A INVASÃO DO
PELOPONESO III – 17 mar 22
O gamo-rei era a
Chronos consagrado,
do mesmo modo que a
Bran no extremo norte
e outro mito a Actéion
se refere,
que com chifres de
veado é coroado,
sem que de fato saiba
de sua sorte,
que como o rei
anterior então espere
pelas mulheres ser
rasgado e devorado,
antes de um novo rei
ser coroado.
No tempo antigo, antes
da chegada
das tribos dos
Helenos, isto era habitual:
em cada cidade um rei
anualmente coroado,
com todos os
privilégios de sua alçada,
salvo ofender o poder
matriarcal.
O corpo da rainha era
sagrado,
mas desses reis era o
corpo destroçado
e para
fertilidade, nos campos espalhado.
Em certos pontos, tão
arraigado o costume
que mesmo os reis de
pequenas regiões
o aceitavam como coisa
natural,
mas para conservar a
vida, se presume
haver escolha de um
substituto por ocasião
já do final do ano, em
que seguiam o ritual,
deixando o trono e a
rainha a seu “tanista”
e após sua morte,
retomando a anterior pista.
Pretende-se aqui ver de Édipo a lenda,
mas ao contrário, aqui
o tanista mata o rei,
sem ser sacrificado em
seu lugar;
mas é preciso que à
Esfinge então se atenda,
pois seu enigma é modificador
da lei
e ela é a real deusa
de Thebas a governar,
mas o substituto é ao
exílio destinado,
após com Jocasta ser o
matrimônio celebrado.
Mas quando se nota que
Laios pereceu
e que a Esfinge deu a
Édipo sua permissão,
vê-se o costume
totalmente perturbado.
A falta de uma
sandália assim o precedeu
e a sacerdotisa
esfinge não cumpre sua missão
contra o oráculo; o
corpo do rei é encontrado
e será Laios que irá
as colheitas abençoar,
enquanto Édipo se
torna rei em seu lugar.
A
INVASÃO DO PELOPONESO IV – 18 mar 22
Havia
outro costume, no entretanto,
após
ser o rei anual sacrificado,
seus
ossos eram queimados totalmente
e
misturados com água ou então com pranto,
uma
espécie de cal assim formado,
que
pintaria o altar completamente
e
esse costume tradicional da mão de cal
por
Helenos conservado de maneira consensual.
Agora
os ossos de novilhos triturados,
com
seiva de Choupo Branco, para compor
dita
tintura sagrada para o altar
e
os ramos de oliveira eram cortados,
anualmente,
transportados em andor,
para
a miséria e os demônios expulsar
do
ano findo, costume que importaram
do
norte da Lybia e que sempre conservaram.
Dizem
que Áugias tinha filha feiticeira,
chamada
Agamede, que ervas cultivava
de
todo o gênero, com que efetuava curas,
mas
que afirmavam não ser só curandeira,
que
por igual fortes venenos preparava
e
filtros de amor com as tendências mais impuras.
Dizem
também que os demônios exorcizados,
tinham
a forma de moscas ou outros insetos alados.
Deste
modo, ao oferecer o sacrifício
a
seu pai Zeus, que se fizesse o Afastador
das
muitas moscas atraídas pelo cheiro
do
sangue derramado em tal ofício,
o
ritual se recorda, sendo o purificador
dos
malefícios do ano anterior inteiro;
ainda
é provável que algum caso ocorreu
de
irmãos siameses e a lenda assim cresceu.
Mas
igualmente o rei sagrado e seu tanista
em
certos pontos goveranavam juntamente
e
também o título de Moliones recebiam.
Dos
comentários concluo aqui a lista,
que
alonguei quiçá indevidamente,
mas
estes mitos em alusões se aliam
aos
episódios dessa pré-história,
suprimida
pela erupção peremptória.
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