PERSEU E AS
GÓRGONAS VII – 24 nov 21
Então o rei
para o palácio a convidou
e que com
ela trouxesse o seu menino.
“Você é bela
demais,” a elogiou,
“para
esconder-se neste mau destino...”
Era uma
ordem, entendeu, e a aceitou,
sem
desconfiar de algum ardil mais fino.
Pois era
virgem, afinal, ainda inocente
e contrariar
não se atrevia a seu regente.
Mas a
presença de Perseu atrapalhava
de
Polidectes qualquer má intenção;
no
treinamento de combate o conservava
ou lhe
confiava qualquer uma missão
ou ainda em
sentinela o destacava...
Porém sua
esposa nem a mínima ocasião
lhe permitia
para sozinho se encontrar
com a tal
donzela que o rei sabia desejar.
O rei de
Sírifos então pretendeu
celebrar
seus vinte anos de reinado;
cada conviva
então lhe ofereceu
o melhor
presente que havia achado;
mas quando o
jovem Perseu apareceu,
nada lhe
trouxe, por ser de tudo despojado...
Polidectes
então o interrogou:
“Qual o
presente que hoje me ofertou?”
“Majestade,
bem sabeis que nada tenho,
salvo a
coragem e a força de meus braços;
fui
convidado, razão por que aqui venho,
mas estou
pronto a dirigir meus passos
para onde me
ordenar, com todo o empenho,
enquanto
energia tiver nos membros lassos...”
“Pois então
me traga a cabeça de Medusa!”
disse
Polidectes, já esperando uma recusa...
Qualquer
recusa de Perseu o envergonharia
e serviria
de motivo para o exilar;
em sua
ausência, a Dânae seduziria...
Casado ou
não, a poderia namorar...
Porém Perseu
pediu-lhe um ano e um dia,
antes de tal
cabeça lhe entregar...
Mesmo Perseu
não tendo ainda quinze anos,
mais forte e
alto que a maioria dos humanos.
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