OS OLHOS DA PRINCESA
CAPÍTULO SÉTIMO – 31 MAIO 2021
“O meu falcão executou um encanto
e sem dano retirou os olhos da
princesa,
sem prejudicar de forma alguma a sua
beleza;
subi esta árvore até atingir o canto
do Mago Céu, que os olhos me tirou
e os pregou, como se fossem outro
enfeite
de seu manto para seu próprio deleite
e com sua tosse, a árvore inteira
derrubou!”
“Só não morri, porque desci agarrado
e sobre um lugar macio caí enfim...”
“Na minha barriga, meu nariz, pobre
de mim!
Vou dar ordem para que seja
executado!”
“Se me matar, Senhor Rei Majestade,
nunca mais verá os olhos de sua
filha!
Só o meu falcão é que conhece a nova
trilha
e o Mago Céu venceremos de verdade!”
“Espere um pouco. Você quer dizer
que as duas estrelas novas lá em cima
são os olhos de minha filha e que se
anima
a ir buscar, mesmo depois do apoio se
perder?”
“Sim, Majestade, mas fácil não vai
ser,
ninguém mais será capaz de conseguir
e dessa forma, sou obrigado a lhe
pedir
que a mão de sua filha me possa
conceder!”
“O que não tem remédio, remediado
está...
Mas se não devolver seus belos olhos,
mando matá-lo e jogá-lo nos escolhos,
por mais que fuja, não me escapará!”
Maugan saiu da floresta com o falcão,
indo à procura do Mago Serpente,
que era o mais velho e também o mais
potente,
para o problema lhes dar a solução...
Contudo, o Mago Serpente não acharam
nos lugares que costumava frequentar
e foram então às Lebres indagar,
porém estas em nada os informaram:
“Perguntem aos Grilos, que devem
saber.”
Foram em frente até ouvir um
cricrilar,
tampouco estes os puderam informar:
“Só as Formigas lhes poderão dizer...”
Assim chegaram até um formigueiro:
“O Mago Serpente fez uma bobagem,
escondeu-se sob uma pedra de
passagem,
quando o estávamos picando bem
ligeiro...
Nós roemos a pedra dos dois lados,
ele encolheu, mas não pôde mais
sair...
Quando morrer, nós vamos conseguir
picar sua carne e ser por ela
alimentados!...”
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