ELIAS E AHAB
CAPÍTULO SETE – 8 AGO 21
Enquanto isso Ben-Hadad, o imperador
Da Síria,reuniu trinta e dois reis,
Os seus vassalos, com seus regimentos,
Muitos cavalos, grande infantaria,
Carros de combate de grande fragor,
Contra Samaria formando seus anéis,
Primeiro a travar combates violentos
Contra as cidades que no caminho encontraria.
Atacando e matando os lavradores
E escravizando crianças e mulheres,
Naturalmente sem declaração de guerra,
Que nesse tempo nem sequer havia;
E como o povo buscava os defensores
Muros da cidade em seus acolheres,
Pôs cerco à cidade em que se encerra
O rei Ahab com as tropas que possuía.
E após cortar-lhe todas as saídas,
Que ninguém mais pudesse nela entrar,
Nem suprimentos pelos campos ir buscar,
Mandou um arauto com tropas aguerridas
Que proclamou, em palavras atrevidas:
“Assim o rei Ben-Hadad quer falar:
A tua prata e teu ouro eu vim tomar
E tuas mulheres como reféns serão trazidas!”
“Os teus filhos também, que tudo é meu!
Caso contrário, invadiremos a cidade
E tudo será posto a ferro e fogo
E tua cabeça com cutelo eu cortarei!”
E percebendo qual perigo que era o seu,
O rei Ahab respondeu, com humildade:
“Seja conforme a tua palavra. Eu logo
Minhas riquezas para ti entregarei.”
“Eu sou teu e tudo quanto é meu,
Tal qual determinou o meu senhor.”
O arauto com os soldados retornou,
Para a resposta transmitir a Ben-Hadad.
Mas tal resposta em nada o surpreendeu:
“Ele teme de minhas tropas o fragor
E pensa que deste modo me enganou,
Poupando assim o saque da cidade...”
“Volta então e diz ao tal reizinho
Que sua palavra não me será bastante;
Com o que enviar, não me contentarei;
Dever-me-ás abrir as portas da cidade;
Não matarei o teu povo tão mesquinho;
Ficará o exército em prontidão constante
E somente um contingente enviarei,
Tuas posses a examinar com intensidade.”
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