domingo, 27 de fevereiro de 2022


 

 

O CASTELO ASSOMBRADO

Capítulo Cinco – 25 nov 21

 

Seguiu em frente, assobiando alegremente,

mas o caminho foi ficando tortuoso

e transformou-se em íngreme ladeira.

“Ora, que bom ser meu cavalo temeroso,

de forma alguma subiria nesta esteira!”

E continuou subindo calmamente...

 

Mas quanto mais andava, parecia que o caminho

se tornava mais inclinado e ainda mais!

Precisou se segurar de pés e mãos:

“Ora, que bom, só existem pedras naturais,

seria pior se rasgasse meus calções,

 não se lembraram de plantar algum espinho!”

 

E de repente, o caminho se alisou!

Ele esfregou as mãos, bem satisfeito,

dos joelhos a seguir batendo a poeira,

até a muralha marchando bem direito:

baixou a ponte levadiça bem ligeira

e pelas traves sobre o fosso atravessou.

 

Viu que o portão estava só encostado,

mas no momento em que o buscou empurrar,

cada parte de metal se incandesceu!

“Vocês não pensam que eu possa me assustar

com esses truques que um mágico perdeu!

Bem me disseram que o castelo é assombrado!”

 

Então o portão retornou à normalidade

e ele apartou as duas folhas facilmente,

o pátio à frente na maior escuridão!

“Mas que acolhida mais impertinente!

Chegou um hóspede, é a sua obrigação

de fornecer-lhe suficiente claridade!”

 

“Melhor assim, já não tropeçarei!”

A luz surgiu, mas sentiu alguém o empurrar

e nos seus joelhos outro mais o apertaria.

“Senhor gigante, não o consigo divisar,

mas não me empurre, que esmagar não gostaria

o pobre anão, a quem nem enxergarei!”

 

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