O
CAVALO TAMBOR
Capítulo
Três – 30 set 2021
Mas o
Coronel decidira então então culpar
o
Cavalo Tambor, sem mais explicações;
o
tamborileiro, nas seguintes ocasiões,
nem
um só toque conseguia acompanhar!
De
fato, um motim quase ocorreu:
os
oficiais ficaram desgostosos,
os
cavalarianos ainda mais furiosos,
das
partituras até a Banda se esqueceu!
Porém
o Coronel, bastante autoritário,
determinou
que o animal fosse a leilão,
proibindo
a tropa de fazer sua aquisição,
que
só civis determinassem seu fadário!
Na
tropa havia, porém, Subtenente,
que
de fato era membro da nobreza,
que
contratou a um civil, nessa proeza,
que
os lances todos cobrisse inteiramente;
e
afinal, por importância quase vil,
cento
e sessenta rúpias, adquiriu o cavalo;
e o
conduziu, sem o menor abalo,
até seu
brete, em gesto varoni!...
Mas o
Coronel ficou logo sabendo
e
chamou o Subtenente a seu comando,
de
amotinado a seguir logo o chamando:
“Livre-se
dele ou sua paga hoje eu suspendo!”
Foi
geral a indignação dos oficiais
ante
a ameaça de uma injustiça tal,
mas o
Subtenente falou bem natural:
“Suas
ordens cumprirei, como as demais.
Não
queria ver nosso cavalo maltratado;
então
eu mesmo, com um tiro, o matarei
e
atrás do estábulo o enterrarei:
destino
justo, já que nos foi tão devotado!”
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