OS REIS E OS PROFETAS
CAPÍTULO DEZ – 30 JUL 21
Falou Elias então a todo o povo:
“Só eu fiquei dos profetas do Senhor
E os profetas de Baal tão numerosos
São quatrocentos e cinquenta aqui reunidos!
Pois que a prova se faça num renovo,
Os dois novilhos nos tragam sem temor,
Escolham eles, que são tão poderosos,
Um dos novilhos agora aqui trazidos!”
“Decerto queiram o mais forte e mais formoso,
Com o mais fraco eu me contentarei;
Que dividam em pedaços o primeiro
E o coloquem sobre a lenha deste altar,
Aqui erguido em reboco primoroso,
Mas que o fogo acendam não aceitarei!
Será o poder de Baal tão sorrateiro,
Incapaz do céu seu fogo derramar?”
“Enquanto realizarem seu ritual,
Eu ficarei parado, simplesmente,
Sem de Jehovah invocar o santo Nome,
Que o verdadeiro deus então responda!
Eles que invoquem o nome de Baal
E o deus que enviar o fogo mais potente,
Será o deus que ao outro deus consome,
Será o Deus que a chuva dê e esconda!”
E todo o povo ali reunido respondeu:
“É boa essa palavra do profeta!”
Não contestaram Ahab e Jezebel,
Abrigados do sol sob uma tenda
E nenhum dos sacerdotes se atreveu
A dizer ser impossível que uma seta
Dos céus descesse em raio de ouropel,
Para queimar no altar essa oferenda!...
Talvez alguns a fraude pretendessem,
Trariam na cintura bem guardado
O ferro e a pederneira para o fogo começar,
Mas todo o povo ali estava atento;
Quiçá alguns até mesmo acreditassem
Que Baal merecesse ser louvado
E então viesse seu poderio demonstrar:
Seja como for, o invocaram com alento!
E cortado o novilho em seus pedaços,
Os distribuíram sobre toda a lenha,
Derramando ali igualmente óleo e azeite,
Mas fogo algum se atreveram a acender,
Só a Baal a invocar em estardalhaços,
Na esperança que a deidade ao som atenha:
“Ah, Baal, que teu poder dos céus se deite
E sobre nós derrames o teu prazer!...
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