O
CAVALO TAMBOR
Capítulo
Seis – 3 out 2021
Ora,
havia no Regimento a tradição
de
que a fanfarra deveria tocar,
enquanto
a cavalgada se ia aguar
e
assim fizeram, com plena devoção.
Junto
ao estábulo havia grandes bebedouros
que
uma bomba cheios sempre conservava.
em
que aos cavalos se dessedentava,
na
sela os homens sentados em desdouro.
Mas
nesse dia, quando a Banda foi tocar,
viram
um cavalo contra o pôr-d0-sol,
em um
galope constante de farol,
diretamente
até eles avançar.
“Mas
que cavalo é esse?” – começaram
a
indagar, até que chegou perto;
não
queriam acreditar no olhar aberto:
era o
Cavalo-Tambor que divisaram!
“Mas
está morto!” E coisa ainda pior,
um
esqueleto se erguia sobre a sela,
uma
visão terrível que a alma gela,
não
haveria assombração maior!...
Fato
passado, até quiseram inculpar
as suas montadas pela cavalgada;
mas
os cavalos não temiam nada,
nem
entenderam a razão do debandar!
Porém
a Banda suspendeu a execução
e logo
um dos homens foi puxando
as
suas rédeas e o cavalo desviando,
sem
que ninguém aceitasse a acusação
de
ter sido o primeiro a debandar,
mas o
certo é que todos se espalharam
e na
maior desordem dali se retiraram,
cada
qual para um lado, sem parar!
Os oficiais
tentariam toda a tropa segurar,
mas o
pânico, de fato, era incontido
e
acabaram por correr, qual perseguido
fosse
o exército, após combate o derrotar!
Ficara
o Coronel com seu Estado-Maior
na
cantina, em que se confortavam
e ao
escutar tantos gritos que ressoavam,
logo
pensou o Coronel em algo pior!...
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