ELIAS E AHAB
CAPÍTULO QUATRO – 5 AGO 21
Sentiu a Presença a perpassar na calmaria
E em suave silêncio ouviu arcana voz,
Que soube Elias ser a voz divina;
Sentiu temor de fitar a face de Deus,
O rosto envolveu no manto que trazia
E no alto da montanhaa viu-se a sós
Com a Presença, diante da qual se inclina,
Conhecendo ali Jeová, deus dos Judeus.
Então a voz de suave silêncio lhe falou:
Que fazes tu aqui tão só, Elias?
O profeta outra vez Lhe respondeu,O
Talvez o
orgulho em parte o inspirou:
“Deus Jeová bem sabe quanto o amou
O seu servo, andando sempre em Tuas vias,
Mas Tua aliança com o povo se perdeu
E a outros deuses tua herança se curvou.”
“Derribaram Teus altares e mataram
Os Teus profetas pelo fio da espada,
Eu sou o único que permanece em Israel
E hoje procuram também tirar-me a vida.”
Mas Meu Poder e Proteção te conservaram.
Desce do monte e segue a longa estrada
Que conduz a Damasco e em teu bornal
Não leves nada de água e nem comida.
Pois já três vezes Eu te alimentei.
Cruza constante as pedras do deserto
E em Damasco encontrarás um cortesão,
Por nome Hazael, a quem ungirás rei.
Depois vai até Israel, onde te mostrarei
A Jehú, filho de Nimshi, em quem acerto
Inspirei no coração, sem lhe achar mal
E para rei sobre Israel o desejei.
Este Jehú, portanto, qual novo rei ungirás
E então segue para Abel-Meolah,
Onde acharás a Elisha ou Eliseu,
O filho de Safate, sua obra executando;
Como profeta em teu lugar o nomearás.
Por todos estes minha voz se cumprirá;
Hazael exercerá o poder Meu,
Meus inimigos sem piedade exterminando.
Quem escapar de Hazael, Jehú o matará
E quem escapar da espada de Jehú,
Irá matar Eliseu, teu seguidor;
E não te aflijas, que para Mim guardei
Sete mil em Israel da idolatria má,
Que para Mim fiz conservar o peito nu,
Jamais curvaram o joelho ao ofensor
E nem seguiram a Baal empós seu rei.
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