A PARTIDA DE ELIAS

CAPÍTULO TRÊS – 31 AGO 21

 

Porém, quando chegaram a Bethel,

A eles vieram discípulos dos profetas,

Que declararam claramente a Eliseu:

“Sabes que Deus tomará o teu senhor,

Que irá subir e te deixar o seu burel?”

“Também o sei.  Fiquem as vozes quietas.”

E novamente lhe falou o mestre seu:

“Vou a Jericó.  Mostra aqui o teu valor.”

 

“Porém tão certo como tua alma vive,

Meu Senhor Elias, eu não te deixarei.”

E quando os dois chegaram a Jericó,

Disseram de novo os fiéis de Jeová:

“Hoje é preciso que de ti Elias se esquive.”

“Sei muito bem, mas o acompanharei,

Meu amo Elias eu não deixarei só

E o seguirei aonde quer que vá...”

 

Mais uma vez, Elias lhe ordenou:

“Deus Jeová me enviou até o Jordão;

Fica-te aqui agora e vive em paz.”

E novamente Eliseu lhe respondeu:

“Tão certo quanto Deus me convocou,

Que Ele vive e vive igual teu coração,

Seguir-te-ei aonde quer que vás.”

 Com sua presença enfim Elias aquiesceu.

 

Cinquenta homens fiéis a Jeová

Foram aos dois empós acompanhando,

Até pararem na margem do Jordão.

Por ser época de chuva, estava caudaloso.

Elias dobrou seu manto e, de um golpe, lá

Feriu as águas, que se foram apartando

E o atravessaram, sem qualquer perturbação,

Cruzando a pé seu fundo pedregoso.

 

Tendo cruzado, disse Elias a Eliseu:

“Pede o que queres, pois vou ser levado.”

“Porção dobrada de teu espírito em herança!”

“Difícil coisa me pediste agora!

Mas saberás que Jeová te concedeu,

Caso me vires, quando ao céu eu for alçado;

Se não me vires, esquece essa esperança!”

Foram em frente e então, sem mais demora,

 

Eis que um carro de fogo os separou,

Também puxado por corcéis de fogo;

Elias subiu ao céu num redemoinho!

Disse Eliseu: “Meu pai! São carros de Israel

E os seus cavaleiros!” – pois tudo observou

E desse modo, se cumpriu seu rogo;

Rasgou as vestes e se encontrou sozinho,

Só viu-lhe o manto, abandonado qual burel!...