O CASTELO ASSOMBRADO
Capítulo Onze – lº Dez 21
Pela primeira vez, o rapaz mostrou espanto
e lhe falhou a calma surpreendente,
mas o castelão tão somente lhe sorriu:
“A sua surpresa não é medo, realmente;
De qualquer modo, o feitiço já partiu
E não pode mais nos afetar, portanto.”
“Tentei em vão a floresta atravessar
que nos separa do país vizinho,
mas cada vez que descobria algum sendeiro,
magicamente fechava-se o caminho
e já cansado, busquei outro paradeiro,
a seu castelo acabando por chegar...”
“Sabemos bem.
Mas expresse o seu desejo,
que em breve o canto do galo irá soar
e não poderá mais ficar aqui,
porque o castelo irá desmoronar...”
“Pois então, escute agora o que pedi:
que esse meu tio sofra agora o mesmo pejo!”
“Que desapareça para bem longe do país,
com sua mulher, a velha feiticeira;
não peço a morte, porém que não retornem...”
“Está feito!
Nossa magia é justiceira:
volte à floresta por caminhos que a contornem,
logo achará essa senda que mais quis!..
EPÍLOGO
O jovem rei saiu dali depressa
e bem a tempo!
Com estrondo fragoroso,
o castelo se derruiu inteiramente!
Achou o cavalo ainda amarrado e temeroso,
mas o acalmou, seguindo logo em frente
e seu galope nem um só momento cessa!...
Dali a três dias chegou à capital,
acolhido pelo povo em mil festejos;
seu tio e a esposa nunca mais voltaram,
porém sua noiva o acolheu aos beijos
e as bodas bem depressa celebraram,
reinado próspero e de progresso sem igual!...
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