ELIAS E AHAB
CAPÍTULO DEZ – 11 AGO 21
Naturalmente, o rei Ahab poderia
Dentro dos muros da cidade resistir;
Havia cisterna e tinham mantimentos,
Sendo as muralhas altas e imponentes
E a seu redor grande tropa percebia,
Porém sem máquinas de guerra ali assistir,
Escadas a fabricar em tais momentos,
Mas com madeiras verdes e pouco resistentes.
Provavelmente com o peso quebrariam
E por mais que os Sírios fossem aguerridos,
Facilmente se defenderia a cidade,
Bastando apenas pontos fracos reforçar.
Porém o Livro dos Reis nos narraria
Que um profeta surgiu, dos escondidos,
De Jezebel escapara à iniquidade,
Que corajoso ao rei foi enfrentar.
O Testamento seu nome não nos dá;
É bem possível que fosse o próprio Elias,
De sua missão na Síria retornado
E que incógnito se achava em Samaria;
São dessas coisas que só a lenda contará,
Tão misteriosos os atos em que o vias,
Tanto milagre por ele realizado,
Que astronauta ser até algum afirmaria!
Ora, o profeta chegou-se ao rei Ahab,
Quer fosse Elias, quer um outro mais,
E lhe disse: “Ouve a palavra do Senhor.”
Se fosse Elias, seria por certo respeitado,
Talvez embora sua vida então acabe,
Que Jezebel, por motivos naturais
O odiava muito, se bem que o grande amor
Do rei por ela já tivesse se atenuado.
Certo é que de Ben-Hadad a exigência
De que lhe fossem entregues as mulheres
Do rei Ahab incluiria Jezebel,
E o soberano a havia considerado,
Para a cidade proteger de sua potência...
Perderá já então Jezebel os seus poderes
Sobre este rei corajoso de Israel?
Ou ele apenas havia contemporizado,
Sabendo que nova exigência chegaria
E assim podia consultar o seu conselho
Para a excesso de condições se recusar...?
De qualquer modo, a rainha saberia
E furiosa provavelmente ficaria...
Se lhe dissessem que o profeta velho
Na cidade se encontrava, iria envidar
Todos os meios para a vingança que queria!
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