GERALDO SEM PAVOR
Capítulo Primeiro – 19
jun 21
Dom Geraldo Geraldes,
conhecido
como “Geraldo sem
Pavor” é um personagem
histórico, mas
envolvido na miragem
de muitas lendas, sem
ser reconhecido
por alguns dos
historiadores oficiais,
salvo por seus atos
mais determinados,
como a conquista de
Évora, registrados
em documentos ou nas
crônicas e anais.
Mesmo na conquista de
Évora, há quem diga
ter sido lenda a
maneira desse assalto:
por uma escada ele
ascendeu ao ressalto
da torre de atalaia,
muito antiga,
em que matou os dois
guardas descuidados
e lhes tomou as chaves
do portão,
que abriu aos
companheiros nesta ação,
os muçulmanos sendo
então exterminados.
Teria nascido por mil
cento e trinta,
uma data somente
aproximada,
ou em Santarém, velha
cidade amurada
ou em seus arredores,
numa quinta;
não foi fidalgo de
nascimento nobre,
filho apenas de um
pequeno proprietário
de um casarão, umas
terras e um sacrário,
em vão seu nome às
crônicas se cobre.
Certamente era Goda
sua ascendência,
Gerhard Gerhardsen o
nome original
de antepassado
Visigodo, em Portugal
desde o século sétimo
em permanência,
mas conseguiu uma
armadura limitada,
espada e lança, escudo
e bom cavalo,
talvez de forma que
possam criticá-lo
seus detratores, sem
ser determinada.
No tempo heróico da
chamada “Reconquista”,
iniciada no século
Doze em Portugal
havia dois grupos de
cavalaria oficial,
ambos milites, empós do rei à pista;
os nobres eram milites
per naturam
ou cives milites, de profissão guerreiros,
pela ascendência
nobres cavaleiros,
seus compromissos por
toda a vida duram.
E os plebeus, pequenos
proprietários,
como Plebeis milites sendo classificados
ou por Militibus vilanis a ser chamados
de pequenas quintas ou
granjas sendo agrários.
São conhecidos os Miles Sanctarenensis
ou Milites Sanctarenis, entre os quais
Geraldo ou Giraldo,
envolvido em naturais
feitos de armas nos embates mais ingentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário