A VINHA DE NABOTH
CAPÍTULO ONZE – 27 AGO 21
Renhido à tarde o combate continuava,
Quando correu por ali, como um pregão:
“O rei morreu, desistam do combate,
Em desordem se fez a retirada
E logo a tropa toda se espalhava,
Cada um a buscar o seu torrão,
Como ovelhas sem pastor após o embate,
A profecia sendo assim realizada.
Ao rei levaram então a Samaria
E na tumba de seu pai o sepultaram.
O carro sujo foi levado até o ribeiro,
Para limpar o sangue acumulado,
Em um remanso no qual se banharia
Cada mulher prostituta... e se espalharam
Os jatos rubros por todo esse terreiro,
Os cães lambendo o sangue ali jogado.
Entremente, Josafá, rei de Judá,
Reunindo de suas tropas o restante,
Partiu em ordem para Jerusalém;
Mas Jezebel não se deixou abater
Depois que a infausta nova chegará
E com o apoio do oficial mais importante,
Fez coroar seu filho, para mais além
Sua dinastia fazer permanecer.
Assim Ahazias foi coroado rei
E começou a reinar em Samaria,
No ano dezessete do rei Josafá,
Que no quarto ano de Ahab começara
O seu reinado, seguindo a antiga lei
Sobre Jerusalém. Em derrota voltaria,
Mas não invadiram o reino de Judá,
Enquanto a Síria a Israel todo assolara.
Mas por sua mãe Ahazias foi criado
E os mesmos deuses falsos adorava;
De fato, era sua mãe a governante,
Porém serviu a Baal e o adorou,
Todo o erro de seu pai acompanhado,
Como os passos que antes dele já trilhava
Jeroboão, o filho de Nebate e doravante
Com Jeová de forma alguma se importou.
Reinou destarte apenas por dois anos,
Antes que fosse encontrar o próprio fim,
Buscando apenas o seu divertimento
E descurando do reino de seu pai,
Que bem ou mal, dominara os soberanos
De Edom e de Moab, pois assim,
Tributo pagavam a Samaria em largo assento,
Que doravante para o reino de Judá vai.
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