O MENINO-PÁSSARO III – 14 NOV 2021
Pois ao final de uma semana,
claramente
tinha o menino um par de asas
latente,
já com penas plenamente delineadas.
Eram pequenas ainda, mas crescendo:
como guardar um segredo assim
tremendo,
mesmo o nenê em dependências
separadas?
Mas logo a imprensa invadiu o
hospital;
que dúvidas houvesse, perfeitamente natural,
alguns diziam ser tão só
publicidade...
Mas finalmente, já as asas bem
crescidas
a um grupo seleto foram exibidas,
de uma ablação sem qualquer
probabilidade.
E sem encontrar-se parentesco ou
relação,
tomou o obstetra uma firme decisão
e após lenta burocracia
inconveniente,
conseguiu ser nomeado o seu tutor,
com a direção a apoiá-lo com fervor:
que o retirasse dali imediatamente!
Ora, o médico muitos bens havia
herdado
e o menino foi depressa transportado
para sua casa, que era quase uma mansão;
três ou quatro enfermeiras contratou,
uma ala inteira da residência
transformou,
em que a criança pudesse ter toda a
atenção.
Esperava passasse logo a novidade,
mas nada disso, cresceu até a
curiosidade;
autoridades vinham, a pretexto de
inspeção,
constantemente fotografias retiradas
daquelas asas já claramente
projetadas,
feroz mantida da imprensa a
atenção!...
Então o médico uma ilhota adquiriu
em um ponto isolado e em breve
construiu
casa apropriada, no maior segredo.
Era uma lancha o único meio de
transporte,
contratou segurança de bom porte
e finalmente conservou-se em bom
degredo.
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