A APOTEOSE DE
HÉRCULES XIII – 16 junho 2022
Hebe lhe deu
dois filhos imortais,
Alexiares um e
o outro Aniceto;
Na verdade
Hera de gratidão se recordara:
na revolta dos
Titãs, Hércules a defendera;
os esposos
irmãos só de nome, não reais,
Hebe filha de
Hera, mas não de Zeus o afeto
Hércules filho
de Zeus, que com mortal gerara,
que dos ciúmes
de Hera sempre o protegera,
nenhum incesto
aqui havendo com certeza,
por mais que a
Igreja denunciasse ser vileza.
Então do Olimpo tornou-se Hércules o
porteiro,
permanecendo junto ao portão dourado,
sem ser queixar de qualquer mais longa
espera,
quando Ártemis se demorava em suas
caçadas;
antes de Diana foi este seu nome
primeiro,
por brincadeira tendo a deusa reprovado,
se em sua biga não encontrasse qualquer
fera,
apenas cabras e lebres ali acumuladas.
“Você devia era caçar os javalis,
que contra pomares e colheitas são tão
vis!”
“Ou quem sabe
algum touro selvagem,
qualquer leão,
pantera ou elefante,
mas qual o mal
que as lebres nos fizeram
ou as pobres
cabras por você abatidas?”
Mas agora só
empregava a sua coragem
para esfolar
quanto encontrava adiante
e até cruas
comia partes que lhe apeteceram:
feras
selvagens não produziam boas comidas;
mas Ganimedes
é quem fazia o churrasco
que os deuses
palatavam ser ter asco.
Embora
Hércules no Olimpo permaneça,
existe dele
ainda mortal fantasma,
que o Tártaro
percorre qual guardião,
entre os
iníquos que ali são atormentados;
um capacete
traz em sua cabeça,
causando um
medo que até aos mortos pasma,
que nem se
atrevem a fugir da punição;
e no seu ombro
leva um manto atravessado,
bordado em
cenas de combate e morticínio,
nos afirma
Homero em seu antigo tirocínio.
A APOTEOSE DE
HÉRCULES XIV – 17 junho 2022
Em Sekyopia,
um de seus filhos, Festos,
encontrou sua
adoração como um herói,
mas introduziu
seu culto como um deus,
ara divina
sendo por ele construída,
mas existindo
ali velhos contextos,
o sacrifício
como herói mantido foi;
porém como
deus adorado pelos seus,
cada vítima
era em dois altares dividida
e entre outras
coisas, o invocavam em proteção
quando de
insetos ocorria uma invasão...
Quando Iolaos e seus companheiros
retornaram
à Trácia, Menoécios, filho de Aktor,
um carneiro, um touro e um javali
sacrificou de Hércules à memória;
assim os ritos de adoração do herói
começaram,
os Lócrios e Tebanos a lhe dar igual
valor,
mas foi em Atenas, consoante o quanto li
que pela vez primeira na helênica
história
foi Hércules adorado como um deus,
seguindo muitos tais exemplos seus.
Em Orta, de
Cornópio o apelidaram,
porque ele
dali destruiu os gafanhotos;
e em Eritra de
Ipoktonos o chamaram,
por ter dalí
os ípes exterminado,
insetos
numerosos que suas vinhas atacaram
e devoravam os
seus primeiros brotos;
em Tirinto
ainda o apodaram
de Dactylos,
como marujo apresentado.
Havia um
mosaico de grande beleza
que o
descrevia a mostrar grande destreza.
Então se
achava na metade do caminho
entre Eritra e
a ilha de Quios,
os habitantes
de ambos os locais
puxar tentando
só para o seu lado,
mas ele
mantinha a direção de seu barquinho,
por mais o
buscassem atrair para seus rios,
até que um
dia, em pesadelos conceptuais,
um pescador
chamado Fórmios foi cegado,
durante um
sonho em que via a solução
e para Eritra
votou sua devoção.
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