ELIAS E AHAB
CAPÍTULO TRÊS – 4 AGO 21
Seu organismo sofreu forte reação,
Depois de todo o esforço dispendido
E à sombra de um zimbro se assentou,
Tomado inteiramente de desânimo
E a Jehovah em férvida oração,
Pediu a morte, porque havia fugido:
“Não sou melhor que meus pais”, ele falou,
“De mim retira o restante de meu ânimo!”
À sombra da árvore ele então adormeceu,
Mas no outro dia sentiu alguém que o tocava
E lhe dizia: “Levanta-te e come.”
Pois enxergou perto de sua cabeceira
Um pão cozido, que rápido comeu
E mais um odre de água o esperava;
Saciada a sede e aliviada a fome,
De novo se deitou em pasmaceira.
E novamente o tocou o anjo do Senhor,
Ou pelo menos, como tal o interpretou,
A lhe trazer mais uma vez a água e o pão:
“Ergue-te e come, porque teu caminho
Será bem longo em teu andar de viajor.”
Assim Elias outra vez se alimentou
E com a força daquela refeição
Foi enfrentando cada pedra e cada espinho.
Um dia chegou a Horeb, o monte santo,
Entrou em caverna e ali passou a noite,
Porém lhe veio a palavra do Senhor:
“O que fazes aqui, meu servo Elias?”
“Senhor, mantive-me à sombra de teu manto,
Perseverando contra o rei e seu açoite;
Mataram todos os teus profetas com fervor,
Só eu fiquei porque minha vida protegias...”
“De todos os teus profetas, apenas resto eu
E também agora buscam tirar-me a vida.”
E ali escutou a voz de Deus no coração:
“Sai da caverna e galga todo o monte.”
“Senhor Deus dos Exércitos, eu sou teu!”
Subiu a colina ingrememente erguida
E eis que soprou uma grande viração,
Elias ergueu a Jehovah sua fronte.
Eis que passou um grande e forte vento,
Despedaçando diante dele as penhas,
Mas o Senhor no vento não se achava;
E após bramiu um terremoto intenso,
Mas o Senhor ali não estava; e um violento
Fogaréu que consumiu todas as brenhas
E mesmo ali o Senhor Deus não se encontrava;
Seguiu-se um tempo de calmaria denso...
Muito bom! Leitura produtiva. Bjs carinhoso, escritor
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