A
Casa do Sol
Capítulo
Três – 3 jul 21
“Pois
muito bem, então vamos casar,
a
sua beleza muito me agradou,
só
quero ver se irá cumprir a sua promessa,
caso
contrário, será bem castigada!”
Logo
o rei mandou o padre convocar
e
com banquete suas bodas celebrou,
todo
mundo feliz, comendo à beça,
só
a velha ama é que ficou desconsolada!
Mas
apesar de ter-lhe feito essa ameaça,
o
rei pela noiva logo se apaixonou
e
com sinceridade, depressa lhe falou:
“Eu
não me importo com qual seja a cor:
se
forem ruivos, não será desgraça
ou
morenos, afinal, igual que eu sou
e
nem espero cresçam como mencionou,
que
nossos filhos serão frutos do amor!”
Contudo,
a ama maus planos maquinava:
de
alguma forma, ela induziria o rei
a
com sua própria filha se casar!
(Se
bem que a moça não estivesse interessada.
às
escondidas já de há muito namorava
um
rapaz pobre). “Com ele me casarei,
a minha mãe não pode
me obrigar,
de nosso rei não estou
enamorada!...”
Poucos
meses depois dos dois casados,
a
jovem ruiva de seu rei engravidou,
que
a tratava com todos os cuidados
pelos
futuros filhos a sentir-se carinhoso;
mas
logo a seguir viu atacados
os
territórios do sul e precisou
para
a guerra partir e abandonados
deixar
a esposa e os filhos, temeroso...
Pediu-lhe
então, que carta lhe enviasse,
caso
os seus filhos para a luz trouxesse,
enquanto
na guerra o rei ainda estivesse.
(De
fato, que uma carta ela ditasse,
pois
nesse tempo dificilmente se encontrasse
uma
pastora que lesse ou escrevesse...)
Mas
que o escriba da corte noticiasse
o
nascimento, tão logo ele ocorresse.
E
realmente, essa guerra demorou
e
a rainha dois lindos filhos deu à luz,
cada
qual mais belo e mais formoso,
desde
pequenos com cabelos de ouro...
Mas
a ama de sua ausência aproveitou
e
acompanhou a rainha, a quem seduz
com
seu carinho falso e duvidoso,
sempre,
no entanto, a planejar o seu desdouro...
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