ELIAS E AHAB
CAPÍTULO CINCO – 6 AGO 21
Contudo, as coisas não correram bem assim.
Primeiro Elias foi seu sucessor buscar
E o encontrou em seu campo trabalhando
Com doze juntas de bois em Abel-Meolah.
Dele achegou-se sem indicar seu fim,
Subitamente seu manto a retirar,
Do lavrador sobre os ombros o lançando.
Eliseu entendeu a mensagem que ali está.
Diante de Elias o jovem se ajoelhou
E lhe rogou: “Deixa que eu vá primeiro
Beijar minha mãe e o rosto de meu pai;
Após me despedir, te seguirei.”
Elias calmamente concordou:
“Vai a eles, mas retorna bem ligeiro.”
Velozmente o rapaz a casa vai:
“Elias me chama e sua voz respeitarei.”
A reação dos pais não é narrada,
Mas não é difícil de se adivinhar;
Ele era o arrimo, mas havia riqueza,
Safate rico e seus escravos trabalhavam.
A mãe, decerto, ficou atribulada,
Seu pai também em parte a lamentar,
Mas teve orgulho, pois mais que à realeza
Aos profetas os fiéis de Jeová consideravam.
Por outra parte, no reino de Israel,
Mesmo aqueles entre o povo os mais fiéis,
Temeriam
que Eliseu logo perdesse a vida
E nem sabiam quando iria retornar,
Mas lhe encheram com vitualhas o farnel
E ele deixou o trabalho para as greis
De seus escravos à direção submetida
De qualquer capataz, sem duvidar.
E retornando depressa para Elias,
Sem da mãe atender às petições,
Mas recebendo as bênçãos de seu pai,
Voltou a Elias, pois o profeta lhe dissera
“Pois já sabes quanto dever farias,
“O que contigo fiz não suporta negações.”
E tomando uma junta de bois depressa vai
Abatê-los e mais o jugo que trouxera.
Ergueu às pressas um pequeno altar
De pedras brutas e ali pôs a madeira
E os arreios, para acender o fogo,
As carnes sendo cortadas em pedaços,
Que ali dispôs inteiras para assar
E as distribuiu à companhia inteira,
Escravos e livres a partilhar do jogo,
Dos amigos a despedir-se com abraços.
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