ROBOÃO E JEROBOÃO
CAPÍTULO CINCO – 17 JUL 21
Contudo, enquanto andava vacilante,
Foi a notícia dada a um sacerdote,
Que morava em Bethel, mas não servia
Ao bezerro de ouro ali erguido.
Em seu jumento montou, no mesmo instante
E no caminho encontrou o profeta desse mote
Sobre uma pedra assentado e lhe dizia:
“Vem comigo, que serás por mim nutrido!...”
Mas o profeta lhe respondeu então:
“De forma alguma, que escutei de Jehovah:
Volta a Judá por um caminho diferente,
Sem beberes qualquer água no caminho
E muito menos em Israel provarás pão!”
Mas lhe mentiu: “A mim a voz de Deus dirá:
Já perde as forças meu servo diligente
E sustentá-lo tu deves com carinho!...”
Não se deixando o profeta convencer,
Seguiu o outro, com palavras mentirosas:
“Se continuares assim fraco, morrerás;
Deus não te disse que deverás voltar?
Pois se de fome ou de sede vais morrer,
O povo enganam com palavras ardilosas:
‘Morreu aquele que perturbação nos traz,
Não é verdade o que veio proclamar!’”
Deste modo, ao profeta ele iludiu
E em seu jumento ajudou-o a montar,
Seguindo a pé e a rédea segurando
E chegado em sua casa, o alimentou;
Mas ao comer e beber, o ouro sentiu
De novo a voz de Deus a reprovar:
Pois que a Sua palavra foste desprezando,
O teu retorno Jehovah Deus perturbou!
Não voltarás à terra de Judá,
Nem entrarás no sepulcro de teus pais!
Perturbado, ergueu-se velozmente,
Pretendendo retornar à própria terra,
Mas forte leão em seu caminho há,
Que o sufocou como a presas naturais,
Mas não o devorou. Sentou-se calmamente,
Nem do jumento a mansa vida encerra.
E ao sacerdote a palavra logo veio:
“O homem de Deus está morto no caminho!
Outro jumento pediu que lhe albardassem
E encontrou o cadáver ali deitado.
Do leão não demonstrou qualquer receio
E o animal afastou-se de mansinho,
Permitindo que ao defunto colocassem
Sobre o jumento para dali ser carregado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário