O CASTELO ASSOMBRADO
Capítulo Cinco – 25 nov 21
Seguiu em frente, assobiando alegremente,
mas o caminho foi ficando tortuoso
e transformou-se em íngreme ladeira.
“Ora, que bom ser meu cavalo temeroso,
de forma alguma subiria nesta esteira!”
E continuou subindo calmamente...
Mas quanto mais andava, parecia que o caminho
se tornava mais inclinado e ainda mais!
Precisou se segurar de pés e mãos:
“Ora, que bom, só existem pedras naturais,
seria pior se rasgasse meus calções,
não se
lembraram de plantar algum espinho!”
E de repente, o caminho se alisou!
Ele esfregou as mãos, bem satisfeito,
dos joelhos a seguir batendo a poeira,
até a muralha marchando bem direito:
baixou a ponte levadiça bem ligeira
e pelas traves sobre o fosso atravessou.
Viu que o portão estava só encostado,
mas no momento em que o buscou empurrar,
cada parte de metal se incandesceu!
“Vocês não pensam que eu possa me assustar
com esses truques que um mágico perdeu!
Bem me disseram que o castelo é assombrado!”
Então o portão retornou à normalidade
e ele apartou as duas folhas facilmente,
o pátio à frente na maior escuridão!
“Mas que acolhida mais impertinente!
Chegou um hóspede, é a sua obrigação
de fornecer-lhe suficiente claridade!”
“Melhor assim, já não tropeçarei!”
A luz surgiu, mas sentiu alguém o empurrar
e nos seus joelhos outro mais o apertaria.
“Senhor gigante, não o consigo divisar,
mas não me empurre, que esmagar não gostaria
o pobre anão, a quem nem enxergarei!”
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