O DEUS SEDUTOR XXIII – 13 nov 21
(Ereshkigal, deusa da morte)
“E onde mais te dói, querido amor?”
“Eu sinto dor ainda na garganta...”
“Pois à luz dei a deusa Azimua,
Que sempre cantará à luz da Lua,
Deusa da Música, que o coração encanta
E que aos poetas inspira o seu louvor...”
“Diz-me, querido, onde te dói ainda?”
“Eu sinto dor nas pernas e nos braços.”
“Teus membros eu agora te livrei
E o Deus Enshágue ao mundo libertei,
Para aos atletas conceder os seus abraços
E aos guerreiros dar resistência infinda!...”
“Onde é que ainda sentes qualquer dor?”
“Eu sinto dor ainda nas costelas...”
“Pois trouxe à vida Ninti, que o pulmão
Protege e igualmente ao coração...
Ela abre agora para a vida tuas janelas,
Estás curado de todo o teu ardor!...”
“Acabaram-se tuas dores desta sorte,
Pois agora te curei inteiramente
E nunca mais te lançarei a maldição,
Por infiel que seja a tua paixão
E viverás agora, eternamente,
Que dei à luz Ereshkigal, Deusa da Morte.
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