sexta-feira, 4 de dezembro de 2020


 

 

MEU VELHO BARCO

Ives Gandra Martins

 

Eu sinto, agora, saudades

De meus versos versejar,

Passam, no tempo as idades,

Como as ondas sobre o mar.

 

Tendo Ruth de meu lado,

Vivo, tranquilo o destino

Que forjei, no meu passado,

No meu sonho de menino.

 

Todos quero na velhice,

Num coração sem ter magoas,

Neste andar pela planície,

Ondem correm claras aguas.

 

Volto ao verso, uma vez mais,

O velho barco, no cais.

 

São Paulo, 14/11/2020.

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário