A VINHA DE NABOTH
CAPÍTULO TRÊS – 19 AGO 21
Pediu ao rei o anel com seu sinete
E o aplicou no lacre dos papiros,
Como se fossem pelo soberano escritas
E nas cartas declarou abertamente,
“Que o orgulho de Naboth não se projete:
Blasfemou contra Jeová em seus retiros
E falou contra o rei frases malditas,
Isso não pode passar impunemente!”
“Porém não basta se fazer a acusação;
Será preciso que dois homens escolhidos
Deem contra ele falso testemunho,
Como se as ofensas tivessem escutado,
Sem ser somente do rei uma invenção;
Dois testemunhos serão assim acolhidos,
Conforme manda a lei de antigo cunho
E esse ofensor deverá ser então julgado!”
“Escutadas as testemunhas no tribunal,
Somente poderá haver uma sentença:
Que o levem para fora da cidade
E ali seja morto por apedrejamento!”
Foi apregoado um jejum como sinal
De grande ofensa. A assembleia tensa
Ouviu o falso testemunho em ansiedade,
Naboth culpado sendo nesse julgamento!
E por mais que ele negasse a ofensa,
Os dois malvados insistiram ter ouvido
Que ele ao rei ofendera e a Jeová
E deveria ser por isso apedrejado!
Em vão Naboth suplicou pela presença
Do rei Ahab, para ser absolvido,
Seu apelo o tribunal recusará:
“Não seja o rei deste modo perturbado!”
Naturalmente, as testemunhas receberam
Por sua falsa acusação um bom dinheiro
E segundo o que mandava a antiga lei
Foram os dois a lançar as primeiras pedras;
Muitos do povo a seguir obedeceram
E o bom Naboth foi morto bem ligeiro;
Foi Jezebel contar depressa ao rei:
“Naboth foi morto consoante as velhas regras!”
“Vai agora e toma posso do vinhedo
E manda as malditas parreiras arrancar,
Para fazer o que quiseres no terreiro.”
Ahab não participou diretamente,
Mas apoiou de Jezebel o segredo
E logo foi do parreiral posse tomar.
Se por acaso houvesse algum herdeiro,
Ficou calado, por ter medo, claramente.
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