A VINHA DE NABOTH
CAPÍTULO PRIMEIRO – 17 AGO 21
Com tantas provas do poder de Jeová,
O coração de Ahab jamais se converteu
E muito menos o da rainha Jezebel,
Qual feiticeiro Elias a ser considerado;
Mas em sua ausência no seu mal persistirá
E ainda mais idolatrias cometeu;
O coração de Jezebel cheio de fel,
Hoje seu nome um apelido amaldiçoado.
Ora, quando Omri havia adquirido
De Shemer esse local de Samaria,
Cujo nome à cidade atribuiria,
Como uma forma de sua herança relembrar,
Decerto a Shemer alguém mais havia vendido
Propriedade em que depois foi habitar,
Porém nem toda essa colina a ele pertencia
E a cidade precisaria se ampliar.
E ocorreu que um natural de Jezreel, (*)
Chamado Naboth, como “Nabô” lembrado,
Possuía um vinhedo no meio da colina,
Do lado do palácio, justamente,
Que edificara esse rei sobre Israel
E por Ahab foi Naboth visitado,
Que humildemente perante o rei se inclina,
Sem concordar com sua vontade plenamente.
(*) Esta história se passa em Jezreel, a
capital de verão
do reino de Samaria.
Disse-lhe Ahab: “Quero comprar tua vinha,
Porque se encontra ao lado de minha casa
E uma horta para mim é necessária...”
Naboth deu-lhe dos frutos da parreira:
“Senhor meu, leve estas uvas à rainha,
Mas como vê, chega a hora em que se apraza
A colheita das parras e será vária
A produção de vinho em sua esteira...”
“Caro Naboth,” falou Ahab cordialmente,
“Quero comprar tua vinha a preço justo;
Dou-te um vinhedo de igual valor
Ou boa porção de meus shekels de prata...”
Porém Naboth mostrou-se indiferente:
“Senhor meu rei, não é questão de custo,
Meus avós aqui plantaram com amor,
Não iriam querer que o vinhedo hoje se abata.”
Insistiu o rei com o bom vinhateiro,
Acreditando que ele queria barganhar
E sua oferta, aos poucos, aumentou.
“Senhor meu rei, tendes todo o meu respeito,
Mas serão as cepas arraigadas por inteiro?
Não posso consentir que vão plantar
Aqui hortaliças ou verduras.” E tudo recusou,
Na certeza de ser justo o seu direito.
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