quarta-feira, 22 de setembro de 2021


 

A PARTIDA DE ELIAS  

CAPÍTULO CINCO – 2 SET 21

 

Mas o caminho por Edom era deserto,

Na atual Jordânia é que se localiza

E após sete dias de marcha exaustiva,

Não mais havia água para os soldados,

Nem para o gado que os seguia de perto,

Que como alimentação viva se precisa

E ainda havia longa estrada esquiva,

Já estando todos sedentos e afogueados.

 

Então falou Yoram, rei de Israel:

“Ai de nós, pois desviou o deus Baal

Estes três reis, para os matar à sede

E nas mãos de Mesa de Moab os entregar!”

Porém Josafá indagou do rei rebel:

“Não há um profeta de Jeová que deste mal

Nos traga a graça que só o alto Deus concede?”

E lhe disseram: “Um conosco está a marchar.”

 

“Eliseu, filho de Sefate, que deitou água

Sobre as mãos de Elias e o serviu.”

De imediato pronunciou-se Josafá:

“Sei que ele sabe a Palavra do Senhor.”

E os três reis, oprimidos nessa frágua,

Foram descobrir Eliseu onde estaria,

Dele indagando: “O que agora se fará?”

Mas Eliseu replicou, com grande ardor,

 

Ao rei de Israel: “Que tenho a ver

Contigo, ó rei?  Indaga dos profetas

De tua mãe e aos profetas de teu pai!”

Mas Yoram rapidamente retorquiu:

“Não, sacerdote, foi Jeová com seu poder

Que entregou deste deserto às bretas

Estes três reis e só sua palavra vai

Resposta dar para o mal que nos surgiu!”

 

Disse Eliseu: “Tão certo como vive

O Deus dos Exércitos, poderoso Jeová,

Não te daria a mínima atenção

E muito menos a ti responderia;

Compaixão em mim só outra presença ative,

Essa de Josafá, senhor sobre Judá,

Portanto, para invocar a Sua atenção,

Chamem um músico que a lira tocaria.”

 

E quando veio o instrumentista ali tocar

O poder de Jeová desceu sobre Eliseu:

“Abram covas numerosas neste vale:

Não sentireis vento, nem chuva cairá,

Porém está a voz divina a me inspirar,

Vejo que cada qual pela manhã se encheu

Com água pura que toda a queixa cale,

Dela todo animal e todo homem beberá!”

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