quinta-feira, 19 de agosto de 2021


 

ELIAS E AHAB

CAPÍTULO CINCO – 6 AGO 21

 

Contudo, as coisas não correram bem assim.

Primeiro Elias foi seu sucessor buscar

E o encontrou em seu campo trabalhando

Com doze juntas de bois em Abel-Meolah.

Dele achegou-se sem indicar seu fim,

Subitamente seu manto a retirar,

Do lavrador sobre os ombros o lançando.

Eliseu entendeu a mensagem que ali está.

 

Diante de Elias o jovem se ajoelhou

E lhe rogou: “Deixa que eu vá primeiro

Beijar minha mãe e o rosto de meu pai;

Após me despedir, te seguirei.”

Elias calmamente concordou:

“Vai a eles, mas retorna bem ligeiro.”

Velozmente o rapaz a casa vai:

“Elias me chama e sua voz respeitarei.”

 

A reação dos pais não é narrada,

Mas não é difícil de se adivinhar;

Ele era o arrimo, mas havia riqueza,

Safate rico e seus escravos trabalhavam.

A mãe, decerto, ficou atribulada,

Seu pai também em parte a lamentar,

Mas teve orgulho, pois mais que à realeza

Aos profetas os fiéis de Jeová consideravam.

 

Por outra parte, no reino de Israel,

Mesmo aqueles entre o povo os mais fiéis,

 Temeriam que Eliseu logo perdesse a vida

E nem sabiam quando iria retornar,

Mas lhe encheram com vitualhas o farnel

E ele deixou o trabalho para as greis

De seus escravos à direção submetida

De qualquer capataz, sem duvidar.

 

E retornando depressa para Elias,

Sem da mãe atender às petições,

Mas recebendo as bênçãos de seu pai,

Voltou a Elias, pois o profeta lhe dissera

“Pois já sabes quanto dever farias,

“O que contigo fiz não suporta negações.”

E tomando uma junta de bois depressa vai

Abatê-los e mais o jugo que trouxera.

 

Ergueu às pressas um pequeno altar

De pedras brutas e ali pôs a madeira

E os arreios, para acender o fogo,

As carnes sendo cortadas em pedaços,

Que ali dispôs inteiras para assar

E as distribuiu à companhia inteira,

Escravos e livres a partilhar do jogo,

Dos amigos a despedir-se com abraços.

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