O
CAVALO TAMBOR
Capítulo
Quatro – 1º out 2021
O
Coronel foi fortemente aconselhado
a
nada fazer contra o tal Subtenente:
“Seu
pai é um Par do Reino, realmente
e o
seu futuro poderá ser prejudicado!”
E não
se veja aqui qualquer surpresa:
é
quase obrigatória a tradição
de
que os filhos da nobreza assentarão
praça
no exército, (comissionados com certeza!)
Ainda
hoje, mesmo filhos e netos da Rainha
participam
de suas forças militares;
nas
próprias guerras, com todos seus azares,
servem
no Exército, Aeronáutica ou Marinha!
O
Coronel o seu prestigio não perdeu
e o
Regimento assim pacificou:
de
forma honrosa sua carreira terminou
o bom
cavalo, que tal destino mereceu...
No
dia seguinte, aberta a sepultura,
foi
ao enterro o Regimento inteiro:
o
Coronel ficou de longe: era altaneiro,
da
disciplina considerava a ruptura!
O que
quase ninguém ficou sabendo
é que
de noite roubaram um galão
de
tinta negra para pintar um alazão,
como
um cavalo malhado parecendo...
Ora,
o que houve é que o tal Subtenente
mandou
comprar aos civis outro cavalo,
com a
intenção de em malhado disfarçá-lo,
na
pretensão de enganar a toda gente!
Quando
o animal chegou, em lona envolto,
poucos
notaram haver manchas de tinta,
mas
foi baixado à sepultura numa cinta,
enquanto
o velho continuava vivo e solto!
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