A
CASA DO SOL
Capítulo
Sete – 7 jul 21
“Nobre
senhor, será aqui a Casa do Sol?”
“Não,
meu filhos, mas São Friday sou (*)
e
não sou mais que um ermitão honrado,
espero
que Deus sempre proteja os dois.
A
Casa do Sol só aparece ao arrebol...
Quem
foi que dessa casa vos falou?”
“Uma
senhora, que de muito bom agrado
disse
que uma fonte ali acharíamos depois...”
(*)
São Sexta-feira.
“Essa
mulher não deseja o vosso bem!”
exclamou
São Friday. “Acontece
que
essa Casa do Sol é perigosa
e
prender-vos para sempre poderá;
mesmo
se abrindo ao arrebol, também
se
fecha mais depressa que uma prece,
um
minuto e noventa e nove segundos, ardilosa,
então
se fecha e lá vos prenderá!”
“São
dois minutos e meio, um pouco mais;
eu
vou mostrar-vos este pergaminho,
que
marca o bom caminho, exatamente;
deveis
chegar bem antes do arrebol
e
por mais frio que parecer achais,
deveis
tirar todas as roupas de mansinho,
para
estar preparados. Dentro é quente:
não
é essa gruta, afinal, a Casa do Sol?...”
“Assim
que a porta se abrir, entrem correndo
e
na fonte mergulhem sem demora!
Uma
velha feiticeira irá tentar
Atrasá-los,
oferecendo jóias e ouro,
mas
não lhe deis atenção, mentiras sendo;
na
fonte mergulheis na mesma hora,
da
cabeça até os pés deveis molhar
e
bem depressa evitar qualquer desdouro!”
“Saiam
correndo, antes da porta se fechar,
para
vestir-vos e retornar depressa.
Não
deis atenção às promessas dessa velha,
pois
ela apenas o vosso mal deseja!”
Os
dois irmãos, toda a noite a caminhar,
Chegaram
diante da gruta e a toda pressa
Se
desvestiram. O corpo de um o do outro espelha,
gêmeos
idênticos para quem quer que os veja!...
E
quando a porta se abriu, rapidamente
os
dois correram direto para a fonte;
à
bruxa velha não deram atenção
e
mergulharam para logo se banhar,
da
cabeça até os pés, completamente,
logo
saindo neste tempo em que se conte
minuto
e meio nos dedos de tua mão:
só
bem depois foi a porta se fechar!...
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