O DEUS SEDUTOR XVIII – 08 nov 21
(Enlil, deus do ar e da respiração)
Mas Nimmursaya sob as rochas se escondera,
Lá onde a água doce nunca atinge
E embora ouvisse o vão clamor do ar,
O chamado da Lua, o som do mar,
Que não escuta o tempo todo finge,
Que em seu rancor firme permanecera...
Pois não era pelos frutos, certamente.
O coração lhe ardia é de ciúme!...
Quarenta e cinco dias só haviam passado
E três outras Enki havia namorado!...
E remordendo assim seu azedume,
Só queria que sofresse realmente!...
Mas a Raposa, que lhe era consagrada,
Pois morava sob a pedra, numa toca,
Foi relatar a Enlil seu paradeiro:
“Eu não a traio, Deus do Ar, bom companheiro,
Mas a sua indiferença não é pouca
E deixará a Terra inteira desolada!...”
Assim Enlil,o Deus do Ar, a descobriu,
Mas seu pedido recusou-se a ouvir.
Ânu, seu pai, também foi suplicar,
Foi Sin por uma fenda penetrar,
Shamash, com o calor, chegou a partir
Sua rocha... E mesmo assim, não consentiu!
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