quinta-feira, 3 de junho de 2021


 

 

OS OLHOS DA PRINCESA

CAPÍTULO SÉTIMO – 31 MAIO 2021

 

“O meu falcão executou um encanto

e sem dano retirou os olhos da princesa,

sem prejudicar de forma alguma a sua beleza;

subi esta árvore até atingir o canto

do Mago Céu, que os olhos me tirou

e os pregou, como se fossem outro enfeite

de seu manto para seu próprio deleite

e com sua tosse, a árvore inteira derrubou!”

 

“Só não morri, porque desci agarrado

e sobre um lugar macio caí enfim...”

“Na minha barriga, meu nariz, pobre de mim!

Vou dar ordem para que seja executado!”

“Se me matar, Senhor Rei Majestade,

nunca mais verá os olhos de sua filha!

Só o meu falcão é que conhece a nova trilha

e o Mago Céu venceremos de verdade!”

 

“Espere um pouco.  Você quer dizer

que as duas estrelas novas lá em cima

são os olhos de minha filha e que se anima

a ir buscar, mesmo depois do apoio se perder?”

“Sim, Majestade, mas fácil não vai ser,

ninguém mais será capaz de conseguir

e dessa forma, sou obrigado a lhe pedir

que a mão de sua filha me possa conceder!”

 

“O que não tem remédio, remediado está...

Mas se não devolver seus belos olhos,

mando matá-lo e jogá-lo nos escolhos,

por mais que fuja, não me escapará!”

Maugan saiu da floresta com o falcão,

indo à procura do Mago Serpente,

que era o mais velho e também o mais potente,

para o problema lhes dar a solução...

 

Contudo, o Mago Serpente não acharam

nos lugares que costumava frequentar

e foram então às Lebres indagar,

porém estas em nada os informaram:

“Perguntem aos Grilos, que devem saber.”

Foram em frente até ouvir um cricrilar,

tampouco estes os puderam informar:

“Só as Formigas lhes poderão dizer...”

 

Assim chegaram até um formigueiro:

“O Mago Serpente fez uma bobagem,

escondeu-se sob uma pedra de passagem,

quando o estávamos picando bem ligeiro...

Nós roemos a pedra dos dois lados,

ele encolheu, mas não pôde mais sair...

Quando morrer, nós vamos conseguir

picar sua carne e ser por ela alimentados!...”

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