RECARGA
Crucificado
em ti,
meu
corpo inteiro,
qual a
lança de luz
do
centurião, / um
halo
nos envolve
e
o g a l a r d ã o
difunde
ao mundo o brado derradeiro.
Teus
dentes que me beijam, diadema;
e
a coroa de espinhos são
cabelos
que me
recebem na concha dos desvelos,
me matam e reno-
vam,
qual dilema,
de que
esta carne,
por
m o r t a em
meu
o r g a s m o
intangível
ficara
neste
pasmo, que
a
alma me enche
de
emoção antiga.
Pois
cada vez que
a
carne me esfalece,
é
como se esplendor então pudesse
encher-me
a mente de imortal cantiga.
(Apesar do formato, é um
soneto.)
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