UM RÁPIDO PASSEIO I – 19 MAR 21
Qual o caminho que afinal seguiu
a “muita gente que passou na Rua Bela”?
nessa cantiga de expressão singela
que minha tia-avó me transmitiu?
Há muitas décadas eu creio já sumiu
por essa rua que seu destino sela,
sem pandemia a apoderar-se dela,
na correnteza permanente desse rio.
Essas crianças que a cantavam já se foram,
talvez algumas embarcando na “Espanhola”,
que certamente foi bem pior que esta Covide.
Na maioria outros corvos agouraram
para o final que a todos nós assola
e que sobre a humanidade sempre incide.
UM RÁPIDO PASSEIO II
As guerras levam milhares de pessoas,
também a sífilis e a tuberculose
ou de varíola antes que houvesse dose
de quaisquer vacinas como defesas boas.
A praga, a peste e a fome, três coroas...
Quanta mortalha para a gente cose
esse mosquito que nosso sangue goze:
sumiu-se a Dengue, sem ouvir mais loas?
E a Zyka e a Chikungunya já partiram?
Hoje se morre apenas desta peste?
Ninguém mais pega infecções hospitalares?
Mas as tribunas da imprensa apenas miram
o Campeonato da Covide, em que se enceste
sejam quais forem falecimentos singulares!
UM RÁPIDO PASSEIO III
Enquanto as redes a tudo desvirtuam,
no céu a propagar mil falsidades,
criando pânico, atacando autoridades...
Contra as defesas quantos há que atuam?
Tantos políticos com mentiras até suam,
usando a praga em favor de suas vontades
e quanta gente destas necessidades
se aproveitou para os lucros com que estuam?
E a pandemia talvez seja difundida
por razões tão iníquas que até pasmas
e que não queiras aceitar ligeiro,
dos celulares na multidão contida
nessa imensa “nuvem” de fantasmas,
que se projeta pelo mundo inteiro!...
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