ELIAS E AHAB
CAPÍTULO TREZE – 14 AGO 21
Deste modo o rei, para não ser caçado,
Mandou esvaziar alguns sacos de alimento
E abrir espaços para a cabeça e os braços
E se vestiram assim com estamenha;
Cada pescoço com cordas enrolado
E nas cabeças cinzas de luto nesse evento;
Apresentaram-se fantasiados nesses traços,
Na esperança de que perdão lhes venha!
Foram ajoelhar-se ante o rei de Israel
E lhe disseram: “Poupa a minha vida,
Suplica agora teu servo, Ben-Hadad!”
E Ahab respondeu-lhes, bem surpreso:
“Pois ainda vive o Sírio? Dou quartel,
É meu irmão – terá a vida concedida!”
E aproveitando tal oportunidade,
Disseram: “Ben-Hadad, teu irmão, está ileso!”
Então Ahab ordenou que lho trouxessem.
Chegou Ben-Hadad com sua veste de estopa;
Mandou Ahab que subisse no seu carro.
Ben-Hadad restituir-lhe prometeu
Toda e qualquer cidade que lhe houvessem
Sido conquistadas. Decerto ganhou roupa,
Para que dele tirassem menos sarro
E Ben-Hadad ainda mais se submeteu...
“Meu pai te obrigou a abrir bazar
Em Samaria, para seus comerciantes;
Eu te prometo que darei total acesso
Na capital, Damasco, para teus mercadores.”
Disse Ahab: “A aliança vou aceitar.
Nesses termos, sem combates como dantes.
Que ponhas teu selo no tratado é só o que peço,
Deixar-te-ei livre sem cobrar outros favores!’
Ao papiro Ben-Hadad apôs o selo
E após Ahab, por igual, ratificou,
Que retornasse à Síria permitindo;
Decerto forneceu-lhe condução
E o deixou partir, sem mais retê-lo.
Para surpresa sua, Ben-Hadad se safou,
Mesmo Ahad a sua tropa destruindo;
Bem poucos homens a sobreviver então.
Decerto exigiu que primeiro sepultassem
Os seus mortos ou em valas enterrassem,
Que não podiam ao ar livre ser deixados,
Provavelmente os cadáveres pilhados;
Não se menciona dos Israelitas o destino,
Mas o seu número foi bem mais pequenino,
Sendo possível serem todos sepultados
Pelos rituais nesse período consagrados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário