoal da cozinha convocava:
“Qual
de vocês esse veneno trouxe?”
“Foi
a ama, senhor, não somos os culpados,
Tentou
fugir, mas o portão achou fechado!”
O
rei mandou buscar depressa a ama,
que
jurou não ter culpa, ardentemente,
mas
nesse instante bateram ao portão
e
atenderam aos três anacoretas,
que
ao rei revelaram toda a trama,
tirando
o véu da rainha, finalmente!
“Só
há um castigo para tão má ação:
Arrastar
essa bruxa nas sarjetas!...”
EPÍLOGO
Assim
a bruxa foi sendo arrastada
pelas
ruas da cidade e então morreu.
O
rei seus filhos então reconheceu
e
a própria culpa suplicou fosse perdoada!
Mas
a rainha abraçou-o gentilmente:
“Também
pensei que a culpa fosse minha...”
E
foi de novo entronizada qual rainha:
Viveu
o casal muitos anos bem contente!
Voltaram
os ermitãos a seus abrigos,
mas
a raposa no castelo receberam
em
gratidão pelo leite que beberam
e
os dois rapazes combateram os inimigos
até
que o reino suas fronteiras expandiu;
a
sua mãe lhes deu também irmãs,
morenas,
louras, ruivas e louçãs,
porém
a Casa do Sol ninguém mais viu!
E
neste ponto a história concluiu!...
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