A PARTIDA DE ELIAS
CAPÍTULO CINCO – 2 SET 21
Mas o caminho por Edom era deserto,
Na atual Jordânia é que se localiza
E após sete dias de marcha exaustiva,
Não mais havia água para os soldados,
Nem para o gado que os seguia de perto,
Que como alimentação viva se precisa
E ainda havia longa estrada esquiva,
Já estando todos sedentos e afogueados.
Então falou Yoram, rei de Israel:
“Ai de nós, pois desviou o deus Baal
Estes três reis, para os matar à sede
E nas mãos de Mesa de Moab os entregar!”
Porém Josafá indagou do rei rebel:
“Não há um profeta de Jeová que deste mal
Nos traga a graça que só o alto Deus concede?”
E lhe disseram: “Um conosco está a marchar.”
“Eliseu, filho de Sefate, que deitou água
Sobre as mãos de Elias e o serviu.”
De imediato pronunciou-se Josafá:
“Sei que ele sabe a Palavra do Senhor.”
E os três reis, oprimidos nessa frágua,
Foram descobrir Eliseu onde estaria,
Dele indagando: “O que agora se fará?”
Mas Eliseu replicou, com grande ardor,
Ao rei de Israel: “Que tenho a ver
Contigo, ó rei?
Indaga dos profetas
De tua mãe e aos profetas de teu pai!”
Mas Yoram rapidamente retorquiu:
“Não, sacerdote, foi Jeová com seu poder
Que entregou deste deserto às bretas
Estes três reis e só sua palavra vai
Resposta dar para o mal que nos surgiu!”
Disse Eliseu: “Tão certo como vive
O Deus dos Exércitos, poderoso Jeová,
Não te daria a mínima atenção
E muito menos a ti responderia;
Compaixão em mim só outra presença ative,
Essa de Josafá, senhor sobre Judá,
Portanto, para invocar a Sua atenção,
Chamem um músico que a lira tocaria.”
E quando veio o instrumentista ali tocar
O poder de Jeová desceu sobre Eliseu:
“Abram covas numerosas neste vale:
Não sentireis vento, nem chuva cairá,
Porém está a voz divina a me inspirar,
Vejo que cada qual pela manhã se encheu
Com água pura que toda a queixa cale,
Dela todo animal e todo homem beberá!”
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