quinta-feira, 2 de setembro de 2021


 

ELIAS E AHAB

CAPÍTULO TREZE – 14 AGO 21

 

Deste modo o rei, para não ser caçado,

Mandou esvaziar alguns sacos de alimento

E abrir espaços para a cabeça e os braços

E se vestiram assim com estamenha;

Cada pescoço com cordas enrolado

E nas cabeças cinzas de luto nesse evento;

Apresentaram-se fantasiados nesses traços,

Na esperança de que perdão lhes venha!

 

Foram ajoelhar-se ante o rei de Israel

E lhe disseram: “Poupa a minha vida,

Suplica agora teu servo, Ben-Hadad!”

E Ahab respondeu-lhes, bem surpreso:

“Pois ainda vive o Sírio?  Dou quartel,

É meu irmão – terá a vida concedida!”

E aproveitando tal oportunidade,

Disseram: “Ben-Hadad, teu irmão, está ileso!”

 

Então Ahab ordenou que lho trouxessem.

Chegou Ben-Hadad com sua veste de estopa;

Mandou Ahab que subisse no seu carro.

Ben-Hadad restituir-lhe prometeu

Toda e qualquer cidade que lhe houvessem

Sido conquistadas.  Decerto ganhou roupa,

Para que dele tirassem menos sarro

E Ben-Hadad ainda mais se submeteu...

 

“Meu pai te obrigou a abrir bazar

Em Samaria, para seus comerciantes;

Eu te prometo que darei total acesso

Na capital, Damasco, para teus mercadores.”

Disse Ahab: “A aliança vou aceitar.

Nesses termos, sem combates como dantes.

Que ponhas teu selo no tratado é só o que peço,

Deixar-te-ei livre sem cobrar outros favores!’

 

Ao papiro Ben-Hadad apôs o selo

E após Ahab, por igual, ratificou,

Que retornasse à Síria permitindo;

Decerto forneceu-lhe condução

E o deixou partir, sem mais retê-lo.

Para surpresa sua, Ben-Hadad se safou,

Mesmo Ahad a sua tropa destruindo;

Bem poucos homens a sobreviver então.

 

Decerto exigiu que primeiro sepultassem

Os seus mortos ou em valas enterrassem,

Que não podiam ao ar livre ser deixados,

Provavelmente os cadáveres pilhados;

Não se menciona dos Israelitas o destino,

Mas o seu número foi bem mais pequenino,

Sendo possível serem todos sepultados

Pelos rituais nesse período consagrados.

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