HÉRCULES E DEJANIRA VII – 8 ABR 2022
“Por que está retornando?” Dejanira lhe
indagou.
“A correnteza está forte demais agora,
vou pegar um tronco para me apoiar!”
Dejanira ainda se sentia em segurança,
mas firme o filho nos barços segurou.
Porém Nessos subiu à margem e sem demora,
buscou um montículo do solo em que a derrubar,
procurando violentá-la sem tardança!
Descartou-se do menino para um lado,
pensando apenas em suas vestes retirar,
mas Dejanira pediu socorro em alta voz
e Hércules a escutou desde a outra margem,
armou o arco e num tiro calculado
em pleno peito pôde a Nessos alvejar,
a mais de meio quilômetros, no golpe mais feroz,
o ferimento não foi logo fatal e com coragem
Nessos arrancou a flecha de seu peito,
mas percebendo que a morte iria chegar,
abriu uma bolsa que continha umas sementes
e já bem fraco, espalhou-as pelo chão.
Então mentiu a Dejanira, em seu despeito:
“Pegue as sementes que eu deixei tombar,
e as misture com as golfadas ardentes
de meu sangue e mais azeite para conservação.”
“Secretamente, empape essa mistura
na túnica habitual de seu marido,
que o tornará fiel completamente,
sem lançar olhos para qualquer outra mulher.”
Dejanira acreditou em sua mentira impura,
tomou uma bilha que havia trazido
em seu fardo de viagem e complacente
seguiu as instruções quais Nessos quer.
Hércules nadara de volta pelo rio,
mas Dejanira não lhe contou nada,
que há longo tempo sofria de ciúmes;
foi-se ocupar com o filho pequenino.
Hércules examinou se restava qualquer brio
no centauro traidor, mas terminada
estava já sua vida de azedumes,
findado assim seu infeliz destino.
HÉRCULES E DEJANIRA VIII – 9 ABR 2022
Quando Hércules a Dejanira interrogou,
sobre o pretexto do tronco ela lhe falou então
e se queixou do centauro amargamente,
que o pequeno Hyllos jogara para um lado;
mas que ele estava são se confirmou
e Hércules à ideia do tronco foi dar atenção,
até que o lançou sobre a veloz corrente
e fez com que ela se assentasse com cuidado.
Facilmente a madeira ele empurrando,
até que o Rio Evenos fosse atravessado,
seguindo então para a Trácia novamente,
sem mais lembrar do percalço ali ocorrido.
Outra versão diz que Nessos foi empapando
seu próprio pelo com o sangue derramado
e a Dejanira o entregou rapidamente,
antes de Hércules haver o rio vencido.
E ainda outra versão vai mencionar
que Nessos não morreu logo dessa hemorragia,
mas se ergueu nas quatro patas e galopou
até do Monte Tepiessos ao sopé,
sobre uma pedra lisa a se deitar,
enquanto o fim do sangue lhe escorria,
mas que seu corpo não se desmanchou,
mesmo exalando um forte cheiro até!
Os habitantes da região o enterraram,
depois de o terem a cinzas reduzido.
Mas como Dejanira chamaram de guerreira,
com as Amazonas foram-na sincretizar.
Outros com a deusa Athena a identificaram,
um matrimônio sagrado ali ocorrido,
mas parto algum de Athena está na esteira,
tal teoria a não ser mais que um divagar.
Essa disputa de Hérculos e Aquelôos, o
deus-rio,
foi já interpretada como parte do ritual
dos matrimônios celebrdos anualmente
entre a deusa-rainha e seu novo consorte.
Quanto ao Touro e a Serpente, em corrupio,
durante a luta, mas sem poder real,
representariam o Novo Ano nascente
e o Ano Velho a concluir seu porte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário