PERSEU E AS
GÓRGONAS XVII – 04 dez 21
Mas no
momento em que era a noite mais escura,
foi
surpreendido por quatro visitantes:
Athena e
Hefesto, com Artemísia pura,
além de
Hermes, o protetor dos viajantes.
“Tua missão
terminou!” Firme doçura
ouviu na voz
de Athena. “Chegaram os instantes
de devolver
aos proprietários verdadeiros
os quatro
dons que te foram companheiros...”
Então a
Athena seu escudo devolveu;
o capacete o
deus Hefesto retomou;
Artemísia
aquele gládio que era seu
e as
sandálias nos pés Hermes calçou...
Um pesadelo
parecia sofrer Perseu,
porém Athena
depressa o consolou:
“Tens a
cabeça de Medusa como amiga
e Hermes
gentil ainda será o teu auriga!”
Assim, tão
logo completada a cremação,
Hermes tomou
nos braços a Perseu
e o carregou
para sua nova missão
e a
conquista do reino que era seu.
Kefros, pai
de Andrômeda, tinha dominação
sobre toda a
Etiópia; sobrevoando o Egeu,
todo o Egito
bem depressa ultrapassaram
e o Noroeste
da África alcançaram...
Chamavam
então de Etiópia ao continente
que chega às
praias do grande Rio Oceano;
dominava
Kefros então toda essa gente,
desde a
Líbia seu inconteste soberano;
Atlas
marcava seu limite mais saliente,
até o feroz
deserto do africano;
e assim
Hermes o deixou junto ao titã,
já nos
primeiros albores da manhã...
E de
imediato, desafiou-o o gigante:
“Quem és tu
que aproveitas a minha sombra?
De onde
vieste, ousado viajante...?”
Sua
imensidão a Perseu sequer assombra...
“Da
Hiperbória eu chego neste instante:
Matei Medusa
diante de sua alfombra!...”
Atlas Titã
soltou uma gargalhada:
“Há muito
não escutava igual piada!...”
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