terça-feira, 23 de março de 2021


 

 

UM RÁPIDO PASSEIO I – 19 MAR 21

 

Qual o caminho que afinal seguiu

a “muita gente que passou na Rua Bela”?

nessa cantiga de expressão singela

que minha tia-avó me transmitiu?

 

Há muitas décadas eu creio já sumiu

por essa rua que seu destino sela,

sem pandemia a apoderar-se dela,

na correnteza permanente desse rio.

 

Essas crianças que a cantavam já se foram,

talvez algumas embarcando na “Espanhola”,

que certamente foi bem pior que esta Covide.

Na maioria outros corvos agouraram

para o final que a todos nós assola

e que sobre a humanidade sempre incide.

 

UM RÁPIDO PASSEIO II

 

As guerras levam milhares de pessoas,

também a sífilis e a tuberculose

ou de varíola antes que houvesse dose

de quaisquer vacinas como defesas boas.

 

A praga, a peste e a fome, três coroas...

Quanta mortalha para a gente cose

esse mosquito que nosso sangue goze:

sumiu-se a Dengue, sem ouvir mais loas?

 

E a Zyka e a Chikungunya já partiram?

Hoje se morre apenas desta peste?

Ninguém mais pega infecções hospitalares?

Mas as tribunas da imprensa apenas miram

o Campeonato da Covide, em que se enceste

sejam quais forem falecimentos singulares!

 

UM RÁPIDO PASSEIO III

 

Enquanto as redes a tudo desvirtuam,

no céu a propagar mil falsidades,

criando pânico, atacando autoridades...

Contra as defesas quantos há que atuam?

 

Tantos políticos com mentiras até suam,

usando a praga em favor de suas vontades

e quanta gente destas necessidades

se aproveitou para os lucros com que estuam?

 

E a pandemia talvez seja difundida

por razões tão iníquas que até pasmas

e que não queiras aceitar ligeiro,

dos celulares na multidão contida

nessa imensa “nuvem” de fantasmas,

que se projeta pelo mundo inteiro!...

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